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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Era da tecnologia... e da solidão.

Recentemente, numa viagem de comboio, dei por mim a observar os passageiros da minha carruagem. Grande parte da viagem fiz-a mergulhada na leitura mas, a dado momento, necessitei de parar e reflectir o que lia. Os meus pensamentos literários, tal como as imagens que visualizava da janela do comboio, rapidamente se dissiparam ao contemplar a carruagem, particularmente, duas amigas que se sentaram à minha frente. 

 

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Contei, pelos dedos, o número de homens e mulheres que não estavam agarrados às tecnologias. Uns estudavam, outros - como eu - liam, uma jovem desenhava e outros nada faziam, contemplando a vista, ou conversando com a pessoa com quem viajavam. A esmagadora maioria das pessoas naquela carruagem perdia-se no tablet ou smartphone, nos sons de novas conversas virtuais. 

 

Duas raparigas sentaram-se nos bancos vazios à minha frente. Poucas palavras trocaram entre si. Constatei que eram conhecidas porque uma, ao ver os bancos vazios, apressou-se a chamar a outra. Sentaram-se, sem nunca largarem o telemóvel, substituindo o silêncio da amizade naquele comboio com poucas palavras. Abandonaram-o sempre agarradas a ele. 

 

Noto-o cada vez mais: as conversas de outro tempo substituídas pela tecnologia.

 

 

Não me esquece que, em tempos e quando trabalhei num café no verão, um jovem casal de namorados que todos os dias ali ia, passava largas horas agarrados aos tablets, ora a jogar ora no facebook ora sabe-se lá no quê, trocando poucas palavras e poucos beijos. Reparei, nesse trabalho, que as conversas familiares parecem ameaçadas de morte. Os pais rapidamente se aborrecem das birras dos filhos, acalmando-os com tablets. A refeição é distante, poucas palavras trocadas, mãe e pai agarrados aos telemóveis topo de gama e filhos acalmados por tablets. Vejo disto demasiadas vezes isto acontecer... Grupos de amigos incapazes de largar os telemóveis, permitindo que o silêncio se abata sobre a mesa de café.

 

A era da tecnologia, e é inevitável não o reconhecer, trouxe as suas vantagens. Porém, as desvantagens, a morte lenta das conversas familiares e de amizade valerá a pena? Os tempos mortos deixaram de ser dedicados à leitura de um livro, jornal ou revista, ou a conversar com um desconhecido. Parece que temos medo de viver o real, largar o virtual e perder qualquer nova actualização, aventurar-se no presente e desconhecido.

 

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Recordo-me, apesar dos meus vinte e sete anos, ainda sou desse tempo, em que os telemóveis ou o tablet não ofuscava as conversas de café. Admito-o, por vezes, tenho saudades desse tempo livres. Dizem que, a cada dia, caminhávamos para a solidão, refugiando-nos na era da tecnologia... não poderia estar mais de acordo - e contra mim falo.

35 | Coisas de blogger... traveling around the world.

Roubei a tag Travelling Around The World à simpática vizinha JustSmile (e, só para esclarecer, ela deixou... portanto, não é se trata de um roubo). É uma tag simples, cuja temática adoro e, por isso, não consegui evitar responder a ela... vamos falar de viagens?

 

 

   | Abdicavas de um ano que podias gastar em faculdade por viajar durante esse ano?

Sim, adoraria... creio que nem seria necessário pensar duas vezes. Quis, quando frequentava a Universidade, fazer Erasmus, infelizmente as minhas condições familiares e financeiras não o possibilitaram. 

 

   | Qual é o lugar que querias mesmo visitar a todo o custo? 

Venezuela. É o meu país natal, onde nasci e vivi os meus primeiros seis anos de vida. Quero muito conhecer a cidade onde vivi, o parque infantil que constantemente aparece nas minhas fotografias de criança, a escola onde aprendi as primeiras letras. É um sonho que acalento e mantenho a esperança acesa desde o dia em que os meus pais se mudaram para Portugal.

 

   | Se não fosses da tua nacionalidade (seja ela qual for), qual gostavas de ser?

Uma cidadã do mundo, roubando a resposta à JustSmile. Conhecer novos países, culturas e pessoas. Viver em permanente viagem. Uma cidadã do mundo!

 

   | Com quem gostavas de compartilhar uma viagem?

Adoraria realizar uma viagem em família, uma vez que nunca fizemos férias ou viagens juntos. Por outro lado, gostava de reunir alguns amigos e partir à aventura... Mas, um dia, num futuro qualquer, gostava de partilhar uma viagem romântica com alguém especial.

 

   | Quais são os teus essenciais para levar numa viagem?

Máquina fotográfica, mapa (ou GPS), bloco de notas, caneta, folhetos ilustrativos dos locais de destino (para saber o que visitar), calçado (e, roupa, obviamente) confortável e água.

 

   | Qual a tua cidade favorita no mundo inteiro?

Visitei várias cidades e vilas um pouco por este Portugal fora, visitei as cidades espanholas de Vigo, Lloret del Mar, Barcelona, Mérida e, no entanto, a cidade dos meus olhos é e sempre será, Viana do Castelo. É das cidade mais lindas! No entanto, quero muito voltar a visitar as vilas do Marvão, Constância e Luso - pelas quais fiquei encantada -, bem como às cidades espanholas de Vigo e Barcelona.