Aos 25 descobri que devo ter qualquer coisa de Madre Teresa.
Aos 25 (quase 26) descobri que devo ter qualquer coisa em mim de Madre Teresa de Calcutá.
Sempre me perguntaram como é que eu tinha paciência e capacidade de aturar certas coisas e pessoas, como é que mantinha a calma para não desatar aos berros na primeira oportunidade ou a dizer à alminha que me pedia ajuda que, como se diz aqui pelo Norte, 'desemerda-te'. Confesso que, nem eu mesma sei onde vou buscar essa capacidade. Mediante as situações, raramente expludo e, quando acontece, os alvos da minha descarga são familiares (nada que não passe rapidamente).
Mas, esta alminha, está a pedir uma resposta do género,
Filha, arranja-te. Eu também já passei por isso e fiz sozinha os meus trabalhos, sem qualquer apoio. S-O-Z-I-N-H-A!
Resumidamente, desde segunda-feira, tenho uma miúda que nunca vi, embora tenhamos frequentado o mesmo curso, a moer-me a paciência. Pede-me ajuda com trabalhos, pede-me outros trabalhos, pergunta-me sobre estágios e opções. E eu, que sou um coração mole, vou-lhe respondendo: envio-lhe o que fiz no passado, dou-lhe indicações para melhorar e coloco a minha criatividade ao seu dispor para lhe sugerir como fazer a apresentação. Desliguei, hoje, inclusive o chat do facebook para evitar cair na tentação de ficar até às duas da manhã a ajudar mas, mesmo assim, não resisti... enquanto escrevo, estou a falar com ela. Fazer-me o quê?