1M/12L | Rainha Vermelha de Victoria Aveyard.
Rainha Vermelha de Victoria Aveyard foi a primeira leitura no âmbito do desafio literário Doze Meses, Doze Livros. O objectivo deste desafio é ler um livro subordinado a uma temática particular. O mês de Janeiro, por se ter celebrado, a seis, o dia de Reis, foi dedicado a Reis e Rainhas. O livro escolhido deveria falar sobre um Rei ou Rainha ou conter, no seu título, alguma das palavras mencionadas.
Rainha Vermelha trata-se de uma distopia, uma viagem a uma sociedade invulgar, dividida entre si por Vermelhos e Prateados. É através do olhar de Mare, a jovem protagonista, que descobrimos o universo penoso dos Vermelhos. Considerados seres inferiores, os Vermelhos não possuem qualquer poder ou privilegio relativamente aos Prateados, seres donos de poderes especiais. O destino de Mare parece condenado a servir numa guerra que não é sua até que, acidentalmente, a jovem se cruza com um Prateado de bom coração. Salva do seu trágico destino, Mare descobre que é dona de um poder especial acessível somente à elite Prateada, o que a obrigará a ficar noiva de um dos filhos do Rei e a assumir uma nova identidade: a de uma princesa Prateada perdida. Mare não se limita a assumir a falsa identidade, arriscando a própria vida para lutar pelos direitos do povo Vermelho. Porém, o jogo de poder e luta pela igualdade não é a única batalha que a jovem Mare travará...
Quem teria eu escolhido? Se nada disto tivesse acontecido, se o mestre de Kilorn não tivesse morrido, se a mão de Gisa não se tivesse partido, se nada tivesse mudado. Se. É a pior palavra do mundo.
Não é o meu género favorito ou habitual, embora já tenha lido e adorado outras distopias (nomeadamente a saga A Seleção de Kiera Cass e da qual adorei e aguardo ansiosamente pelo último livro, sendo uma distopia mais leve do que a de Victoria Aveyard, e As Filhas de Eva de Louise O'Neill), modo geral nunca senti interesse nestes livros. Porém, o burburinho em torno desta história despertou a curiosidade e a capa, simples, cativou-me e é em tudo correspondente à história narrada.
Victoria Aveyard é dona de uma mente extremamente criativa. Numa escrita trabalhada mas sem excesso de palavras ou termos particulares, fluida e cativante, este livro surpreendeu-me. Esperava, admito, um pouco mais, tendo em conta as inúmeras opiniões fantásticas sobre o livro, mas não desiludiu. É diferente. No entanto, considerei-a uma leitura mais pesada, sobretudo comparada com a distopia de Kiera Cass, A Seleção, uma vez que os universos retratos são recheados de crueldade e malvadez (e menos marcado na saga A Seleção). Não posso, contudo, comparar Rainha Vermelha a outras distopias do género, como já o li, como Os Jogos da Fome ou O Complexo dos Assassinos, uma vez que nunca os li... embora me tenha despertado a curiosidade para eles.
A verdade não importa. Apenas importa aquilo em que as pessoas acreditam.
Aguardo, morta de curiosidade, pela continuação da saga e aventura de Mare...
Gostei imenso e não me arrependo da escolha que tomei. Rainha Vermelha é um livro que recomendo a apaixonados por este género literário ou àqueles que desejam aventurar-se e explorar novas leituras.
O segundo volume intitula-se Glass Sword, será publicado este ano nos EUA, mas sem data prevista de publicação em Portugal.
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Título Original: Red Queen, 2015 / série Rainha Vermelha I
Autora: Victoria Aveyard, EUA
Tradução: Teresa Martins de Carvalho
ISBN: 9789896378486
Editora: Saída de Emergência, 2015
Páginas: 352
Sinopse: O mundo de Mare, uma rapariga de dezassete anos, divide-se pelo sangue: os plebeus de sangue vermelho e a elite de sangue prateado, dotados de capacidades sobrenaturais. Mare faz parte da plebe, os Vermelhos, sobrevivendo como ladra numa aldeia pobre, até que o destino a atraiçoa na própria corte Prateada. Perante o rei, os príncipes e nobres, Mare descobre que tem um poder impensável, somente acessível aos Prateados.
Para não avivar os ânimos e desencadear revoltas, o rei força-a a desempenhar o papel de uma princesa Prateada perdida pelo destino, prometendo-a como noiva a um dos seus filhos. À medida que Mare vai mergulhando no mundo inacessível dos Prateados, arrisca tudo e usa a sua nova posição para auxiliar a Guarda Escarlate - uma rebelião dos Vermelhos - mesmo que o seu coração dite um rumo diferente.
A sua morte está sempre ao virar da esquina, mas neste perigoso jogo, a única certeza é a traição num palácio cheio de intrigas. Será que o poder de Mare a salva... ou condena?