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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

O Prisioneiro do Céu de Carlos Ruiz Zafón.

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 O Prisioneiro do Céu de Carlos Ruiz Zafón é uma viagem de reencontro às personagens d' A Sombra do Vento e d' O Jogo do Anjo. A releitura do último volume da trilogia O Cemitério dos Livros Esquecidos permitiu-me relembrar detalhes e compreender aspectos que, numa primeira leitura, pareciam pouco relevantes. A verdade é que, embora eu considere este último livro como o mais fraco da saga, considero-o relevante para compreender o destino trágico de algumas personagens d' O Jogo do Anjo. Porém, ao suscitar novas dúvidas no leitor em virtude da revelação de um segredo, O Prisioneiro do Céu mergulha numa áurea de mistério e suspeita, cabendo ao leitor imaginar o futuro dos protagonistas e a forma como a revelação do marcante segredo influenciará os seus destinos.

 

A história d' O Prisioneiro do Céu é relatada a partir de uma das personagens mais cómicas e queridas d' A Sombra do Vento, Fermín Romero de Torres que nos presenteei com uma história de sobrevivência e amizade. Nos anos longos da Ditadura Franquista, Fermín é tortura e preso numa prisão sobrelotada de Barcelona. É aqui que conhece o David Martín, conhecido pelos prisioneiros como o Prisioneiro do Céu e principal herói d' O Jogo do Anjo que, entre ataques de loucura e acessos de raiva, relata a Fermín a sua história e segredos de vida. É ele quem ajudará Fermín a escapar da prisão e lhe pedirá um favor irrecusável... 

 

Carlos Ruiz Zafón é mestre na arte de cativar o leitor. Numa escrita acessível, fluida e misteriosa, Zafón não permite que o leitor caía em aborrecimentos, incluindo pontos de suspense nos momentos adequados. Os três livros que compõem O Cemitério dos Livros Esquecidos lêem-se por qualquer ordem embora, para mim, faça sentido a leitura por A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e O Prisioneiro do Céu. 

 

O Cemitério dos Livros Esquecidos é uma trilogia indicada para amantes de livros... dos livros malditos e proibidos numa Barcelona apaixonante. 

 

- Nesta vida, perdoa-se tudo, menos dizer a verdade.

 

- Não sei agora onde terei lido que, no fundo, nunca fomos a pessoa que julgamos ter sido, que só nos lembramos do que nunca aconteceu...

  

- O futuro não se deseja, merece-se.

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Título Original: El Prisionero del Cielo, 2011
Autor: Carlos Ruiz Zafón, Espanha
ISBN: 9789896573003
Páginas: 400
Editora: Editorial Planeta, 2012
Sinopse:
Barcelona, 1957. Daniel Sempere e o amigo Fermín, os heróis de A Sombra do Vento, regressam à aventura, para enfrentar o maior desafio das suas vidas. Quando tudo lhes começava a sorrir, uma inquietante personagem visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo, enterrado há duas décadas na obscura memória da cidade. Ao conhecer a verdade, Daniel vai concluir que o seu destino o arrasta inexoravelmente a confrontar-se com a maior das sombras: a que está a crescer dentro de si.

O Jogo do Anjo de Carlos Ruiz Zafón.

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 O Jogo do Anjo de Carlos Ruiz Zafón, segundo volume da trilogia O Cemitério dos Livros Esquecidos, é uma trama intensa e delicada, onde reencontramos velhas personagens d' A Sombra do Vento e novas e importantes personagens que apimentam a narrativa e a tornam marcante.

 

David Martín é a personagem principal de um livro recheado de mistérios. Homem apaixonado pelas letras e dono de um talento para a escrita inigualável, o destino de Martín cruza-se com o de um misterioso editor francês que, a troco de fama, saúde e dinheiro, lhe propõe que escreva um livro para si. O jovem aceita a proposta do estranho admirador Andreas Corelli longe de imaginar que tal lhe roubaria os bens mais preciosos da sua vida: o amor de Cristina e a amizade de Isabella. 

 

Zafón, neste segundo volume, recupera algumas - na verdade, não muitas personagens como no terceiro volume - personagens do primeiro livro e dá-nos a conhecer a jovem Isabella, a mãe do protagonista do primeiro volume, Daniel Sempere, bem como o seu avô e traços da personalidade do seu pai. Isabella é comunicativa, energética mas extremamente leal e amiga... uma amizade pura nasce entre a jovem e David. Na verdade, o segundo volume é a história da livraria Sempere e Filhos, local de elo dos três livros.  

 

- Não tenha medo, senhor Sempere, que os livros são a única coisa no mundo que não se rouba.

 

Releitura de 2014, O Jogo do Anjo foi, na época como agora, e apesar de todo o carinho que tenho pelo primeiro volume, A Sombra do Vento, o meu livro favorito da saga. Intenso, dramático e mais misterioso que o primeiro livro, senti verdadeira empatia e familiaridade com os sentimentos de David Martín. A realidade é que A Sombra do Vento e O Jogo do Anjo são narrativas diferentes, cuja histórias embora se interliguem entre si, igualmente se afastam... é difícil explicar-me porque, na época, fiquei com enormes questões na cabeça sobre David Martín que só vi resolvidas no terceiro volume, O Prisioneiro do Céu, porém e uma vez que se trata de releitura, já li os três livros da saga, conheço o destino e a verdade sobre as personagens, tornam-se complexo explicar-me. 

 

- Sabe o que têm de melhor os corações despedaçados? - perguntou a bibliotecária.

Fiz-lhe sinal negativo.

- Só se podem despedaçar uma vez. Tudo o resto são arranhões.

 

Por outro lado, Zafón é extraordinário na escrita e na forma como descreve os cenários e os traços de Barcelona... é como se de facto estivéssemos naquela cidade em meados do século XX. Uma escrita deliciosa e envolvente, o escritor possui o dom invejável da escrita.

 

Ergui o olhar para a imensidão do labirinto.

- Como se escolhe só uma livro entre tantos?

Isaac encolheu os ombros.

- Há quem prefira acreditar que é o livro que nos escolhe a nós... o destino, por assim dizer.

 

O Jogo do Anjo é uma história sobre a magia da escrita e o poder dos livros. Recomendo-o para os fãs de mistérios, magia dos livros e drama. 

 

O segundo volume da saga O Cemitério dos Livros Esquecidos foi uma leitura conjunta das bloggers Pandora,  JP, NathyCristina, Magda e Just.

 

Não há nada no caminho da vida que não saibamos já antes de o iniciar. Não se aprende nada de importante na vida; apenas se recorda.

 

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Título Original: El Juego del Ángel, 2008

Autor: Carlos Ruiz Zafón, Espanha

ISBN: 9789722037075

Páginas: 576

Editora: Dom Quixote, 2008

Sinopse:

Na turbulenta Barcelona dos anos de 1920, um jovem escritor obcecado com um amor impossível recebe a proposta de um misterioso editor para escrever um livro como nunca existiu, em troca de uma fortuna e, talvez, de muito mais.

Com um estilo deslumbrante e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Ventotransporta-nos de novo à Barcelona de o Cemitério dos Livros Esquecidos para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos, onde o encantamento dos livros, a paixão e a amizade se conjugam num romance magistral.

A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón.

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 Há livros que nos marcam profunda e inesquecivelmente. Livros mágicos capazes de nos agarrar, como se nos roubassem um pouco de nós para, logo a seguir, a cada novo folhear de página, nos devolver a esperança de um amanhã distinto. Tratam-se, na verdade, de livros feiticeiros que nos levam a descobrir a cada personagem, história e sentimento, um pouco de nós, marcando-nos irremediavelmente. A Sombra do Vento é um desses livros, mágico e poderoso, uma narrativa que nos leva a mergulhar no feitiço dos livros, amor, solidão e amizade.

 

O meu primeiro contacto com Carlos Ruiz Zafón deu-se em dois mil e treze... um feliz acidente. Comprei a versão de bolso d' A Sombra do Vento num hipermercado meramente pelo título cativante. Inicialmente, confesso-o, não me cativou. Às primeiras cem a cento e cinquenta páginas, A Sombra do Vento parecia-me um livro de acção lenta e aborrecido. Mas, porque se trata de um livro recheado de magia, a verdade é que a história acabou por me apaixonar e ansiar por ler mais e mais. Não foi paixão às primeiras páginas mas e no entanto, graças à escrita misteriosa e envolvente de Zafón, tornou-se num dos meus livros favoritos da vida.

 

A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón conta-nos a história de um livro maldito e do seu autor, através do jovem protagonista Daniel Sempere, na mágica cidade de Barcelona. O Cemitério dos Livros Esquecidos encerra, nas suas paredes e prateleiras, milhares de personagens, histórias e livros. Uma noite, Daniel é conduzido pelo pai, pelas ruas escuras e solitárias da cidade ao Cemitério dos Livros Esquecidos para que nele eleja o livro que o acompanhará pela vida. Daniel, através do livro poderoso que o elegeu, iniciará uma viagem marcante com paragem obrigatória no amor, amizade, solidão e coragem. 

 

Daniel, Fermín, Julían, Bea, Penelópe e companhia roubaram-me lágrimas de saudades. Soube-me indescritivelmente bem reler este livro. Reencontrei personagens. Reencontrei a magia de um livro que tanto me significa. Um livro que me devolveu a ânsia pela leitura, o gosto apagado pelos livros, o desejo de ler mais e mais. Um livro que me diz tanto... e quero tanto, culpa desta releitura, reencontrar-me com o David e amigos de O Jogo do Anjo. 

 

(...) poucas coisas marcam tanto um leitor como o primeiro livro que realmente abre caminho até ao seu coração.

 

A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón é uma leitura, pelo significado da história e poder do livro, mais do que recomenda para os fãs de livros... é uma leitura obrigatória. É um dos meus livros favoritos de sempre... da vida. Nele identificamos mil e um sentimentos... uma história inesquecível sobre o coração e o feitiço dos livros.

 

- Acho que nada acontece por acaso, sabes? Que, no fundo, as coisas têm o seu plano secreto, embora nós não o entendamos. (...) Tudo faz parte de qualquer coisa que não conseguimos perceber, mas que nos possui.

 

A primeira releitura de dois mil e dezasseis foi uma leitura conjunta minha, Nathy e JustSmile

 

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Título Original: La Sombra del Viento, 2004

Autor: Carlos Ruiz Zafón, Espanha

Tradução: J. Teixeira de Aguilar

ISBN: 9789896600815

Páginas: 527, edição de bolso

Editora: BIS Leya, 2011

Sinopse:

Numa manhã de 1945 um rapaz é conduzido pelo pai a um lugar misterioso, oculto no coração da cidade velha: o Cemitério dos Livros Esquecidos. Aí, Daniel Sempere encontra um livro maldito que muda o rumo da sua vida e o arrasta para um labirinto de intrigas e segredos enterrados na alma obscura de Barcelona.
Juntando as técnicas do relato de intriga e suspense, o romance histórico e a comédia de costumes, "A Sombra do Vento" é sobretudo uma trágica história de amor cujo o eco se projecta através do tempo. Com uma grande força narrativa, o autor entrelaça tramas e enigmas ao modo de bonecas russas num inesquecível relato sobre os segredos do coração e o feitiço dos livros, numa intriga que se mantém até à última página.

A Sombra do Vento é um mistério literário passado na Barcelona da primeira metade do século XX, desde os últimos esplendores do Modernismo até às trevas do pós-guerra. Um inesquecível relato sobre os segredos do coração e o feitiço dos livros num crescendo de suspense, que se mantém até à última página.

2016: o ano dos desafios.

A ideia é simples: para dois mil e dezasseis proponho-me a realizar três, talvez mais - ainda não sei bem - desafios. A plano foi fermentando na minha cabeça onde, ontem, por fim, enrijeceu e assumiu formas. Espero que o ano de dois mil e dezasseis seja marcado por coisas boas e quero deixar o seu registo... e, caso não seja este, de facto, o ano de mudanças que seja, pelo menos, o ano em que procurei superar-me. O meu problema com os desafios é que depressa me aborreço, ou me esqueço de registar, e como de pequenos passos se dá a mudança... comecemos o ano com desafios.

 

Bora (propositadamente assim escrito... como se fala na minha zona)  conhecer os meus desafios para dois mil e dezasseis?

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O primeiro desafio intitula-se 366 dias do meu ano em imagens e já começou no facebook e instagram. O plano é, como o título indica, mostrar pequenas coisas do meu dia-a-dia, especialmente através de fotografias tiradas por mim - mas não só -, que me fazem feliz. Procurar, mesmo nos dias mais tristes e ruins, alguma coisa que me faça sorrir, registar e partilhar. Pequenas coisas que fazem a diferença. O desafio será partilhado aqui, no blogue, não sei com que regularidade - uma vez por semana ou mês -, mas podem acompanhar-me nas redes sociais mencionada. 

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Apelidado desafio das 52 semanas, o desafio foi roubado à Vanessa, nuages dans mon café, e à Ana, De repente já nos... 40!!!, onde acompanhei ou acompanho as suas escolhas. O desafio 52 semanas consiste em responder a cinquenta e duas questões, elaborando um top cinco de preferências, nos mais diversos temas. Uma vez por semana, possivelmente à segunda-feira, publicarei as minhas escolhas.

 

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E, para dois mil e dezasseis, sendo eu uma amante de livros, não poderia deixar de faltar um desafio literário ou 12 livros segundo os meses do ano. Roubado do blogue Champagne Choque, o desafio consiste em ler doze livros, um para cada mês de dois mil e dezasseis, mediante os temas seleccionados.

 

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Na verdade, pretendo envolver-me em mais do que um desafio literário. Manter o desafio das leituras conjuntas, junto das meninas do clube das pistogas que lêem - Magda, Nathy e Sofia -, ou de quem quiser comigo aventurar-se na leitura. Ler não é algo que necessite de desafios porém, quero ser capaz de me aventurar, superar, desafiar.

 

Não assumem contornos de desafio porém, acima de tudo, de resolução para este ano: reler alguns livros que me marcaram. Quero reler a saga Harry Potter e os livros A Sombra do Vento e Estrada da Noite, o primeiro de Carlos Ruiz Zafón e o último de Kristin Hannah - e esperando ler dois livros seus que reclamam atenção na estante dos livros por ler, O Rouxinol e Entre Irmãs. A releitura destes livros são desejos antigos, sobretudo a saga de J.K. Rowling, e embora não assumam contornos de obrigatoriedade como os desafios, quero ser capaz de dedicar um pouco de tempo a estes livros que marcaram uma parte da minha adolescência ou me marcaram pela delicadeza e sensibilidade das histórias - e basta pesquisar um bocadinho nas tags do blogue para compreender. 

 

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A nível pessoal - perguntam vocês - existem outros desafios que num outro post procurarei partilhar... trabalho, amor, vida social.

 

O ano de dois mil e dezasseis é, para mim, um ano de desafio e, espero, de mudanças. Por isso, para o ano que ontem começou, este são os meus desafios... e para cada um deles criarei um separador específico.