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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

37 | Coisas de blogger... O melhor de 2015.

A Just Smile desafiou-me a responder a um desafio sobre o melhor de dois mil e quinze. O desafio, como o nome indica, consiste e estás são as regras, em: 

   | fazer o top três de cada item;

   | substituir um dos itens iniciais por um outro à escolha, criado por vocês;

   | desafiar três blogues para continuar o desafio.

 

Conhecidas as regras do desafio o melhor de dois mil e quinze é hora de conhecer o meu top três em categorias diversas...

 

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   | As 3 melhores músicas de 2015...

Let It Go de James Bay

Tu e Eu de Diogo Piçarra

Ecos de Amor de Jesse & Joy

 

   | As 3 melhores séries de 2015...

Não acompanho, à excepção d' A Guerra dos Tronos, qualquer outra série. O fim do wareztuga ditou a morte às séries... na verdade eu nunca fui dada a séries mas, antes do encerramento daquele site, ia acompanhando uma ou outra série, sendo elas, Duas Raparigas nas Lonas e My Fat Mad Diary. A primeira, Duas Raparigas nas Lonas, fiquei-me pela quarta temporada e desinteressei-me pela série; a segunda felizmente, mesmo após o encerramento do wareztuga, consegui concluir a série. Retomando o tópico, as três melhores séries do ano são:
A Guerra dos Tronos

My Fat Mad Diary

Mentes Criminosas - não acompanho as temporadas mas, sempre que me a apanho no AXN fico colada à série.

 

   | Os 3 melhores filmes de 2015...

Não frequento salas de cinema. A primeira razão prende-se com o facto de a sala de cinema mais próxima ficar a uns trinta quilómetros e, a segunda, com o preço elevado dos bilhetes de cinema. Porém, ainda assim, consegui visualizar algumas estreias e o meu top três de filmes são:

Samba

Ocho Apellidos Catalanes / Namoro à Espanhola

Still Alice / O Meu Nome é Alice

 

   | Os 3 momentos mais altos de 2015...

É um bocadinho triste escrever isto mas, confesso, não me é fácil identificar os três mais altos momentos do meu ano... o meu ano foi bastante normal e deprimente. Mas, num pequeno exercício de memória...

A amizade que prevalece e dura, apesar da distância, colmata com pequenas viagens às amigas e, por fim, conhecer a pequena Joaninha, filha de uma amiga da escola secundária.

O meu irmão, a celebração amor e a luta pelo crescimento.

E... por aqui me fico.

 

   | As 3 maiores mudanças da tua vida em 2015...

Uma das mudanças mais significativas do meu ano foi, com a saída do meu irmão de casa e da zona onde moramos, fui obrigada a conduzir com mais regularidade visto que o tinha a ele. Não gosto de conduzir, no entanto, o facto de ele já não estar tão presente exigiu mais de mim e isso levou-me a mudar a forma como encaro a condução. Por outro lado, a saída do meu irmão de casa alterou um pouco a dinâmica e as relações... O desemprego mantém-se... ou seja, poucas mudanças.

 

   | As 3 concretizações de 2015 que não foram cumpridas...

Actividade física regular.

Trabalhar.

Sair de casa.

 

A Just Smile, nas suas respostas, optou por identificar o top dos três melhores livros do ano. Uma vez que eu já identifiquei o meu top doze de melhores livros de dois mil e quinze e sendo-me difícil reduzir a lista para meramente três, opto por substituir esta categoria por:

 

   | Os 3 acontecimentos (nacionais ou internacionais) que considero mais marcantes de 2015...

A crise dos refugiados na Europa, bem como os atentados.

A adopção de crianças por casais homossexuais em Portugal (e não só... mas, por cá, é um passo gigante).

A mudança na política venezuelana. 

 

Para finalizar o desafio, as três seleccionadas para responderem às questões anteriores são... as últimas três  meninas que comentaram no blogue,

| Helena do blogue Diz Que Helena

| Carolina do blogue Gesto, Olhar e Sorriso 

| Nathy do blogue Desabafos da Nathy.

Doze livros de dois mil e quinze.

Dois mil e quinze, por diversos motivos, revelou-se um ano produtivo a nível de leituras. Li, contabilizado no Goodreads, cinquenta e cinco livros. A minha meta pessoal, segundo outros aspectos - porque a vida não se limita a livros -, era de vinte livros. Não leio para atingir metas ou completar desafios, leio pelo prazer de ler, pela companhia que me proporcionam. Não me canso de repetir e de o mencionar aqui que, para mim, livros são essenciais para o meu bem-estar, uma droga saudável, universos que conheço sem abandonar a vida real.

 

Mas... deixemos o blablabla, e falemos do que realmente importa: o meu top doze de melhores livros do ano.  

 

A ideia era publicar esta lista no início do próximo ano quando, de facto, dois mil e quinze tivesse terminado e não corresse o risco de encontrar um livro para acrescentar à lista depois da sua publicação. Porém, a verdade é que não pretendo iniciar nenhum novo livro antes do início de dois mil e dezasseis. Porquê? Simples: estou à espera de dois novos livros para a minha estante e que talvez só cheguem nos primeiros dias de Janeiro, dos quais um aguardo com enorme ansiedade e será a primeira leitura do ano que se avizinha - Guia Astrológico Para Corações Partidos (Sílvia Zucca), o tal que me está a deixar morta de curiosidade, e Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa (Judith Kerr) - e, por fim, porque ainda não terminei os dois livros de contos, em língua espanhola, da saga A Seleção. É, portanto, com toda a segurança que posso publicar o meu top doze de melhores livros de dois mil e quinze. Não existe ordem de preferência; os livros apresentam-se pela ordem em que foram lidos...

 

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Top 12 dos Melhores Livros de 2015

 

 A Menina Que Fazia Nevar de Grace McCleen

 O Menino de Cabul de Khaled Hosseini

 Nunca Me Esqueças de Lesley Pearse

A Bibliotecária de Auschwitz de Antonio G. Iturbe

Perguntem a Sarah Gross de João Pinto Coelho

 Travessuras da Menina Má de Mario Vargas Llosa 

Jane Eyre de Charlotte Brontë

 Orgulho e Preconceito de Jane Austen

Viver Depois de Ti de Jojo Moyes

 A Contadora de Histórias de Jodi Picoult

saga A Seleção - A Seleção, A Elite e A Escolha (aguardo pela publicação, em Portugal, de A Herdeira) - de Kiera Cass

O Rapaz Que Venceu Salazar de Jacinto F. Matias

 

O ano que termina foi rico e variado em leituras: descobri os romances históricos de Lesley Pearse, aventurei-me na distopia de Kiera Cass, arrisquei nos clássicos, li mais escritores portugueses e três dos meus livros favoritos do ano relacionam-se com a temática da II Guerra Mundial (4, 5 e 10). Cada um destes livros tornou-se inesquecível pela forma como me cativou e empolgou na leitura. Livros que recomendo... sem hesitações, acreditando na energia das suas personagens e no poder da história por forma a cativar quem os lê.

 

Desejo, para o meu dois mil e dezasseis, novas e inúmeras aventuras e ser capaz de manter o ritmo da leitura... os restantes desejos guardo-os para mim. 

 

Para conhecerem os cinquenta e cinco livros que li em dois mil e quinze podem consultar a minha página no goodreads ou no facebook do blogue.

Coisas boas dos blogues... II.

Os clube nasceu algures nos primeiros dias deste ano. Livros... é o amor pelos livros que caracteriza os elementos do imprevisível clube. Os primeiros emails (se a memória não me falha) trocados pelos quatro membros foi sobre livros. Foi a paixão pelas letras, personagens mil e histórias distintas, que uniu estas quatro pistogas e, com ela, está amizade mantida em trocas de mil e uns emails. O Clube das Pistogas Que Lêem, nome tão estranho e comprido, é a prova de que as amizades podem nascer de um blogue e manter-se à distância física de um email, alimentadas por bocadinhos do dia-a-dia, pequenas coisas que acontecem, pedaços de cada um dos seus elementos. A Magda, do StoneArtPortugal, a Nathy, do Desabafos da Nathy, e a Sofia, do blogue Sofia Margarida, inundam-me a caixa de email do blogue com mil e uma mensagens, perdendo-me no meio da confusão de palavras, tornando-se mais do que companheiras de leitura.

 

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 (adorei o mocho e o porta-mensagens com a frase "Ler é... ganhar asas para o mundo!", três doces pais natais de chocolate, uma bolsinha com um colar inicial M e o postal de Natal)

 

A Nathy surpreendeu-me com este miminho doce de Natal. Um presente que chegou no dia certo... pequenas coisas que me encheram, novamente, de alegria e tornaram, deste, um Natal especial. Uma mensagem que me comoveu... e me roubou as palavras. Um gesto simples que significa muito. O melhor do meu ano é este cantinho e quem do outro lado me acompanha e tanto carinho demonstra pelo testamentos que escrevo, este clube de pistogas apaixonadas por livros que tão especiais. Que dois mil e dezasseis seja um ano repleto de emails, livros e diversas leituras conjuntas.

O ano em que descobri as distopias.

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Nunca me considerei fã de universos fantasiados. Preferia - sempre preferi - romances históricos, histórias bibliográficas ou livros que relatassem romances inspirados em vivências. Um pequeno toque de magia era o suficiente. O universo Harry Potter foi a minha única excepção - da qual permaneço fã. Evitei, sem saber exactamente o porquê, tudo o que terminava em 'ias', distopias, utopias, fantasias, portanto, tudo o que fosse impossível de acontecer na vida real. Talvez, porque, precisava de ler histórias que, no fundo, se assemelhassem à vida real, na qual me pudesse rever em distintas situações, com finais felizes, contrariamente a universos improváveis, fantasiados, irreais... ou talvez não fosse nada disto. A verdade é que não sei nem tão pouco encontrar um motivo para, durante anos, ter evitado o universo das distopias. O ano de dois mil e cinco, porém, revelou-se um ano de muitas leituras - mais de cinquenta livros lidos - e de novas descobertas literárias... as distopias. 

 

É, antes de continuar, importante esclarecer o significado de distopia. Por distopia entende-se como uma

Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressivaassustadora ou totalitáriapor oposição à utopia.

(in Dicionário Priberam)

 

Ouvi falar imenso da saga literária de Kiera Cass - blogues, canais de youtube, redes sociais literárias e a novidade chegava-me do Brasil e de Espanha - a verdade é que a escritora e o título da saga à muito que me perseguiam. Nunca tive interesse em ler a sagas de distopia como Divergente ou Os Jogos da Fome. A sinopse do livro e as diversas críticas positivas nunca me cativaram. Não vi os filmes. Considerava-os demasiado sombrios. E, no entanto, a curiosidade derrubou os receios, obrigando-me a ler o primeiro livro da saga de Kiera Cass, A Seleção.

 

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A Seleção de Kiera Cass - na verdade, toda a saga - deixaram-me em ressaca literária. Os livros seguintes souberam-me a pouco e, talvez por isso, tornando-se desilusões literárias - neste caso, os livros foram A Profecia de Istambul e A Solidão dos Números Primos, nos quais depositei esperanças de alivio para a minha ressaca. Quando me iniciei na descoberta de America, em A Seleção, estava longe de imaginar a ansiedade que me provocaria, lendo o primeiro livro em cerca de dois dias, e deixando-me em sofrimento pela continuação, com A Elite e A Escolha. Não me queria despedir de nenhuma das personagens. Queria mais. A necessidade de não abandonar as personagens levou-me a comprar, mesmo que em língua espanhola - via amazon.es e uma vez que não encontrava os contos completos nos sites portugueses -, dois pequenos livros de contos sobre personagens secundárias. A saga criada por Cass não terminou com A Escolha ou os livros de contos. A Herdeira é o quarto volume - e, segundo sites do Brasil, deverá existir um quinto volume - e eu estou louca por ler... contra todas as minhas primeiras expectativas.

 

Não sou fã de colecções. Não goste de esperar pelas continuações que, cedo ou tarde, acabo por perder o interesse. Mas, descobri os livros de Kiera Cass tarde e isso revelou-se uma vantagem: permitiu-me ler os três volumes seguidos, não deixar as personagens cair em esquecimento por intermédio dos contos e, em breve, dar seguimento ao quarto volume. A saga é de leitura fácil e cativante, numa escrita envolvente. A minha primeira distopia tornou-se inesquecível! 

 

Kiera Cass não foi a minha única distopia de dois mil e quinze...

 

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As Filha de Eva de Louise O' Neill, distopia sobre mulheres. O livro é, contrariamente à primeira distopia, sombria e negativa, mostrando as mulheres como objectos, nascidas unicamente para servir os interesses masculinos. A vida destas mulheres termina quando a beleza envelhece, quando deixam de ser férteis ou ultrapassam o peso ideal, sendo esta a premissa do livro... exigisse que sejam magras, perfeitas e belas. A história das filhas de eva é-nos contada por Freida, uma jovem incapaz de se considera bela, obcecada pela perfeição mas facilmente manipulável, ingénua e fraca. O destino das filhas de eva é sombrio e, quando uma delas começa a engordar, a trama toma contornos perturbáveis. Uma crítica social perspicaz, altamente recomendável.

 

Rainha Vermelha de Victoria Aveyard é, para o ano que se avizinha, a próxima distopia que pretendo ler. 

 

O ano de dois mil e quinze foi o ano em que descobri as distopias... e ainda bem!