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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Prémio Nobel da Paz

O Nobel da Paz é atribuído este ano à paquistanesa Malala Yousafzai e ao indiano Kailash Satyarthi pela luta pelo direito das mulheres e das crianças à educação.

 

 

aqui confessei a minha admiração por esta menina coragem baleada, em 2012, por lutar pelo direito das meninas à educação no Paquistão. O seu livro é um dos meus preferidos e é o meu modelo de coragem e de persistência. 

Sobre Kailash, desconhecia o seu trabalho, mas ganhou a minha admiração. O indiano adoptou os ensinamentos de Gandhi e, através dele, procura dar visibilidade ao trabalho infantil na Índia.

O Mundo precisa de mais pessoas como eles... verdadeiros exemplos de coragem, luta e amor. Um prémio mais do que justo e merecido.

 

 

O Comité Nobel sublinhou também o facto do Nobel ser atribuído "a um hindu e a uma muçulmana, um indiano e uma paquistanesa, que se juntam numa luta comum pela educação e contra o extremismo". 

 

(in SIC Notícias)

11 de Setembro de 2001.

Estava em casa quando, naquela terça-feira, 11 de Setembro, a rádio interrompeu a música à qual eu dançava para anunciar algo que mudaria para sempre o mundo, 

 

 

Tinha completado nesse ano 14 anos e, inocentemente, senti que, quando menos esperasse, um avião entraria pelo prédio. Numa letra tremida falei dos que senti perante tais imagens: medo, choque e revolta. Percebi que, depois daquele dia 11, o Mundo não seria mais o mesmo. Naquele dia, não consegui tirar mais os olhos da televisão. Saltava de canal em canal para compreender o que se passava e como existiam loucos capazes de tais bárbaros actos. Jamais esquecerei o terror daquelas imagens e de como o valor de uma vida humana nada vale perante um louco. Nos tempos seguintes, guardei jornais e publicações sobre o tema para que jamais esquece-se que no mundo existem seres humanos capazes das maiores loucuras e atrocidades.

Treze anos passaram. O mundo mudou, tornou-se mais inseguro e violento, e uma questão se mantém na minha cabeça... porquê?

Impossível ficar indiferente a esta dor.

Não quero saber quem começou a guerra. Não me interessa quem são os culpados. Pouco me importa como se acaba com o conflito. Mas ninguém se devia calar perante imagens como esta. Estas crianças choram a morte dos pais. Foram fotografadas por Mohammed Salem da Agencia Reuters e estão hoje nas páginas da Visão. A casa onde viviam foi bombardeada. Acham que vão ser adultos tolerantes? Que merda de mundo.
Hélder Silva, jornalista da RTP