É impossível escolher apenas um, tal como me foi impossível escolher, no primeiro dia deste desafio, o meu livro favorito. Portanto, para uma ilha deserta, não só levaria os livros do primeiro dia,
como ainda escolheria mais quatro,
Inés da Minha Alma
Isabel Allende
![]()
Leitura sugerida pela minha professora de português do ensino secundário que, sabendo-me apaixonada pela história e conhecendo o meu país de origem, Venezuela, convidou-me a ler este livro. É, de facto, uma história lindíssima, de uma Inés especial, que não se deixa reger pelas regras que se impõem às mulheres do século XVI, lutadora e sonhadora e das descobertas do Império Espanhol, bem como das conquista, batalhas e cristianização dos índios do continente sul americano.
Nunca Me Esqueças
Lesley Pearse
![]()
Nunca Me Esqueças faz, de facto, jus ao livro... é difícil esquecer Mary Broad. Lesley Pearse convida-nos a conhecer a colónia penal da Nova Gales do Sul, actual Austrália e a história verídica de uma mulher avançada para a época. No século XVIII, a colonização da Nova Gales do Sul foi levada a cabo por milhares de ex-condenados à pena de morte e Mary foi uma das primeiras ex-condenadas a pisar o actual território australiano. Baseando-se em testemunhos escritos históricos, Lesley Pearse mostra-nos a dura viagem realizada por homens, mulheres e criança, desde Inglaterra ao distante território australiano. Sobre este livro, podem consultar a opinião aqui.
A Rapariga Que Roubava Livros
Markus Zusak
![]()
A força das palavras e o poder de um livro, marcam esta belíssima história nascida do punho e criatividade do escritor australiano Markus Zusak. Um livro comovente e personagens apaixonantes, cujo cenário de fundo é a Segunda Guerra Mundial.
Memorial do Convento
José Saramago
Quando, no décimo segundo ano fomos obrigados a ler este livro, para as aulas de português, admito que tive muitas dificuldades em compreender a escrita. Lembro-me, como se fosse hoje, de o ter comprado na bertrand, alguns minutos antes da chegada do meu comboio e depois das aulas e, de me sentar num banco de ferro desconfortável da estação de comboios, a folhear o livro e a tentar ler as primeiras páginas. Descobri que para se ler Saramago, a estação de comboios não é o local mais indicado; nem o é no decorrer de uma viagem de comboio. Dias mais tarde, voltei a pegar nele para ler as primeiras páginas. A professora, percebendo que a única forma de nos obrigar a ler era com testes onde tínhamos de preencher os espaços em branco, imponha a leitura de dois ou três capítulos por semana e consequente teste. Os primeiros três capítulos foram duros de ler, é uma escrita complexa e distinta mas, à medida que fui lendo, a cada nova página, a cada nova personagem e história, fui-me apaixonando. Presentemente, Saramago é um dos meus escritores favoritos... e a paixão, nasceu numa estação de comboios.
No total, seriam dez os livros que levaria para uma ilha deserta... definitivamente, tenho um enorme problema no que refere a escolher livros.
___
![11180265_10153384994744636_836664787_n.jpg 11180265_10153384994744636_836664787_n.jpg]()
O desafio literário foi-me sugerido pela Magda. A ideia é, nos próximos quarenta e dois dias, todos os dias, à mesma hora, falar-se sobre livros, respondendo às questões sobre o universo dos livros. O objectivo do desafio é simples: se por um lado, consiste numa de gostos e experiências sob o mundo dos livros, por outro, este desafio leva-nos-à a pensar e a reflectir sobre os livros que já lemos. Nos próximos quarenta e dois dias, neste blog, falar-se-à maioritariamente de livro. Não se esqueçam de visitar a Magda e conhecer as suas escolhas literárias.