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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Praia... o meu lugar especial.

Aquela praia onde me perco a contemplar o mar é especial. É diferente. Nela tento enterrar medos e receios, pedindo ao mar que transforma os meus sonhos e desejos em realidade.

 

 

Não, as parais não são todas iguais. Elas são diferentes. Não falo daquelas praias de Verão, mas sim daquelas parais de mar tempestuoso e revoltado, daquelas praias de Inverno.

O mar que as banhas é o mesmo, mas as praias, essas, são diferentes. São diferentes quem nelas procura o refugio. Diferentes nos pensamentos e segredos que escondem. Diferentes nos desejos e sonhos que nelas enterramos.

As praias não são todas iguais: são diferentes no Verão e no Inverno e os sonhadores, tais como eu, são todos distintos.

Qual a última fotografia que tirei com o telemóvel?

A propósito desta reportagem, foi-me inevitável procurar qual a última fotografia que tirei com o meu telemóvel. É sempre fatal pensarmos em nós, mesmo que inconscientemente e questionar sobre o assunto.

 

 

Ora, assim sendo, a última fotografia foi na praia onde, durante horas, observei o mar. Algures nela, enterrei os meus sonhos e desejos... nela depositei todas a minhas esperanças.

Cartas ao Mar

Sempre tive uma forte ligação com o mar. 

 

 

Durante anos, durante as minhas viagens entre a escola e casa, procurava sempre sentar-me, no comboio, junto às janelas que me permitiam contemplar o mar. Embora fosse uma viagem curta, era algo que me dava um enorme prazer e me relaxava imenso. Mesmo que me sentasse no lado oposto, não deixava de olhar para o exterior, para o mar. Tenho-lhe respeito, mas a sua beleza e rebeldia sempre me transmitiram paz e calma. 

Por tudo isto e por acreditar na sua imensidão e força, atiro ao mar os meus desejos. Sim, atiro ao mar. Escrevo uma carta ao mar com os meus desejos, sentimentos e sonhos. Não sei se li isto num livro; pode parecer estúpido, mas para mim é algo que me dá força e esperança.

A primeira vez que o fiz, o mar ouviu-me. Talvez um ano depois, o meu pedido ganhava forma. Depois disso, voltei-o a fazer mais uma vez... o mar e o tempo parecem ajudar-me a esquecer aquilo que escreverá ao mar. Pela terceira vez vou voltar a fazer-lhe um pedido e preciso tanto que ele me escute, que preste atenção à minha carta e às minhas palavras. Preciso que ele me recheie o dia com coisas boas e alegres, com um amor, um trabalho e amizade. 

Talvez não tenha sido por acaso que escolhi este nome para o meu blog: um mar de pensamentos. Porque ao mar escrevo cartas de pensamentos e sonhos. E, talvez não seja a única a escrever cartas ao mar e acreditar nele...