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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

O meu livro clássico inglês favorito,

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 Jane Eyre, de Charlotte Brontë.

 

Li, recentemente, três clássicos da literatura inglesa: O Monte dos Vendavais, Jane Eyre e Orgulho e Preconceito, por está ordem. Os dois primeiros das irmãs Brontë, Emily e Charlotte - respectivamente -, o último de Jane Austen. O meu preferido é Jane Eyre. Simplesmente encantador, apaixonante, cativante! 

Um livro para cada dia da semana.

Dias da semana em livros... parece estranho? Um livro para cada dia da semana... e, porque não? A ideia é muito simples: mediante as características definidas para cada dia da semana, seleccionar um livro... ou dois, três, os necessários! Vamos brincar com os livros? Uma nova book tag...

 

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Domingo: Um livro que não queres que termine ou não quiseste que terminasse.

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O Menino de Cabul é um dos meus livros favoritos. Na verdade, todos os livros de Khaled Hosseini são especiais, inesquecíveis, favoritos; cada um deles, à sua maneira, me marcou. Não queria que está história de amizade terminasse, embora me sentisse obrigada a ler todos os dias... sofria se não lesse um pouco mais. O meu livro de domingo. Um livro que recomendo mil vezes. Uma história que, um dia, pretendo reler.

 

Segunda-feira: Um livro que tens preguiça de começar.

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Quero muito ler Palmeras En La Nieve... apesar da preguiça. Decidi comprar o livro de Luz Gabás mal descobri que um dos meus actores espanhóis favoritos, Mario Casas, assumiria um papel principal na adaptação deste livro à tela do cinema. O livro é-me cativante: um romance histórico da Espanha colonial. Porém, existem dois nãos em contra este livro: é um livro de bolso, escrito em espanhol. O preço acessível e o facto de ainda não se encontrar traduzido a português precipitaram a comprar. Por outro lado, sentia necessidade de investir um pouco mais na língua espanhola, nomeadamente, na leitura. O filme estreia em Dezembro e apesar da minha enorme curiosidade para com o livro, a verdade é que tenho arrastado a sua leitura. Um dia acontecerá.

 

Terça-feira: Um livro que te custou a ler ou leste por obrigação.

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Custou-me imenso ler Glória Mortal. Não me cativou. Não gostei, apesar da escrita fluida e de todo o mistério associado às misteriosas e violentas mortes. Senti necessidade de o abandonar logo nas primeiras páginas. O género futurista não é, de todo, o meu género...

Li-o em leitura conjunta

 

Quarta-feira: Um livro que deixaste pela metade ou estás a ler no momento. 

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Orgulho e Preconceito As Meninas Proibidas de Cabul são as minhas leituras actuais. Estou a gostar imenso do primeiro, embora exija uma leitura atenta e cuidada. Iniciei recentemente o segundo, um livro recheado de relatos de vida de meninas afegãs.

Contabilizo, desde o início do ano, quatro livros que abandonei pela metade.

 

Quinta-feira: Um livro que não recomendas.

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Não recomendo A Rapariga Que Inventou Um Sonho. É um dos livros que tentei ler este ano e abandonei a meio da leitura. Era alguma a minha curiosidade em conhecer o aclamado escritor japonês mas, talvez, por se tratar de um livro recheado de contos não me senti cativada ou tentada a terminar. O título enganou-me: não julguei que se tratassem de contos diversos. Não li, confesso, com atenção a sinopse e deixei-me levar. Provavelmente, uma escolha polémica mas, desculpem, simplesmente não gostei...

Na altura em que comprei este livro, comprei também Sono. Li algures que Haruki Murakami aprendesse a gostar; talvez Sono me cative mais do que A Rapariga Que Inventou Um Sonho.

 

Sexta-feira: Um livro que queres que chegue já à tua estante (lançamento ou compra).

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Comprei, em segunda mão e através de um grupo no facebook, Jesus Cristo Bebia Cerveja e do qual tenho uma enorme curiosidade. A sinopse e as criticas a este livro cativaram-me. Nunca li Afonso Cruz. Será, certamente, uma próxima leitura.

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Recém lançado no mercado literário português, A Contadora de Histórias é outro dos livros que estou desejosa de comprar, ler e ter na minha estante. Gosto muito da Jodi Picoult e da forma como escreve, a sinopse cativou-me e, enfim, tenho de ter brevemente este livro.

No entanto, tenho tantos, imensos, montes de livros pelos quais estou desejosa de ler e ver na minha estante... 

 

Sábado: Um livro que quiseste começar novamente assim que terminou.

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Jane Eyre tornou-se um dos meus livros favoritos. Um clássico apaixonante. Uma história inesquecível. Um livro marcante. Senti-me um enorme vazio quando terminei este livro. Queria que não terminasse... queria recomeçar. Jane Eyre será, um dia, um dos livros a reler.

 

*(tag original de Pam Gonçalves)

23 | Na minha estante... Jane Eyre.

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 Jane Eyre, a protagonista deste intenso romance da literatura clássica inglesa, é uma viagem bibliográfica apaixonante.

 

Orfã de mãe e pai, Jane Eyre, recebe uma educação severa da tia Reed, onde os abusos físicos e psicológicos, tanto da tia como de primos, marcam a alma da jovem menina. Porém, aos 10 anos de idade é afastada de casa da família Reed e colocada num colégio interno de Lowood. Jane acredita num novo recomeço em Lowood, porém, as privações e educação rígida do colégio teimam em não a abandonar. A infância e adolescência solitária, severa e infeliz fortalecem-lhe o espírito de justiça, nascendo o desejo de independência. É, aos 18 anos, que a vida de Jane sofre a desejada reviravolta, levando-a à casa de Thornfield Hall, testemunho da paixão que unirá Jane, como preceptora da menina Adèle, a Mr. Edward Rochester, o proprietário. No entanto, um terrível segredo separa-os, obrigando Jane a tomar uma decisão difícil, revelando o carácter e personalidade marcante.

 

Jane Eyre é uma história de amor inesquecível. Publicado, pela primeira vez, em 1847, a paixão de Jane e Edward revelam os preconceitos da época, questionando questões sociais e morais, tais o papel da mulher na sociedade e o peso da Igreja. Os protagonistas do romance de Charlotte Brontë revelam personalidades distintas mas cativantes, numa Jane insubmissa, determinada, corajosa, mas desejosa de amar e ser amada e num Rochester misterioso, inteligente, temperamental, mas próximo dos seus criados. Relatado na primeira pessoa pela protagonista, Brontë mistura paixão com ingredientes da literatura gótica, mistério e suspense. Numa escrita acessível, sem uso excessivo recurso a expressões pomposas, Jane Eyre tornou-se um dos meus clássicos preferidos. Adorei o mistério em torno do segredo de Edward e da forma como a paixão nasce entre os protagonistas, embora considere que seja um livro de acção lenta. 

 

- Eu não sou nenhuma ave, nem estou presa em rede alguma. Sou um ser humano livre e com vontade independente, de que agora faço uso para me soltar de si.

(palavras de Jane a Mr. Rochester, p. 306)

 

Li, recentemente, O Monte dos Vendavais de Emily Brontë, do qual gostei. Porém, comparando-o a Jane Eyre, confesso-me verdadeiramente rendida. O primeiro romance que li das irmãs Brontë é uma história triste, onde senti dificuldades em entrar, no entanto, em Jane Eyre rapidamente mergulhei... e adorei! Atrevo-me a escrever que se trata de um dos meus livros favoritos, o meu clássico favorito!

 

- (...) Nunca se ri, Miss Eyre? Não se incomode a responder, eu bem vejo que ri pouco. Mas é capaz de se rir alegremente. Acredite-me, a sua natureza é tão pouco austera como a minha é corrompida.

(palavras de Mr. Rochester a Jane, p. 176)

 

Jane Eyre, de Charlotte Brontë, foi leitura realizada em conjunto com a Nathy (a publicar em breve), Sofia e Magda, do Clube das Pistogas Que Lêem.

 

Charlotte Brontë

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A mais velha das três famosas irmãs Brontë, Charlotte nasceu em Abril de 1816, em Thornton, Inglaterra. Mudou-se, muito nova e juntamente com a família, para Yorkshire. Órfã de mãe aos cinco anos, Charlotte, as quatro irmãs e o único irmão Brontë ficaram aos cuidados de uma tia, desprovida de quaisquer qualidades e sentimentos de mãe. Charlotte, tal como as irmãs e irmão, não tiveram uma vida fácil. 

Jane Eyre é, para muitos, fruto da própria experiencia de vida de Charlotte Brontë, que tal como a personagem do seu romance mais conhecido, foi professora e preceptora, tendo igualmente vivido em condições de internamento, fatal para duas das suas irmãs. Escreveu, sob pseudónimo masculino de Currer Bell, O Professor, Shirley, Villette e Jane Eyre

Morreu, aos 38 anos de idade, em Março de 1855, juntamente com o filho que esperava. O seu corpo encontra-se sepultado na igreja de St. Michael and All Angels Cemetery, em Haworth, no oeste de Yorkshire, Inglaterra.

18 | Na minha estante... O Monte dos Vendavais.

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  O Monte dos Vendavais, clássico da literatura inglesa e uma das minhas primeiras leituras dos apelidados clássicos antigos, é uma ode ao amor e ao ódio.

 

Os orgulhosos arranjam desgostos às suas próprias mãos.

 

1801. Mr. Lockwood é o novo e curioso inquilino do já velho, misterioso e rude Mr. Heathcliff. Uma noite de tempestade obriga o jovem Lockwood a passar a noite na casa d' O Monte dos Vendavais, onde conhece a misteriosa Catherine. A noite veste-se de imprevistos e estranhos acontecimentos que, levam o jovem inquilino de Mr. Heathcliff a viajar na história das famílias que outrora habitaram na casa d' O Monte dos Vendavais. É a criada da casa da Granja, Mrs. Dean, onde se encontra instalado, quem relatará a Mr. Lockwood toda a história de amor e ódio que dividiu e destrui famílias.  

 

A história começa quando o patriarca da família Earnshaw, após uma viagem a Londres, regressa com o pequeno Heathcliff. É ele o elo de amor e desgraças que se abaterá sobre as vidas que toca. Os filhos de Earnshaw, Catherine e Hindley, sentem-se colocados de parte pelo pai que, parece nutri mais carinho e atenção pelo novo filho. Porém, a morte de Earnshaw levará Hindley a assumir a posição de patriarca da família e, assim, a vingar-se de Heathcliff. A irmã Catherine, todavia, não compartilha do pensamento do irmão e encontra em Heathcliff um parceiro. Nasce, assim, entre ambos algo mais do que uma simples amizade ou carinho de irmãos. A história sofre uma reviravolta com a partida d' O Monte dos Vendavais de Heathcliff, levado a acreditar que Catherine não corresponde aos sentimentos e pela atracção da jovem Catherine aos luxos e riquezas que um casamento podem proporcionar. O regresso, anos mais tarde, de Heatchcliff marcará a vida de das famílias de ódio e vingança. 

Virou o livro de modo que a capa ficasse voltada para mim. O Monte dos Vendavais.

- Já lestes? - perguntou.

(...) 

- É uma história triste.

- As histórias tristes dão bons livros - respondeu ela.

O Menino de Cabul,

Khaled Hosseini 

O Monte dos Vendavais era daqueles clássicos a quem a curiosidade à muito me despertava o interesse... especialmente depois de ler esta referência num dos meus livros preferidos. Porém, confesso, o receio de uma linguagem complexa e inacessível fez-me recear e nunca me aventurar na sua leitura. A verdade é que, ainda bem que a coragem chegou e me aventurei na sua leitura porque, de facto, é uma obra excepcional. Inicialmente não me foi fácil entrar na obra. Não pela escrita em si, mas pelos nomes que, volta e meia, trocava. É, O Monte dos Vendavais, uma obra que exige uma leitura atenta e cuidada mas, todavia, uma obra imperdível.

 

Emily Brontë é uma mulher à frente da sua época. Numa escrita cuidada, Brontë leva-nos a reflectir sobre os nossos medos e angústias, sobre as escolhas que tomamos e as coisas que deixamos por dizer. Uma vez lida uma das obras-primas da literatura inglesa, estou curiosa para ler Jane Eyre de Charlotte Brontë que, como o apelido indica, é a irmã de Emily.

E se julgas que o não percebi, és uma doida; se pensas que posso ser consolado por falinhas mansas, és uma idiota, e se imaginas que sofrerei sem me vingar, convencer-te-ei do contrário em pouco tempo.

O Monte dos Vendavais foi uma leitura realizada em conjunto com a Nathy (clube das pistogas que lêem), do blogue Desabafos da Nathy, onde podem consultar a sua opinião e crítica sobre o livro de Emily Brontë.

 

Emily Jane Brontë

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 Nasceu em Yorkshire, Inglaterra, em Julho de 1818. Irmã de Charlotte e Anne, conhecidas como as irmãs Brontë que, igualmente se dedicarem à escrita, Emily é das três irmãs com menos informações. Conhecida pela sua personalidade introvertida e fechada, Emily escreveu poesia e o seu único romance, O Monte dos Vendavais, sob o pseudónimo masculino de Ellis Bell. Considerado um dos clássicos da literatura universal e obra-prima da literatura inglesa, O Monte dos Vendavais recebeu, em 1847, ano da sua publicação, fortes críticas literárias graças à componente pesada e tensa da história de amor. Porém, o certo é que a obra é uma das mais conhecidas, tendo sofrido diversas adaptações às telas de cinema. 

 

Emily Brontë morreu aos 30 anos, em Dezembro de 1848, vitima de tuberculose. O seu corpo encontra-se sepultado na igreja de St. Michael and All Angels Cemetery, em Haworth, no oeste de Yorkshire, Inglaterra.