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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Uma Coluna de Fogo de Ken Follett.

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 Uma Coluna de Fogo é, soube-o depois de já ter terminado a leitura, a continuação de outros romances do autor nomeadamente Os Pilares da Terra (volume 1 e 2) e Um Mundo Sem Fim (também volume 1 e 2). Nunca li o primeiro mencionado, somente os dois volumes de Um Mundo Sem Fim e embora este novo romance de Follett referencie personagens ou pequenos apontamentos daquela saga, a verdade é que Uma Coluna de Fogo não exige que se leia as sagas anteriores para se compreender a narrativa. Portanto, se decidirem aventura-se na saga de Kingsbridge, a cidade principal dos livros mencionados, não necessitam de ler os quatro primeiros livros para compreenderem Uma Coluna de Fogo. 

 

Kingsbridge é, em 1558, uma cidade a fervilhar de mudança. O jovem Ned Willard regressa, no Natal desse ano, a uma terra divida pela guerra e ódio religiosa: de um lado a Igreja Católica, do outro a Igreja Protestante. O medo reina e não existe espaço para ideias de tolerância, colocando em causa relações de amizade, lealdade, fé e amor. A tempestade religiosa que varre a cidade e Inglaterra coloca Ned no lado oposto ao da jovem com quem deseja casar, Margery Fitzgerald.

 

A trágica relação dos jovens e os ideias de tolerância de Ned, levam-no a desejar mudar e, por conseguinte, o jovem decide abraçar a vida política juntando-se à causa e ideias da jovem Isabel Tudor. Inteligente, determinada e de ideias religiosas tolerantes, a jovem Isabel torna-se rainha de Inglaterra e toda a Europa se vira contra ela. Perspicaz, a jovem rainha cria uma rede secreta de espiões, onde Ned se inclui, por forma a evitar guerras, conspirações para a assinar ou revoltas. 

 

É numa Europa a fervilhar que Ned abraça a causa da rainha Isabel e embarca em perigosas missões que o levam a viajar por França, Escócia e Espanha. Numa Europa mergulhada no caos e extremismo religioso, o romance de Ned e Margery parece condenado à medida que os anos os afastam em ideias opostas.

 

Uma Coluna de Fogo é uma viagem à Europa Medieval, das viagens dos descobrimentos às guerras que opõem cristãos a protestantes, da tortura e das fogueiras, de intrigas, revoltas e conflitos. É um livro recheado de factos históricos marcantes e personagens reais - aliás, o autor identifica as verdadeiras personagens, por países, no final do livro -, onde uma mensagem se evidencia com clareza: a batalha não se trava contra a tolerância mas contra os tiranos que querem impor os seus ideias, a qualquer custo. Um romance histórico tão vivo pela escrita simples e sem floreados do autor, recheado de intriga, amor e suspense, cujas personagens são descritas, mesmo as mais complexas, de forma acessível e com a qual rapidamente nutrimos, ou não, afeição. 

 

Uma Coluna de Fogo de Ken Follett é, sem dúvida, uma leitura obrigatória aos amantes de romances históricos.

 

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Sinopse:

Natal de 1558. O jovem Ned Willard regressa a Kingsbridge, e descobre que o seu mundo mudou.

As velhas pedras da catedral de Kingsbridge contemplam uma cidade dividida pelo ódio de cariz religioso. A Europa vive tempos tumultuosos, em que os princípios fundamentais colidem de forma sangrenta com a amizade, a lealdade e o amor. Ned em breve dá consigo do lado oposto ao da rapariga com quem deseja casar, Margery Fitzgerald.

Isabel Tudor sobe ao trono, e toda a Europa se vira contra a Inglaterra. A jovem rainha, perspicaz e determinada, cria desde logo o primeiro serviço secreto do reino, cuja missão é avisá-la de imediato de qualquer tentativa quer de conspiração para a assassinar, quer de revoltas e planos de invasão.

Isabel sabe que a encantadora e voluntariosa Maria, rainha da Escócia, aguarda pela sua oportunidade em Paris. Pertencendo a uma família francesa de uma ambição brutal, Maria foi proclamada herdeira legítima do trono de Inglaterra, e os seus apoiantes conspiram para se livrarem de Isabel.

Tendo como pano de fundo este período turbulento, o amor entre Ned e Margery parece condenado, à medida que o extremismo ateia a violência através da Europa, de Edimburgo a Genebra. Enquanto Isabel se esforça por se manter no trono e fazer prevalecer os seus princípios, protegida por um pequeno mas dedicado grupo de hábeis espiões e de corajosos agentes secretos, vai-se tornando claro que os verdadeiros inimigos ? então como hoje ? não são as religiões rivais.

A batalha propriamente dita trava-se entre aqueles que defendem a tolerância e a concórdia e os tiranos que querem impor as suas ideias a todos, a qualquer custo.

 

Título Original: A Column of Fire

Autor: Ken Follet

ISBN: 9789722360845

Edição ou reimpressão: Setembro de 2017

Editor: Editorial Presença

Idioma: Português

Páginas: 768

Ódios Literários: o outro lado dos livros.

Um livro é recheado de páginas mágicas. Um livro é capaz de despertar mil e uma emoções em que o lê. Um livro, a cada nova página, possui poderes mil que nos provocam um sorriso ou uma lágrima. Ler é partilhar com as personagens pedaços de sentimentos, histórias, sonhos, viagens.

 

Um livro é capaz de tanta coisa... E, porém, nem sempre um livro nos marca pelo lado positivo. Nem sempre falamos do lado negativo de um livros. Todos nós temos os nossos ódios literários: uma personagem que não gostamos, um livro que detestamos ou um livro que julgamos adorar e acabamos a sentir o oposto por ele. É este lado que, por vezes, na verdade, tantas vezes, procuramos omitir ou esquecer, com receio de demonstrarmos que não gostamos de um livro, quando a amiga ou o Mundo o adoraram, ou sentir que respeitámos o trabalho de quem o escreveu. 

 

Hoje não vou falar do bom dos livros. Hoje vou falar-vos dos meus ódios literários... o outro lado dos livros que li*

 

Vamos brincar com os livros?

 

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   | Personagem masculina que menos gostei...

Theo de A Melodia do Amor, Lesley Pearse. 

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Theo, uma das personagens centrais do romance histórico da escritora britânica, é um carismático jogador de cartas que, na companhia de Jack e dos irmão Beth e Sam, embarca na aventura da Febre do Ouro de Klondike no Yukón, Canadá. Theo é, porém, para mim uma personagem desnecessária à história. Nunca deveria ter nascido... em nada contribui para o desenvolvimento os amigos, gerando problemas aos quais é incapaz de responder ou dar a cara. Personagem egoísta, individualista e perturbador, Theo foi a personagem que menos gostei de todos os livros que li, um elemento que não se justifica neste romance.

A Melodia do Amor foi um dos livros que menos gostei de Lesley Pearse, essencialmente porque embirrei com Theo.

 

   | Personagem feminina que menos gostei...

Admito que, contrariamente à personagem masculina, só depois de muito pensar, contemplar e folhear os meus livros é que encontrei uma personagem feminina que não gostei. Margo personagem importante do livro Cidades de Papel, do escritor John Green, foi uma das personagens femininas que menos gostei. Considero a Margo uma jovem mimada e irreflectida, embora aventureira e irreverente, que procura nas suas fugas chamar a atenção para si. Considero a aventura dos jovens amigos de Margo pela descoberta do seu paradeiro interessante, uma viagem sobre o valor da amizade e do amor, mas nunca consegui ganhar afeição à personagem principal feminina. 

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Reconheço que as adaptações cinematográficas nem sempre são as melhores porém, este não é o caso, reforçando o filme a minha opinião sobre a personagem.

 

   | O/A vilão/ã mais odiado/a...

Rashid, Mil Sóis Resplandecentes, Khaled Hosseini. 

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Mil Sóis Resplandecentes é um dos meus livros favoritos. É uma história de amor e amizade, uma ode à esperança e à luta constante pela vida. Rashid é o marido de Laila e Miriam, um homem agressivo, prepotente e mentiroso, capaz de recorrer a todas as formas de violência para subjugar as esposas à sua vontade e capricho. Um homem despido de sentimentos e compaixão, num Afeganistão vestido de medo e terror pela guerra e duas mulheres unidas por laços fortes de amizade em busca de paz e segurança para os filhos. 

 

   | Um livro que li de capa feia...

Na verdade, em vez de uma capa, vou optar por mencionar dois livros que li e adorei mas cujas capas considero feias. Portanto, são eles, Travessuras da Menina , do escritor peruano Mario Vargas Llosa e Estrada da Noite, da escritora norte-americana Kristin Hannah. 

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Não existe nenhum motivo especial para não gostar das capas.

O primeiro livro, a capa faz jus ao conteúdo do livro, uma história cujos protagonistas se vestem de irreverência e dor, uma história de amor com final triste e diferente. A capa considero-a simplesmente feia.

O segundo livro merecia mais trabalho de capa.  É um drama intenso e inesquecível sobre o valor da amizade, do amor, as dúvidas de uma mãe, a morte e o perdão. Na verdade, qualquer um dos livros de Kristin Hannah do Círculo de Leitores o merecia... capinhas mais feias!

 

   | A dupla de personagens que menos gostei...

Alice Jack, O Retrato da Mãe de Hitler, Domingos Amaral. Não gostei do livro e não gostei desta dupla, aliás, das personagens no seu todo. O livro é aborrecido. Não o cheguei a concluir. Peca pelos excessivos relatos sexuais da dupla de espiões a amantes Alice e Jack.

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O Retrato da Mãe de Hitler tinha tudo para dar certo... mas, para mim, simplesmente não deu.

 

   | Um livro que achei que não iria gostar e, no final, adorei...

O Tempo Entre Costuras, María Dueñas. 

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Quando iniciei a leitura d' O Tempo Entre Costuras achei que não iria gostar, essencialmente pela escrita e pela falta de diálogos. Não gosto de livros onde não existam diálogos. Fazem-me lembrar os livros académicos. Considerava a escrita demasiado cuidada e receava que entrasse em excessivos detalhes sobre costuras. No entanto, à medida que folheava o livro, a cada nova página, a cada nova aventura de Sira Quiroga, o ânimo e o gosto pelo livro aumentaram. É um livro que exige tempo e dedicação, pela escrita e detalhes históricos da Espanha do século XX, porém é uma aventura de amor e enganos fantástica. O final é diferente e deixou-me encantada. 

 

   | Um livro que pensei que iria adorar mas que, na verdade, me decepcionou...

Estava tentada a escolher A Melodia do Amor até me lembrar de um livro cuja capa maravilhosa e título me deixaram apaixonadas, porém profundamente decepcionada não tendo, inclusive, concluído o livro... O Circo dos Sonhos de Erin Morgenstern. 

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O Circo dos Sonhos é um livro de desenvolvimento lento - muito muito muito lento -, sendo precisamente este o meu motivo de abandono, recheado de personagens diversas, cuja escrita nos envolve numa áurea de mistério e magia. 

 

   | O final de uma saga mais decepcionante...

Não tenho o hábito de ler sagas de livros. É algo que não me cativa. Procuro ler livros individuais, ou seja, sem continuação. Li, no entanto, algumas trilogias como as de Carlos Ruiz Zafón, nomeadamente O Cemitério dos Livros Esquecidos e trilogia Neblina, os dois volumes de Um Mundo Sem Fim, de Ken Follett, e não terminei a saga Harry Potter. Das sagas completas referidas, o final que menos gostei foi a de Um Mundo Sem Fim.

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Esperava, simplesmente, um final distinto. Uma saga recheada de imprevisto, de constantes reviravoltas, teve um final previsível. 

 

   | O pior livro que já li...

Todos cuja leitura não conclui. Quando um livro não me cativa, após as merecidas insistências, simplesmente abandono a leitura, sem dramas. Nós, leitores, lemos um livro e um livro lê-nos. Quando tal não acontece, independentemente dos motivos, para mim torna-se um dos piores livros que li... a saber,

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   | O livro que está na moda, todos adoraram, mas tu não...

Prometo Falhar de Pedro Chagas Freitas e a saga Cinquenta das Sombras de Grey de E. L. James.

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 * (book tag adaptada das youtubers espanholas fly like a butterfly e Nube de Palabras)

*Leituras do mês de Janeiro.

O mês de Janeiro terminou e, com ele, cinco livros. Na verdade, entre o final de Janeiro e o presente dia nove, já li mais dois, mas estes não contam para a estatística de Janeiro - um comecei-o a ler no final do mês, terminando-o a dois de Fevereiro, portanto, ficou de fora. Cinco, julgo que é um bom número, sem pressas nem exageros. E, assim sendo, aqui ficam os meus livros de Janeiro,

 

Quando Estiveres Triste, Sonha

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Elisabeth Berg

 

Um livro sobre mulheres unidas pelo sangue, amor e guerra. O romance gira em torno de três irmãs de uma família norte-americana, diferentes entre si, nas personalidades, nos sonhos e nas esperanças e nas cartas que trocam com aqueles que partiram para combater na II Guerra Mundial. Sentadas à mesa da cozinha, Louise escreve ao noivo, Kitty ao homem por quem anseia receber um pedido de casamento e Tish aos homens que conhece nos bailes. Não é mais um livro sobre relatos da guerra é, acima de tudo, uma história sobre os que ficam.

 

O livro é de leitura leve e simples embora, lá para meio do livro, se torne repetitivo. Centrando-se nas cartas, cada carta torna-se mais do mesmo, sem acrescentar movimento ou novidade. Poderia acrescentar o excesso de patriotismo - algo que me desagrada -, mas tendo em conta o país, EUA, e a época, não o posso definir como algo negativo. Acaba por mostrar a máquina de propaganda empreendida pelo governo da altura para convencer milhares de jovens a entrar nas fileiras do exercito e manter o espírito de esperança nos que ficam. O final e a reviravolta que a vida das irmãs sofre acaba por ser inesperado e surpreendente. 

 

Um Mundo Sem Fim II

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 Ken Follet

 

Li, o primeiro volume, em meados de Novembro e aguardava ansiosamento pelo segundo volume. Incentivada pela Magda, que maravilhosamente falava deste autor e movida pela minha própria curiosidade, descobri em Um Mundo Sem Fim, uma leitura intensa e envolvente. Recheado de surpresas e reviravoltas, no segundo volume, encontrei os protagonistas, Caris e Merthin, por quem facilmente nos identifamos e nutrimos carinho e uma Inglaterra do século XIV abraços com a Peste Negra. Ken Follet trabalhou profundamente na história, não descurando nada e abordando temas como a Igreja e as relações entre os seus elementos, a sexualidade, o casamento, apimentado por intrigas, ódios e mortes. 

 

No Seu Mundo

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 Jodi Picoult

 

Um jovem com síndrome de Asperg. Um crime. Uma mãe desesperada. Um irmão esquecido.  Um dos livros que mais gostei do mês de Janeiro e que dele falei aqui... por me levar a conhecer mais a doença e porque Jodi Picoult é absorvente e cativante. 

 

A Menina Que Fazia Nevar

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 Grace McCleen

 

Fanatismo religioso, bullying, solidão, imaginação, amor, e esperança são alguns dos ingredientes que tornam este livro um dos mais especiais e inesquecíveis que li. Uma leitura intensa, uma viagem na montanha russa dos sentimentos, onde choramos e sorrimos com a doce inocência de uma criança. Uma leitura que recomendo àqueles que acreditam e aos que não acreditam; aos judeus, cristãos, muçulmanos, ateus ou agnósticos.

 

Mais sobre a minha opinião, aqui.

 

O Menino de Cabul

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Khaled Hosseini

 

O escritor afegão possui o dom da escrita e de nos levar numa viagem pelos sentimentos. Uma leitura marcante sobre a amizade, a lealdade e o perdão. O Menino de Cabul é, tal como o anterior, um dos livros mais interessantes que do mês de Janeiro e, provavelmente, do ano.

 

O autor escreve um livro sensível, tendo partilhado a minha opinião sobre o livro aqui

 

* (com alguns dias de atraso, é verdade, mas é algo que pretendo fazer todos os meses... mesmo com atraso.)

** (acho que vou tentar fazer o mesmo com os filmes, se me recordar dos que vi...)

(...)

Uma prendinha de Natal maravilhosa? Conseguir ganhar este passatempo... seria como ganhar o euromilhões! Já lancei os dados, agora só preciso de um rasgo de sorte... e era tão bom! 

 

* (mas, como nunca tenho sorte nestas coisas, fico-me pela participação... e esperança!)