E, quando acabamos um livro bom e sentimos que, finalizada a última folha, o nosso universo mudou? Quando maldizemos o autor (ou a editora) por dividir o livro em partes? É por estas que eu não gosto de sequelas. Fujo a livros com as palavras volume, trilogia ou saga. Ou os tenho todos em casa, ou tenho posses para comprar os seguintes ou, tento evitar. Apaixonar-me por um livro e aguardar ansiosamente pela continuação, sem saber quando o posso adquirir, é simplesmente frustrante. E, quanto mais resisto, pior a emenda: é quando aparece alguém que me diz que é mesmo muito bom e me faz cair na tentação de comprar o primeiro volume... Talvez seja um pouco exagerado dizer que o nosso universo mudou por um livro mas quem nunca ficou a remoer com o final do mesmo? Hum? Quem nunca, que atire a primeira pedra!
Aliás, nem precisam de ser sequelas... basta só ser um bom livro.
E, o que é um bom livro? É aquele onde encontramos uma certa afinidade ou identificação com as personagens, que nos prende da primeira à última página ou que (e como já me aconteceu) numa primeira análise não gostamos mas, com insistência e lá para meio do livro, nos faz desejar saber o final de cada uma das personagens. Bons livros que, mediante a temática abordada, nos provocam alguma espécie de sentimento: choramos, rimos, nos perguntamos como a maldade parece triunfar, nos comove e faz-nos reflectir sobre os dramas das vidas reais... simplesmente parecem despertam o desejo de entrar livro dentro. Sobretudo, livros que, finalizados à uma e meia da manhã permitem que sonhemos com as personagens. *
Quando termino de ler um bom livro, apoderam-se de mim mil e uns sentimentos: quero mais, sempre mais! E, depois, surgem as dúvidas e questões sobre os finais, sobre o espaço de tempo que não se menciona mas sente-se, sobre as personagens... até ler um novo livro e o ciclo recomeçar.
* e, este meu texto deve-se ao final do primeiro volume de Um Mundo Sem Fim de Ken Follet: terminei o livro àquela hora, não tenho o segundo volume e quero saber ansiosamente os finais das personagens, sobretudo, o de Caris com quem tanto me identifiquei...)
** (e, desculpem lá se o texto estiver para o confuso: admito que ando numa daquelas fases em que eu e escrita andamos de candeias viradas... ou seja, falta de inspiração e vontade de escrever)