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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Dia Trinta e Oito. Livro(s) para os dias solarengos.

E, para os dias de sol, selecciono livros de leitura leve...

 

A Culpa É Das Estrelas

John Green

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Memórias de Um Amigo Imaginário

Matthew Dicks

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 Quando Éramos Mentirosos

E. Lockhart

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Anna e o Beijo Francês

Stephanie Perkins

 

A Todos Os Rapazes Que Amei

 Jenny Han

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Quando Estiveres Triste, Sonha

Elizabeth Berg

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A Melodia do Amor

Lesley Pearse

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Eleanor & Park

Rainbow Rowell

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  O desafio literário foi-me sugerido pela Magda. A ideia é, durante quarenta e cinco dias, todos os dias, à mesma hora, falar-se sobre livros, respondendo às questões sobre o universo dos livros. O objectivo do desafio é simples: se por um lado, consiste numa de gostos e experiências sob o mundo dos livros, por outro, este desafio leva-nos-à a pensar e a reflectir sobre os livros que já lemos. Iniciado a 1 de Maio de 2015 e durante 45 dias, neste blog, falar-se-à maioritariamente de livro. Não se esqueçam de visitar a Magda e conhecer as suas escolhas literárias

Dia Oito. Livro(s) tão mau que consegue ser bom.

Finalmente, ao oitavo dia, encontro uma pergunta à qual, nem um livro, apenas um, me surge na memória como resposta. De um modo geral, nos dias anteriores, procurei restringir as minhas respostas ao máximo de seis livros mas, definitivamente, nesta questão, tenho imensas dificuldades em escolher um livro... ou porque, de facto, o considerei muito bom ou porque, mesmo que não tenha sido bom, não era realmente mau ou, por fim, porque decididamente não gostei dele. Creio que, provavelmente, ainda não encontrei um livro tão mau, tão mau, mas tão mau que consegue ser bom...

 

Mas, para não deixar o oitavo dia sem resposta, eis um livro que, longe de ser bom também está longe de ser mau,

 

A Todos Os Rapazes Que Amei

Jenny Han

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 Lara Jean, a jovem protagonista deste livro, é sonhadora, ingénua e doce. A todos os rapazes por quem, um dia, se apaixonou, escreveu uma carta, no total de cinco. Filha e irmã do meio de três raparigas, Lara vê-se envolvida numa enorme confusão quando, as cartas que escreveu e guardou numa caixa verde-azulada terminam nas mãos dos cinco rapazes.  (falei deste livro aqui)

 

Seleccionar este livro como resposta à questão, fez-me recordar de outro livro, mais ou menos do mesmo género,

 

Anna e o Beijo Francês

Stephanie Perkins

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 Anna é uma jovem norte-americana com planos simples para o seu último ano lectivo: divertir-se com a melhor amiga e conquistar o seu amor. Quem, porém, não concorda com estes planos é o pai, um famoso cineasta e escritor, e como tal, a jovem atravessa o oceano, até Paris, para frequentar um colégio privado francês antes de ingressar numa Universidade americana. Para a jovem Anna, a cidade nada lhe diz e a adaptação é lenta e dolorosa... até conhecer um jovem colega de colégio, por quem todas as raparigas suspiram mas que já têm namorada. Anna e o jovem tornam-se bons amigos e, entre eles, algo mais do que amizade acabava por nascer mas os dois tentam fugir desse mutuo sentimento. (falei deste livro aqui)

 

Escolhi estes dois livros por se tratarem de romances juvenis, de leitura leve, doce e absorvente, que nos relembram as primeiras paixões de adolescentes. Não são livros maus são, verdadeiramente, livros normais, recheados de clichés, cujo desenrolar e final da história rapidamente o conhecemos... todos nós, na nossa adolescência, vestimos a pele dos protagonistas destes livros. 

 

Reforço a ideia de livros leves e absorventes, cuja leitura recomendo. Não são, de todo, livros maus nem livros bons... tratam-se de romances juvenis, ingénuos e doces, que vivemos ou ambicionamos viver. 

 

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 O desafio literário foi-me sugerido pela Magda. A ideia é, durante quarenta e cinco dias, todos os dias, à mesma hora, falar-se sobre livros, respondendo às questões sobre o universo dos livros. O objectivo do desafio é simples: se por um lado, consiste numa de gostos e experiências sob o mundo dos livros, por outro, este desafio leva-nos-à a pensar e a reflectir sobre os livros que já lemos. Iniciado a 1 de Maio de 2015 e durante 45 dias, neste blog, falar-se-à maioritariamente de livro. Não se esqueçam de visitar a Magda e conhecer as suas escolhas literárias

Os livros do mês de Março.

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  O amor é assustador: altera-se, pode desaparecer. Faz parte do risco. Quero deixar de ter medo. Quero ser corajosa...

 

 A Todos Os Rapazes Que Amei é um livro doce, leve e encantador. Lara Jean, a personagem principal, é sonhadora, ingénua e inocente. A todos os rapazes por quem, um dia, se apaixonou, escreveu uma carta, no total de cinco. Filha e irmã do meio de três raparigas, Lara vê-se envolvida numa enorme confusão quando, as cartas que escreveu e guardou numa caixa verde-azulada terminam nas mãos dos rapazes. A aventura de Lara Jean remete-nos para a adolescência e para os primeiros amores, fazendo-nos desejar reviver um amor ingénuo e inocente. 

 

O primeiro livro de Jenny Han está longe de ser uma história inesquecível. Tal como a personagem principal, também eu, em tempos, escrevia cartas de amor como forma de lidar com o fim de uma relação e, foi precisamente a sinopse, mencionando as cartas que Lara vai escrevendo e guardando, quem me despertou a curiosidade. Não tinha grandes expectativas para o livro, apenas curiosidade. A verdade é que, sendo um romance juvenil, é bem-disposto e alegre mas, sem nada de especial a acrescentar. O final é previsível, a família de Lara Jean é absolutamente normal e as personagens encantadoras (até a suposta vilã), ou seja, o livro peca por ausência de surpresa, de algo que o apimente. 

 

Todavia, A Todos Os Rapazes Que Amei é uma leitura que recomendo para intervalos de livros mais pesados ou para quem gosta do género. O livro encontra-se em vias de ser adaptado para cinema e, a sua continuação, P.S. Ainda Te Amo, previsto para o próximo ano.

 

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- Que disparate, não é? - questionou. - Desistir de luxos. Faz-nos sentir sagrados sem o sermos.

Cressie levantou-se e arrastou outro caixote.

- Às vezes fazemos isso, amor. Às vezes escolhemos os nossos sacrifícios.

 

 Nas Asas do Amor, primeiro livro da trilogia Asas de Guerra, de Sarah Sundin, foi um dos livros, até à data, mais difíceis de ler... não pela história ou escrita mas, já lá irei. O livro foi resultado de uma troca que realizei através do um grupo de venda/compra/troca de livros no facebook, tendo considerado a sinopse e o cenário suficientes para me convencerem - o título é piroso e lamechas. 

 

Nas Asas do Amor remete-nos para a Segunda Guerra Mundial, para os preconceitos e deveres femininos da época. Allie é uma jovem tímida, não sabe o que é amar nem sentir-se bonita ou atraente apesar de estar noiva do namorado de à cinco anos. O namoro/noivado é tão triste que, Allie consegue contar o número de beijos trocados nos cinco anos. Allie sabe que nunca será feliz ao lado do futuro marido, embora sonhe com os filhos e o dia em que tal irá mudar mas, sente que é sua obrigação casar-se com ele. Um namoro por conveniência, arranjado. Porém, os sentimentos de Allie alteram-se quando conhece Walt, o filho do meio de três irmãos de um pastor e piloto de guerra. É, com Walt que Allie sonha e deseja viver mas, as obrigações típicas de uma jovem rica obrigam-na a seguir outro destino. Quando Walt regressa ao campo de batalha, os dois começam a trocar cartas de amizade, esperança e fé que, rapidamente se transforma em algo mais.

 

Mas, porque neste livro existe um mas, apesar de bonita história de amor que os unirá, o livro está repleto de frases religiosas, justificando cada atitude com uma intervenção divina. Sendo agnóstica, o cariz religioso do livro tornou o chato e dramático. Sarah Sundin criou uma história lindíssima de dois jovens ingénuos em busca de um amor verdadeiro mas que, para mim, peca pelo excesso religioso. Admito que, dificilmente irei ler os restantes livros da trilogia. 

 

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 O que quer que caia do céu, não o deveis amaldiçoar. Isso inclui a chuva.

 

A Bastarda de Istambul é um livro revelação, uma enorme surpresa e uma viagem pela história de dois países interligados, Turquia e Arménia. Elif Shafak escreve com humor, leva-nos a pensar e a reflectir sobre as acções do passado e como as encaramos no presente: de um lado, arménios que não esquecem o genocídio cometido pelo Império Otomano, embora quase cem anos se tenham passado; do outro, turcos que fingem que tal nunca aconteceu ou, os que o admitem, consideram que nada lhes é devido porque, tal aconteceu antes do nascimento da actual Turquia. Foi, para mim, o melhor livro do mês de Março. Sobre ele, falei aqui.

 

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Sou uma grande sonhadora, sempre fui, os sonhos visitam-me naturalmente. Adoro sonhar.

 

Vidas Entrelaçadas leva-nos a conhecer a condição dos refugiados judeus húngaros em Inglaterra, na Europa de Hitler. Vivien, a protagonista, é uma apaixonado por livros, sonhadora e ingénua que decide empreender uma viagem à descoberta do passado da família. Os pais, um casal de refugiados oriundos da Hungria, vivem uma vida invisível, sem conhecer quem os rodeia, uma vida monótona e pacata. Um dia, quando Vivien é ainda menina, a vida aborrecida é interrompida com a inesperada visita de um homem bem-vestido e parecido. Diz ser irmão do seu pai, seu tio, mas o pai nega-se a reconhecer, insultando-o e fechando-lhe a porta na cara. Aquele dia nunca será esquecido e, em idade adulta, Vivien decide ir à procura daquele tio desconhecido e compreender os motivos que separam os irmãos. 

 

Linda Grant, finalista do Booker Prize 2008, escreveu uma história surpreendente, cuja escrita prende e cativa, uma enorme surpresa. Comprei-o pelo preço acessível (cinco euros na wook), pela sinopse e porque, na altura, ainda tinha poucos livros para ler. Considerei, igualmente, que seria interessante ler e conhecer mais sobre a Segunda Guerra Mundial de uma outra perspectiva: a dos refugiados. É, assim, uma leitura que recomendo. 

 

A Bastarda de IstambulVidas Entrelaçadas são os meus destaques para o mês de Março.

Vendi o meu primeiro livro.

Vendi o meu primeiro livro. Custou-me. Foi um tanto ou quanto doloroso. Sou uma pessoa agarrada aos livros. Mesmo quando não gosto ou são péssimos. É parvo, bem sei, se não gosto não vale a pena manter e roubar espaço na estante. Mas, sei lá, imagino que alguém, algum dia, me pede aquele preciso livro. Ou que, num futuro, seria um presente ideal. Ou que... sei lá, é-me difícil explicar. Livros, mesmo os piores, significam sempre qualquer coisa. O defeito é meu, que me afeiçoo a eles, que me custa a desfazer de tudo e sou uma autêntica acumuladora de livros, recordações e tralhas com significado.

 

Debati-me durante semanas sobre o destino de alguns não-livros, portanto, dos que não gostei. Já tinha pensado na opção de vender mas, para ser sincera, custa-me pedir um valor porque, na verdade, nunca sei quanto pedir por eles. Outra opção que ponderei foi o de doar; porém, alguns deles assinei com o nome e logo descartei esta hipótese - não é que seja algo relevante, mas não me apetece ter o meu nome nas mãos de sabe-se lá quem. Por fim e a opção que mais me agradava: trocar. Prática e simples. 

 

Porém, quando finalmente ganhei coragem para me desfazer de um dos vários livros, descobri que as candidatas à compra do segundo volume de As Cinquenta Sombras de Grey (e, os comentários dos leitores na wook ao livro? simplesmente assustador... tão assustador como a excitação para ver um filme onde o abuso e a violência estão tão presentes, disfarçados num falso romantismo!) não possuem uma lista para troca. E, assim, acabei por vender... para quê guardar um livro que nunca conclui e que, pelos mais diversos motivos já aqui explicados, me desagrada? 

 

Vendi o segundo livro de As Cinquenta Sombras de Grey. Custou, é verdade. Mesmo não gostando e apesar dos motivos é um livro que traduz memórias. Discussões com as amigas, os olhares de censura e as piadas maldosas de outros. Apesar de tudo, não me arrependo... o primeiro volume não segue os passos do segundo porque está assinado e tenho sérias dúvidas que alguém o queira assim. Mas, acima de tudo, não me arrependo porque, com o dinheiro da venda, mesmo que em segunda mão, virá para minha casa um livro que me despertou imensa curiosidade A Todos Os Rapazes Que Amei... porque, também eu já escrevi cartas a um rapaz que amei. 

 

Amanhã as Sombras abandonam a minha casa rumo a uma nova casa. Menos um não-livro na estante, mais uma leitura... e, quiçá, mais um livro.