Filmes do mês de Janeiro.
Nunca fui de ver muitos filmes. Porque não gosto de filmes de terror, nem violentos, nem extremamente fantasiados. Sou, aliás, como em vários aspectos de mim e dos meus dias, muito esquisita. E, verdade seja dita, não sei apreciar filmes. Sou, como dizia o meu ex-namorado quando se referia ao meu gosto musical, um tanto ou quanto comercial... quanto maior a publicidade em redor de um filme, tanto melhor e é certo que, cedo ou tarde, o irei ver. Por outro lado, não sei ver quando os filmes são de péssima produção. Quase nunca lhes noto grandes falhas. Um filme, para mim, é sempre bom desde que a história seja boa. O resto, aquelas coisas que todos notam mas que eu nunca vejo, não me interessam. Por exemplo, já li que o filme A Teoria de Tudo possui uma série de falhas mas, para mim e na minha opinião, o filme é lindo e não lhe encontro falhas nenhumas.
Contrariamente aos livros, os filmes nunca foram presença constante nos meus dias... e, de facto, desde que terminaram as minhas longas viagens de autocarro entre a vila onde moro e a cidade onde estudei, à um ano e alguns meses, que poucos ou nenhuns filmes vi. E, se a tudo isto acrescentarmos os factores preço e distância, por mais que me interesse um filme, não me posso dar ao luxo de o assistir numa sala de cinema... e, portanto, ou são colocados em sites online, como o warestuga, ou não os vejo - isto, é claro, se o meu interesse pelo filme não desaparecer e me lembrar do dito.
Por isso, propôs-me a ver, no mínimo, cinco filmes por mês. A ideia surgiu-me depois de ver Se Eu Ficar, na noite de passagem de ano e, findado o mês de Janeiro, contei com seis filmes...
(avaliação: muito bom)
(avaliação: bom)
(avaliação: excelente)
(avaliação: razoável)
(avaliação: excelente)
(avaliação: bom)
Se Eu Ficar, A Teoria de Tudo e Invencível foram, de facto, os mais marcantes. Histórias distintas mas marcantes, cada um de um jeito diferente.
A história de Stephen William Hawking, em A Teoria de Tudo, sensibilizou-me e será jamais esquecida. A doença, esclerose lateral amiotrófica, é-me familiar. Conheci e convivi com uma Mulher, com um enorme M, que sofria com a doença. Apesar de tudo e tal como é retratado no filme, encarava a vida de uma forma surpreendente, mesmo nos piores momentos da doença. Nunca, perante os filhos ou os demais, demonstrou fraqueza ou tristeza... sei que escondia o que sentia pelos filhos, porque sabia que sofriam por ela e pela cada vez mais limitada condição. Junto dela, os problemas nada significavam, fazia-nos sentir pequeninos perante a imensidão da alegria e boa-disposição com que nos recebia, disposta a ouvir o que nos entristecia.
Enquanto há vida, há esperança.
A Teoria de Tudo