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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

7 | A Última Ceia de Nuno Nepomuceno.

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A Última Ceia é o meu livro de estreia do escritor português Nuno Nepomuceno. Centrado na famosa obra de Leonardo DaVinci, o quadro A última ceia, o policial passa-se entre Lisboa, Londres e Milão e dá-nos a conhecer diversas personagens que contribuem para o desenrolar e desfecho da narrativa. O livro é inspirado nos mais famosos roubos a obras de artes ocorridos ao longo da História.

 

Sofia, uma jovem e bela mulher, conhece o milionário Giancarlo, numa visita à Igreja de Santa Maria delle Gazie, em Milão, onde é possível contemplar uma réplica do famoso quadro. O relacionamento desenvolvesse com altos e baixos, mostrando o lado excêntrico de Giancarlo e arrastando Sofia para um relacionamento tóxico. Porém, o que inicialmente parecia ser um conto de fadas, rapidamente se transforma num inferno quando o Afonso, professor e agente dos serviços secretos portugueses, contacta Sofia para lhe contar a teia de mentiras em que a namorado a mergulhou e, assim, com a ajuda dela, desmascarar Giancarlo que acreditam ser o responsável pelo roubo dos famosos quadros de Leonardo DaVinci. Sofia sente-se dividida, entre o amor e o medo que sente de Giancarlo, mas a personalidade obsessiva e controladora do namorado, levam-na a ajudar Afonso e as restantes policiais internacionais. E à medida que novas pistas são reveladas, um jogo de rato e gato, de vida e morte, se desenrola...

 

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(o autor com a obra que inspirou o livro)

 

O nome de Nuno Nepomuceno não me era estranho. Li críticas muito positivas ao seu trabalho o que contribuiu para que eu alimentasse a curiosidade literária em ler os seus livros. De facto, as críticas ao seu trabalho não são exageradas: a sua escrita é simples mas cativante, um policial que nos prende desde a primeira página à última, deixando a duvida de quem será o responsável pelos roubos das artes permanecer até aos últimos capítulos. Resumindo, não sei como não li mais cedo Nuno Nepomuceno. A Última Ceia é uma narrativa que se lê muito bem, deixando cada capítulo em suspense, obrigando o leitor a querer retomar a leitura num breve espaço de tempo. É um livro bem estruturado e documentado, mostrando o excelente trabalho de pesquisa desenvolvido pelo autor. Por outro lado, o livro faz referência a outros livros do autor, reaproveitando a personagem de Afonso e de outra personagem (e, julgo que igualmente de Sofia), o que acalentou o desejo de voltar a ler mais livros destes autor.

 

- O amor é um sentimento poderoso. Pode levar-nos a fazer coisas das quais nunca julgámos ser capazes. (p. 39)

 

- Então, e o passado? - perguntou-lhe. - Como é que o enterro?
(...)

- Olha para o presente, meu filho - aconselhou-o ele, envolvendo-lhe novamente as mãos. - E aproveita todas as oportunidades de redenção que ele te der. (p. 92)

 

- As mulheres sabem mentir com maior naturalidade porque têm de fazê-lo desde muito cedo, seja para protegerem os filhos, agradar os maridos ou singrar profissionalmente. É um ato de sobrevivência num mundo que ainda é dominado pelos homens. Privadas de força, usam a inteligência para obterem o que querem. (p. 183)

 

Avaliação (de um a cinco): 3.5*

 

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A Última Ceia de Nuno Nepomuceno 
ISBN: 9789898886385
Edição ou reimpressão: 01-2019
Editor: Cultura Editora
 
SINOPSE

Uma nota enigmática é encontrada junto a lascas de tinta e tela, e à moldura vazia de um quadro famoso. O ladrão deixou um recado. Promete repetir a façanha dentro de um ano. De visita à igreja de Santa Maria delle Grazie em Milão, uma jovem mulher apaixona-se por um carismático milionário. Mas quando alguns meses depois é abordada por um antigo professor, Sofia é colocada inesperadamente perante um dilema. Deverá denunciar o homem com quem vai casar-se, ou permitir tornar-se cúmplice deste ladrão de arte irresistível?

Enquanto a intimidade entre o casal aumenta, um jogo de morte, do gato e do rato, começa. E aquilo que ao início aparentava ser um conto de fadas, transforma-se rapidamente num pesadelo, enquanto um plano ousado e meticuloso é urdido para roubar a obra-prima de Leonardo da Vinci. Requintado, intimista, inspirado em acontecimentos verídicos, A Última Ceia transporta-nos até ao elitista mundo da arte. Passado entre Londres e Milão, habitado por uma coleção extraordinária de personagens, para as quais a ambição e fama sobrepõem-se a qualquer outro valor, este é um thriller sofisticado de leitura compulsiva. Uma viagem surpreendente ao centro de uma teia de intrigas, romances e traições.

6 | Os Tambores de Outono de Diana Gabaldon.

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Comecei, a meio do ano passado, a ler a saga Outlander de Diana Gabaldon. Terminei, a dois de Março, o quarto volume da saga, Os Tambores de Outono, e devo dizer que não sei como não comecei mais cedo esta aventura literária. É extremamente viciante e envolvente e, correndo o risco de me repetir, nutro por esta escritora um fascínio e admiração imensa. Enquanto apreciadora e fã de romances históricos, arrisco-me a dizer que Outlander é um dos melhores do género, misturando História com fantasia, romance e aventura. Mas, sobre o quatro volume de Outlander...

 

Os Tambores de Outono inicia-se com Claire e Jaime a encontrarem um novo recomeço no Novo Mundo. Jaime não pode regressar à Escócia, onde seria condenado pelos ingleses pela sua participação e apoio à causa Stuart portanto, é nos EUA, na Carolina do Sul, que o casal procura um novo inicio de vida. O regresso de Claire, depois de atravessar o círculo de pedras Craigh na Dun, do século XX para o século XVIII, por duas vezes, dá-lhe extraordinários conhecimentos médicos e históricos sobre a época. Claire, acreditando que o pai da sua filha tinha morrido, regressa através do circulo de pedras na Escócia, onde durante vinte anos crê que Jaime terá morrido. A descoberta de que, afinal, Jaime está vivo leva-a a regressar ao século XVIII. O casal instala-se assim, juntamente com Ian, o sobrinho de Jaime, no topo de uma colina onde constroem uma cabana de madeira. O objectivo dos Fraser é conseguir atrair uma nova população, usando as terras produtivas e os conhecimentos para a produção de whisky um chamariz para novos aventureiros. Porém, no século XX, a jovem Brianna, a filha de Jaime e Claire, descobre que os pais correm grande perigo de vida. Por isso, na esperança de alterar o passado e acreditando possuir o mesmo poder que a sua mãe, a jovem atravessa o mesmo círculo de pedras. Contudo, a jovem não está preparada para os riscos daquele século, acabando por arriscar a própria vida.  

 

Neste quarto volume da saga Outlander, é nos dado a conhecer detalhes históricos sobre a colonização dos EUA, nomeadamente sobre a Carolina do Sul, mostrando os perigos que a população sofria na época na esperança de um futuro melhor para si e para os seus filhos, em viagens entre o Velho e o Novo Mundo, desumanas e trágicas. É um livro repleto de conhecimento histórico sobre a época que, para mim, de outra forma seriam totalmente desconhecidos. Acredito que todos os livros de Outlander são submetidos a um trabalho de investigação histórico minucioso e, por isso e para mim, são um dos melhores do género. As personagens são, modo geral, muito bem trabalhadas, com descrições físicas e psicológicas que nos levam, no decorrer da leitura, a imaginar e a senti-las.

 

Porém, Os Tambores de Outono, de entre os quatro volumes que já li, foi aquele que mais me surpreendeu pela negativa. Quando terminei A Viajante, o terceiro livro, tinha grandes expectativas para este livro que ficaram muito aquém. Em primeiro lugar, senti que os primeiros capítulos, avançavam a um ritmo lento e com demasiados detalhes. Senti que havia uma espécie de reciclagem de acontecimentos entre personagens, contrariamente ao que aconteceu nos primeiros três livros. Em segundo lugar, esperava que a autora atribui-se à personagem de Brianna um outro ênfase: senti que a personagem foi quase atirada para aventura sem qualquer contexto; julgava que uma parte significativa do livro seria sobre ela e os sentimentos que nutre sobre a descoberta dos poderes da mãe e a origem do seu pai biológico, mas tal ficou à quem do que eu previa. Ainda assim, gostei muito do encontro de Jaime e Brianna e da relação atribulada que pai e filha criaram. Ao ritmo lento da narrativa, juntam-se falhas na tradução, repetição de expressões e erros gráficos ou de impressão. Eu sei que não sou a pessoa mais adequada para falar sobre a temática, também eu dou erros e pontapés na gramática e não sou entendida na arte da tradução, mas senti que comecei a perder o ritmo de leitura quando tal se tornou repetitivo. Um livro com um preço tão elevado não pode, para mim, conter tantas falhas. 

 

Não sendo, o quarto volume o meu favorito e apesar dos aspectos negativos, é uma saga que faço questão de continuar a ler. Adoro as personagens de Jaime e Claire, da ligação profunda que nutrem, e de como a autora aborda a História num livro recheado de aventura, fantasia e mistério. 

 

Avaliação (de um a cinco): 3*

 

- Eu estava morto, minha Sassenach... mas durante todo aquele tempo, eu amei-te.

(...)

- Eu também te amei - sussurrei - E irei sempre amar-te.

(...)

- Enquanto o meu corpo viver, e o teu... seremos um só corpo - sussurou ele. (...) - E quando o meu corpo deixar de viver, a minha alma ainda será tua. Claire, eu juro pela minha fé no céu, não serei afastado de ti. (p. 317)

 

- Se tiveres de perguntar a ti mesmo se estás apaixonado, rapaz, então não estás - garantiu-lhe a sra. Graham (...)

- Quando estiveres apaixonado, Rog, vais saber sem precisares de pensar - dissera o reverendo (...) (p. 321)

 

- Não importa o que aconteça; não importa onde um filho vai, até onde ele vá. Ainda que seja para sempre. Nunca os perdemos. Não podemos. (p.714)

 

___

 

Outlander 4 - Tambores De Outono de Diana Gabaldon 
ISBN: 9789897415371
Edição ou reimpressão: 07-2016
Editor: Casa das Letras
 
SINOPSE

Os Tambores de Outono tem início na Escócia, num ancestral círculo de pedras de Craig na Dun. Ali, uma porta abre-se para um grupo restrito, podendo levá-los para o passado - ou para a sepultura. Claire Randall sobreviveu à passagem, não uma mas duas vezes. A sua primeira viagem no tempo levou-a para os braços de Jamie Fraser, um bravo guerreiro escocês do século xviii que tinha por ela um amor que se tornou lenda - um conto trágico de paixão que teve o seu fim quando Claire voltou ao presente carregando no ventre uma filha dele. A sua segunda viagem, duas décadas depois, voltou a uni-los na América colonial. Mas Claire deixou alguém para trás no século xx… a sua filha Brianna. 

Agora Brianna faz uma perturbadora descoberta que volta a levá-la para o círculo de pedras e para um aterrador salto para o desconhecido. Na busca da mãe e do pai que nunca conheceu, arrisca o seu próprio futuro ao tentar mudar a história… para salvar as suas vidas. Mas quando Brianna mergulha no desconhecido, um encontro inesperado pode amarrá-la para sempre no passado… ou levá-la para o lugar onde deveria estar, onde pertence o seu coração…

4 | O Tatuador de Auschwitz de Heather Morris.

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O Tatuador de Auschwitz de Heather Morris é baseado no testemunho vivido de Lale Sokolov, uma história de sobrevivência e amor inspiradora e marcante.

 

O ano é o de 1942 e Lale chega ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Sonhador, sedutor e de personalidade cativante, o jovem judeu é incumbido, por forma a sobreviver, de marcar no braço de outras vítimas, com uma tinta indelével, uma sequência de números: o número pelo qual os prisioneiros serão identificado. A marca que permanecerá marcada na pele de milhares de judeus e outras vítimas do Holocausto, um dos símbolos mais poderosos dos campos de concentração alemães. É na fila dos recém-chegados que Lale conhece a aterrorizada Gita. O ambiente é de medo mas, ainda assim, um amor à primeira vista nasce naquele ambiente de terror: o de Lale pela jovem Gita. Determinado a sobreviver e a conquistar o amor de Gita, Lale tudo fará para o conseguir, abraçando sonhos de um futuro a dois para quando a Guerra terminar. 

 

Nos três anos em que Lale vive naquele campo de concentração, o tatuador conquista uma posição privilegiada através de uma série de "acasos felizes", usando essa posição para ajudar outros prisioneiros amigos, através de alimentos e medicamentos. Nascido na Checoslováquia, de seu nome Ludwig Sokolov, posteriormente Lale, a narrativa de Heather Morris mostra-nos que, no meio de uma das tragédias mais marcantes e negras da História, o amor pode nascer. 

 

Com pouco menos de 250 páginas, O Tatuador de Auschwitz é um daqueles livros que se lê em dois ou três dias, tal é a envolvência com que a narrativa nos cativa. Uma história real, onde o amor e a sobrevivência assumem o protagonismo, num cenário em que o medo e o terror predominam. Valores como a amizade, a compaixão e o espírito de entre-ajuda também marcam esta história. Uma leitura inspiradora, inesquecível e marcante! 

 

Uma nota de destaque para este livro por ser um dos poucos que li sobre a temática onde se falem de outros prisioneiros que não judeus: a narrativa também nos dá a conhecer o drama dos ciganos, em menor número, que a II Guerra encaminhou para campos de concentração. 

 

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Lale, Gita e o filho de ambos.

 

A tatuagem foi-lhe feita em segundos, mas, para Lale, o choque é tal que o tempo parece ter parado. Segura o braço e fica a olhar o número. Como pode alguém fazer isto a outro ser humano? Pergunta-se se, pelo resto da sua vida, seja ela curta ou longa, será definido por aquele momento, por aquele número mal desenhado: 32407. (p. 19)

 

- Bom, Lale, um homem que ensina a respeito de impostos e de taxas de juro acaba por se envolver na política do seu país. A política ajuda-nos a entender o mundo até deixarmos de o entender e, nessa altura, atiram connosco para um campo prisional. O mesmo acontece com a religião. (p. 34)

 

- O que faz dela uma heroína. Tu também és, querida. As duas escolheram sobreviver; isso já é resistir a estes malvados nazis. Escolher viver é um ato de desafio, é uma forma de heroísmo. (p. 131)

 

Avaliação (de 0 a 5): 5*

 

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O Tatuador de Auschwitz de Heather Morris 
ISBN: 9789722361668
Edição ou reimpressão: 02-2018
Editor: Editorial Presença
Idioma: Português
Páginas: 232
 
SINOPSE

História verídica de um amor em tempo de guerra!

Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração - um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.

Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver - gravando uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele - com uma tinta indelével. Era assim o processo de criação daquele que veio a tornar -se um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.
À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência mas também pela desta jovem.

Um romance baseado em entrevistas que Heather Morris fez ao longo de diversos anos a Ludwig (Lale) Sokolov, vítima do Holocausto e tatuador em Auschwitz-Birkenau. Uma história de amor e sobrevivência no meio dos horrores de um campo de concentração, que agradará a um vasto universo de leitores, em especial aos que leram A Lista de Schindler e O Rapaz do Pijama às Riscas, e que nos mostra de forma pungente e emocionante como o melhor da natureza humana se revela por vezes nas mais terríveis circunstâncias.

2 | A Imperatriz Romanov de C. W. Gortner

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A Imperatriz Romanov do escritor C. W. Gortner foi o único livro que recebi como presente de Natal, do meu namorado, cuja leitura iniciei a 8 de Janeiro e terminei a 14 do mesmo mês. Este era um dos muitos livros que constava de uma revista literária que o M. me pediu para assinalar. Sempre tive muita curiosidade por ler romances inspirados na família Romanov, embora tal nunca se tenha proporcionado antes, e este romance histórico foi, sem dúvidas, um excelente começo que me aguçou a curiosidade para outros livros sobre a última família imperial russa e o seu trágico fim. 

 

A Imperatriz Romanov baseia-se nos relatos históricos sobre a mãe do último czar russo, a Imperatriz Maria Feodorovna, conhecida pela família, amigos e na corte por Minnie - Dagmar da Dinamarca. Nascida na Dinamarca, no seio de família humilde e sem grandes recursos financeiros que, inesperadamente, assume os destinos do país, Minnie sabe que o seu destino será o de casar com um príncipe desconhecido, tal como aconteceu com a sua irmã. Apesar da sua relutância, Minnie aceita casar-se com Alexandre, herdeiro dos Romanov e do império russo. A morte trágica do pai de Alexandre, dita que ambos assumam o trono e Minnie herda o título de Imperatriz. Por entre bailes e jantares, Minnie assume um papel de relevo: astuta e inteligente, a jovem aconselha o esposo sobre os destinos do império, procurando consiliar os interesses dos Romanov com os primeiros sinais de uma revolução. 

 

A morte prematura de Alexandre, eleva o jovem e pouco preparado Nicolau II a czar e, com ele, a sua esposa. A esposa de Nicolau, a Imperatriz Alexandra, é uma mulher fechada e fria, cujo os seus interesses se sobrepõem aos interesses dos Romanov e do império. Minnie procura, por todos os meios, levar Nicolau a atender aos interesses do povo faminto e do império porém, o poder de Alexandra fortemente influenciada pelo místico Rasputine, conduzem a um trágico final. A Revolução, que anos antes dera os primeiros sinais assume, por fim, proporções catastróficas, cujos vários eventos inflamam a vontade de mudar e levaram à queda dos Romanov. 

 

A Imperatriz Romanov é uma viagem pela história da Europa, desde os finais do século XIX até meados do século XX: de São Pesterburgo aos campos de batalha da Primeira Grande Guerra, da corte da Rainha Vitória de Inglaterra até aos campos rurais da Rússia dominada pelos bolcheviques. Um romance histórico que nos dá a conhecer o poder e a importância da Rússia na era dos Czares e Czarinas e de como as decisões pouco ponderadas e suportadas pelo lado místico levaram ao trágico final da família Romanov de Nicolau e Alexandra. 

 

Numa escrita fluída e brilhante, C. W. Gortner dividiu A Imperatriz Romanov em sete partes, sendo a primeira sobre os primeiros anos de vida de Minnie e da sua família e o último sobre a sua fuga da Rússia, com mapas do Império Russo, as árvores genealógicas da família real da Dinamarca e dos Romanov e situando-nos no contexto social e político da época, que ajudam a compreender toda a narrativa. Um romance poderoso sobre uma das mulheres mais amadas da Rússia imperial: uma mulher que governou nos bastidores, de causas socais, que nunca esqueceu as suas origens humildes e amou a Rússia, o seu povo e tudo fez para evitar o trágico final da sua família. 

 

A Imperatriz Romanov é mais do que um romance histórico, é um livro que testemunha a força de uma mulher e que alimentou o meu interesse por conhecer mais sobre os Romanov e sobre a sua queda, em particular sobre Alexandra, que se tornou a Imperatriz mais odiada da Rússia. 

 

Ouve o teu coração, mas usa também a cabeça. O amor pode conquistar tudo em sonetos, mas não é necessariamente o que nos mantém seguras. (pág. 30)

 

Eu evitara visitá-lo tantas vezes como deveria, pois o seu sarcófago de mármore, tão sólido e impenetrável, era uma lembrança muito forte de que nunca mais o veria nesta vida. (...) Provava, como nada mais poderoso, o quanto o tempo era fugaz, o quanto atravessávamos os nossos dias sem saber que hora podia ser a última. (pág. 346)

 

Avaliação (de zero a cinco): 4*

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A Imperatriz Romanov de C. W. Gortner 
ISBN: 9789898917492
Edição ou reimpressão: 11-2018
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Páginas: 480
 
SINOPSE

Uma mulher governa sempre. 
Mesmo quando está nos bastidores do trono.

Um belíssimo romance, com vislumbres da história da Europa desde o final do século XIX até meados do século XX. Acompanhando a vida de Maria Feodorovna, a mãe do último czar da Rússia, viajamos dos opulentos palácios de São Petersburgo aos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Desde a corte da Rainha Vitória até à ruralidade russa dominada pelos Bolcheviques.

Depois de Alix, a sua querida irmã mais velha, ter desposado um dos príncipes de Inglaterra, Minnie percebe que terá destino semelhante. Apesar da sua relutância, casa-se com Alexandre, o herdeiro do trono dos Romanov, ascendendo a imperatriz.

Com a morte do seu marido, o filho Nicolau torna-se czar da Rússia, e, com esse poder, chegam os conflitos. A mulher de Nicolau, fortemente influenciada por Rasputine, é apenas uma das ameaças que Minnie, agora Maria Feodorovna, tem de enfrentar para proteger o seu filho e o seu império.

Quando ecos da revolução começam a chegar ao palácio, a Imperatriz Romanov prepara-se para enfrentar o seu maior desafio.

CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Uma narrativa com assassínios, desilusões, mentiras e traições em quantidades dignas de uma obra de Shakespeare.»
Kirkus Reviews

«Um romance cativante que nos mostra a vida extraordinária da mão do último czar da Rússia e um relato perspicaz da queda de uma dinastia.»
Publishers Weekly