Confesso que...
Confesso que não consigo confiar totalmente em pessoas que dizem não gostar de chocolates ou de livros.
O problema é que em minha casa, excepto eu, ninguém aprecia loucamente chocolate ou um livro...
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Confesso que não consigo confiar totalmente em pessoas que dizem não gostar de chocolates ou de livros.
O problema é que em minha casa, excepto eu, ninguém aprecia loucamente chocolate ou um livro...
O meu pai anda meio adoentado e entre espirros e uma ligeira febre, o homem lá vai mantendo a compostura e a disposição no trabalho... que para ele não é caso de cama. Foi num desses momentos, a de mais um espirro, que ele se saiu com uma frase divertidíssima a um cliente, que resolvi partilhar...
Santinho, homem!
Não é santinho é mesmo a gripe... que eu de santo não tenho nada!
A cena posterior dispensa descrições... foi a risota total!
... já vos disse que estou a gostar muito do livro de Jacinto F. Matias?
Um bocadinho do livro para aguçar a curiosidade.
Um livro pelo qual recebi um atestado de doidice, passado pela minha irmã mais nova, à conta de pequenos diálogos que me roubam risos.
Um livro, mil emoções.
Tenho o coração nas mãos. Não gosto de emprestar livros. As experiências negativas do passado ditam a minha postura. Invento desculpas. Um livro do qual gostei raramente abandona a minha estante. Porém, a regra não se aplica à família. Não posso, por mais que queira, negar ceder um livro à minha irmã mais nova. E, assim, vivo com o coração nas mãos... Ela não conhece o significado de um livro. Ela não compreende a importância que os livros assumem no meu dia-a-dia. Para ela, dos seus dezoito anos, um livro é isso mesmo, nada mais do que pedaços de papel.
A minha irmã não sabe que um livro é mais do que um livro. É um amigo que me acompanha. Nele, com ele, através dos livros, vivi mil e uma histórias, vesti a pele de mil e uma personagens, experimentei mil e um sentimentos distintos. Cada livro que guardo, carinhosamente na estante, são pedaços de emoções que vivi. Livros são pedaços de mim que ela não compreende. Quis explicar-lhe tudo isto mas, todavia, trata-se de um febre cujos sintomas são difíceis de explicar... só quem vive com a doença compreende a febre dos livros. E, agora, vivo com o coração na mãos e o receio de ver o meu livro regressar amargamente tratado.
Cidades de Papel, de John Green, o livro pelo qual sofrerei...