4 | O Tatuador de Auschwitz de Heather Morris.
O Tatuador de Auschwitz de Heather Morris é baseado no testemunho vivido de Lale Sokolov, uma história de sobrevivência e amor inspiradora e marcante.
O ano é o de 1942 e Lale chega ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Sonhador, sedutor e de personalidade cativante, o jovem judeu é incumbido, por forma a sobreviver, de marcar no braço de outras vítimas, com uma tinta indelével, uma sequência de números: o número pelo qual os prisioneiros serão identificado. A marca que permanecerá marcada na pele de milhares de judeus e outras vítimas do Holocausto, um dos símbolos mais poderosos dos campos de concentração alemães. É na fila dos recém-chegados que Lale conhece a aterrorizada Gita. O ambiente é de medo mas, ainda assim, um amor à primeira vista nasce naquele ambiente de terror: o de Lale pela jovem Gita. Determinado a sobreviver e a conquistar o amor de Gita, Lale tudo fará para o conseguir, abraçando sonhos de um futuro a dois para quando a Guerra terminar.
Nos três anos em que Lale vive naquele campo de concentração, o tatuador conquista uma posição privilegiada através de uma série de "acasos felizes", usando essa posição para ajudar outros prisioneiros amigos, através de alimentos e medicamentos. Nascido na Checoslováquia, de seu nome Ludwig Sokolov, posteriormente Lale, a narrativa de Heather Morris mostra-nos que, no meio de uma das tragédias mais marcantes e negras da História, o amor pode nascer.
Com pouco menos de 250 páginas, O Tatuador de Auschwitz é um daqueles livros que se lê em dois ou três dias, tal é a envolvência com que a narrativa nos cativa. Uma história real, onde o amor e a sobrevivência assumem o protagonismo, num cenário em que o medo e o terror predominam. Valores como a amizade, a compaixão e o espírito de entre-ajuda também marcam esta história. Uma leitura inspiradora, inesquecível e marcante!
Uma nota de destaque para este livro por ser um dos poucos que li sobre a temática onde se falem de outros prisioneiros que não judeus: a narrativa também nos dá a conhecer o drama dos ciganos, em menor número, que a II Guerra encaminhou para campos de concentração.
Lale, Gita e o filho de ambos.
A tatuagem foi-lhe feita em segundos, mas, para Lale, o choque é tal que o tempo parece ter parado. Segura o braço e fica a olhar o número. Como pode alguém fazer isto a outro ser humano? Pergunta-se se, pelo resto da sua vida, seja ela curta ou longa, será definido por aquele momento, por aquele número mal desenhado: 32407. (p. 19)
- Bom, Lale, um homem que ensina a respeito de impostos e de taxas de juro acaba por se envolver na política do seu país. A política ajuda-nos a entender o mundo até deixarmos de o entender e, nessa altura, atiram connosco para um campo prisional. O mesmo acontece com a religião. (p. 34)
- O que faz dela uma heroína. Tu também és, querida. As duas escolheram sobreviver; isso já é resistir a estes malvados nazis. Escolher viver é um ato de desafio, é uma forma de heroísmo. (p. 131)
Avaliação (de 0 a 5): 5*
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História verídica de um amor em tempo de guerra!
Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração - um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.
Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver - gravando uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele - com uma tinta indelével. Era assim o processo de criação daquele que veio a tornar -se um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.
À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência mas também pela desta jovem.
Um romance baseado em entrevistas que Heather Morris fez ao longo de diversos anos a Ludwig (Lale) Sokolov, vítima do Holocausto e tatuador em Auschwitz-Birkenau. Uma história de amor e sobrevivência no meio dos horrores de um campo de concentração, que agradará a um vasto universo de leitores, em especial aos que leram A Lista de Schindler e O Rapaz do Pijama às Riscas, e que nos mostra de forma pungente e emocionante como o melhor da natureza humana se revela por vezes nas mais terríveis circunstâncias.