Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

(devaneios) Sobre o caso da Figueira da Foz e das coisas que eu não entendo,

tumblr_static_tumblr_static_stop-bullying-small.pn

 

 

Nas redes sociais multiplicam-se as páginas de apoio ao jovem rapaz agredido na Figueira da Foz, bem como os comentários terríveis, agressivos e de incentivo à violência para com as jovens agressoras, assim como contra os jovens que assistem. Uns afirmam que se fosse o seu filho o agredido, os jovens iriam aprender o que era bom, outros dizem que se fossem os seus filhos os agressores, que levam porrada da grossa. A pergunta que se impõem é, com praticamente um pais inteiro a desejar espancar os miúdos agressores, será que isso vai resolver alguma coisa? E será que muitos destes pais, independentemente de serem agressores ou agredidos, fariam alguma coisa se o vídeo não fosse tornado público? Será que estas almas ainda não pararam para pensar que violência gratuita nas redes sociais só gera mais violência? E, já agora, alguma destas pessoas que dizem fazer e acontecer se fossem os seus filhos os agredidos ou, até mesmo contra os agressores, já pararam para pensar que as cachopas e os cachopos, provavelmente, já receberam a pior lição de todas? Mas, a pergunta que me assombra o ser é: se realmente fossem os filhos os agressores, será que aqueles homens e mulheres realmente espancariam ou matariam, como tanto se escreve nas páginas de apoio ao rapaz? 

 

Obviamente que não aprovo nem compactuo com actos de selvajaria como os do vídeo. Sei bem, infelizmente, os efeitos que o bullying provoca nas vítimas... e, não é por sempre terem existido e por hoje em dia receber um nome pomposo, que devemos ignorar. Mas, para escrever a verdade é que, sinceramente, eu não faço a menor ideia do que faria se, hipoteticamente, um dos meus filhos estivesse no vídeo... e, por isso, também não compreendo como é que tantos homens e mulheres dizem fazer e acontecer se fossem os seus filhos os agressores. Desconfio que nem saberia como lidar com um acto tão abominável se fosse o meu filho o agredido... Assusta-me imaginar que género de jovens que teremos no amanhã, reflexo do presente, produto da cultura do sim, dos direitos e dos traumas, do dar tudo e da ausência e/ou despreocupação dos pais.

 

E, para finalizar, não é uma forma de bullying e de violência gratuita a forma como se divulga informações das agressoras?

 

Não tinha intenções de escrever nada sobre um tema que tanto se fala mas, com tantos comentários nas redes sociais as dúvidas assolaram-me a alma. 

(devaneios) Sobre os Gold Globe Award,

confesso-me: não tenho paciência para ver. Não consigo conceber horas da minha vida, horas do meu rico e importante sono, para ver pessoas desfilar. Gabo a paciência a quem consegue. Admiro a coragem e a paixão. Certa vez tentei. Adormeci ainda as estrelas não tinham terminado de desfilar. Pronto. É nestas ocasiões que acredito ser uma extraterrestre; aliás, nem nesta nem quando desfilam as miúdas da Victoria Secret. E, se quiserem saber, também não compro revistas de moda/femininas ou vejo o TV Fashion. É, como se diz, eu crio a minha própria moda quando me sinto bem com o que visto. 

 

É claro que gosto de saber quem são os vencedores. Não que altere em muito visto que, a maior parte dos nomeados deste ano eu desconheço mas, faz-me desejar vê-lo. Ou seja, se um filme arrecadar algum prémio, é certo que irei ver nos próximos dias. Assim, Boyhood será a minha companhia de logo à noite. O problema de eu não ver mais filmes é a sala de cinema ser longe de casa e cara. Portanto, ou sai na internet ou simplesmente não vejo. Foi o que aconteceu com Gone Girl, queria tanto ter visto aquando da estreia mas, só ontem é que tive essa oportunidade - e, a título de exemplo, ainda não vi o filme português Os Maias. Porém, a maior parte só o vejo meses depois e, quando me lembro. É o que dá viver nas pontas do país, no fim do mundo, nas vilas que mais parecem aldeias. 

 

Adiante...

 

Embora não veja a cerimónia, gosto de ver os vestidos. Vou cuscar meia dúzia de bloggers de moda e pronto, elego o meus favoritos. Não que eu entenda grande coisa de moda, das mulheres que os usam ou dos estilistas que os desenham, mas acho graça. Os vestidos, nestas cerimónias, são sempre qualquer coisa do outro mundo. E, desculpem e, rezando para que não me cruzifiquem, os melhores vestidos são os simples e compridos. Ok, alguns curtos são engraçaditos e macacões, embora goste imenso, dependerá muito do feitio. Assim sendo, eis os meus seleccionados,

 

Captura de ecrã - 2015-01-12, 09.34.39.png

(não gosto de amarelo, mas acho o modelo engraçado e, noutra cor, parece-me que ficaria maravilhosa)

 

10906299_775962642497123_4643345031795159508_n.jpg

 

(muitos criticam mas, olhem, eu cá gosto!)

 

10599699_775971209162933_7960801436148272777_n.jpg

(mais um vestido que criticam mas que, para mim, mudando a cor e ficava o máximo) 

 

10488023_775986189161435_4332532978242513946_n.jpg

 (é simples, verdade, mas é um dos meus favoritos!)

 

Escusado será dizer (ou, neste caso, escrever) que não faço ideia quem sejam os criadores dos vestidos ou as meninas que os envergam. 

 

Não me vou dar à maçada de escrever os piores. Fica ao critério e gosto de cada um. Mas, neste campo, o prémio vai em unanimidade (pelo menos eu quero acreditar que poucos gostaram) para Conchita,

 

17914218_dQnrd.jpg

 

(a questão aqui é: o vestido é medonho e, quer-me parecer que, a malinha não diz com o vestido... e, mal de mim se não soubesse quem é, visto que gosto imenso do Festival da Eurovisão - mesmo que nunca ganhemos coisa alguma.)

Adolescentes, galinheiros e ovos.

Quando, ao ler os comentários a este post, relembrei um episódio caricato que a minha irmã nos relatou e que se passou na turma dela...

 

Numa aula, ao debaterem sobre a cidade, o professor perguntou aos alunos se tinham noção de que a zona periférica da cidade era ainda muito rural, onde era possível encontrar galinheiros e campos hortícolas. Todos responderam que sim, menos uma jovem que, segundo a minha irmã, sem qualquer vergonha perguntou:

 

 O que são galinheiros?

 

As atenções, como seria de esperar, voltaram-se para ela... diz a minha irmã, que todos, sem excepção, a olharam com cara de quem ela-só-pode-estar-no-gozo mas, ao verem o ar de perdida lançaram a pergunta,

 

Oh A., mas tu sabes de onde vem os ovos? Ou galinhas?

 

A jovem, descontraidamente responde,

 

Claro que sei! Ora essa, do pingo doce... toda a gente sabe que é do pingo doce!

 

Quando, uma educadora de infância, numa formação que frequentei sobre crianças, nos relatou algo semelhante, sendo o protagonista uma criança de cinco anos, fiquei chocadíssima embora, de alguma forma, se conseguia desculpar... mas, neste caso, falamos de uma adolescente de dezasseis anos, repito 16! É lógico que isto nem todos os adolescentes se incluem no mesmo saco e eu mesma, enquanto outrora adolescente, também proferi as minhas asneiras, mas é medonho e assustador que, algo tão simples, tenha a resposta mais estapafúrdia que se possa imaginar. E a culpa? Sei lá! Da adolescente, dos pais, da sociedade. 

 

A escola da minha irmã situa-se numa cidade onde, mesmo à entrada, se avistam longos campos de cultivo; onde, uma vez por semana e lado a lado com a escola, se realiza uma feira onde galinhas se misturam com roupa, onde as peixeiras andam pelas ruas a gritar e velhas camponesas carregam pesados sacos à cabeça. É uma cidade entre o rural e o moderno, entre o tradicional e o inovador, em que o campo convive alegremente com a agitação de uma pequena cidade e onde as galinhas ainda são o despertador de muitos. 

 

Ela, a adolescente em causa, para tentar remediar o choque que provocou, ainda responde que os pais nunca a levaram a ver galinheiros nem galinhas... como se tal fosse justificação!

 

E, de certa forma, não me surpreende que estas respostas se tornem mais habituais... e isto deixa-me assustada e apreensiva com o futuro deste pequeno país!

 

 

 

(sobre a adolescente, segundo a minha irmã, as principais preocupações são: roupa, estar gira, magra e sexy, maquilhagem, rapazes e sapatos; pouco ou nenhuma preocupação sobre a escola ou o futuro, diz que os pais são ricos)

(devaneios)

Alguém me explica, como se eu tivesse dezassete anos, qual a piada de colocar na página de facebook a seguinte mensagem,

 

Alguém para ir a minha foto de fundo no telemóvel durante dois dias? Escolho às 23.00h.

 

e mais uma data de bonequinhos todos malucos? É isto e aquela história de escolher outra pessoa, mesmo que desconhecida, para capa de facebook. Felizmente, a minha irmã com a mesma idade não adere a essa onde xpto dos adolescentes de hoje. Diz ela que não acha graça nenhuma a isso nem percebe a finalidade. Eu digo que não entendo; ou melhor, até entendo mas, sei lá, não me apetece pensar, melhor, quero conhecer outras opiniões... alguém me explica esta mania dos adolescentes?

 

Sinto-me velha. Raio dos catraios e das modernices.