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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Coisas boas dos blogues... II.

Os clube nasceu algures nos primeiros dias deste ano. Livros... é o amor pelos livros que caracteriza os elementos do imprevisível clube. Os primeiros emails (se a memória não me falha) trocados pelos quatro membros foi sobre livros. Foi a paixão pelas letras, personagens mil e histórias distintas, que uniu estas quatro pistogas e, com ela, está amizade mantida em trocas de mil e uns emails. O Clube das Pistogas Que Lêem, nome tão estranho e comprido, é a prova de que as amizades podem nascer de um blogue e manter-se à distância física de um email, alimentadas por bocadinhos do dia-a-dia, pequenas coisas que acontecem, pedaços de cada um dos seus elementos. A Magda, do StoneArtPortugal, a Nathy, do Desabafos da Nathy, e a Sofia, do blogue Sofia Margarida, inundam-me a caixa de email do blogue com mil e uma mensagens, perdendo-me no meio da confusão de palavras, tornando-se mais do que companheiras de leitura.

 

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 (adorei o mocho e o porta-mensagens com a frase "Ler é... ganhar asas para o mundo!", três doces pais natais de chocolate, uma bolsinha com um colar inicial M e o postal de Natal)

 

A Nathy surpreendeu-me com este miminho doce de Natal. Um presente que chegou no dia certo... pequenas coisas que me encheram, novamente, de alegria e tornaram, deste, um Natal especial. Uma mensagem que me comoveu... e me roubou as palavras. Um gesto simples que significa muito. O melhor do meu ano é este cantinho e quem do outro lado me acompanha e tanto carinho demonstra pelo testamentos que escrevo, este clube de pistogas apaixonadas por livros que tão especiais. Que dois mil e dezasseis seja um ano repleto de emails, livros e diversas leituras conjuntas.

23 | Na minha estante... Jane Eyre.

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 Jane Eyre, a protagonista deste intenso romance da literatura clássica inglesa, é uma viagem bibliográfica apaixonante.

 

Orfã de mãe e pai, Jane Eyre, recebe uma educação severa da tia Reed, onde os abusos físicos e psicológicos, tanto da tia como de primos, marcam a alma da jovem menina. Porém, aos 10 anos de idade é afastada de casa da família Reed e colocada num colégio interno de Lowood. Jane acredita num novo recomeço em Lowood, porém, as privações e educação rígida do colégio teimam em não a abandonar. A infância e adolescência solitária, severa e infeliz fortalecem-lhe o espírito de justiça, nascendo o desejo de independência. É, aos 18 anos, que a vida de Jane sofre a desejada reviravolta, levando-a à casa de Thornfield Hall, testemunho da paixão que unirá Jane, como preceptora da menina Adèle, a Mr. Edward Rochester, o proprietário. No entanto, um terrível segredo separa-os, obrigando Jane a tomar uma decisão difícil, revelando o carácter e personalidade marcante.

 

Jane Eyre é uma história de amor inesquecível. Publicado, pela primeira vez, em 1847, a paixão de Jane e Edward revelam os preconceitos da época, questionando questões sociais e morais, tais o papel da mulher na sociedade e o peso da Igreja. Os protagonistas do romance de Charlotte Brontë revelam personalidades distintas mas cativantes, numa Jane insubmissa, determinada, corajosa, mas desejosa de amar e ser amada e num Rochester misterioso, inteligente, temperamental, mas próximo dos seus criados. Relatado na primeira pessoa pela protagonista, Brontë mistura paixão com ingredientes da literatura gótica, mistério e suspense. Numa escrita acessível, sem uso excessivo recurso a expressões pomposas, Jane Eyre tornou-se um dos meus clássicos preferidos. Adorei o mistério em torno do segredo de Edward e da forma como a paixão nasce entre os protagonistas, embora considere que seja um livro de acção lenta. 

 

- Eu não sou nenhuma ave, nem estou presa em rede alguma. Sou um ser humano livre e com vontade independente, de que agora faço uso para me soltar de si.

(palavras de Jane a Mr. Rochester, p. 306)

 

Li, recentemente, O Monte dos Vendavais de Emily Brontë, do qual gostei. Porém, comparando-o a Jane Eyre, confesso-me verdadeiramente rendida. O primeiro romance que li das irmãs Brontë é uma história triste, onde senti dificuldades em entrar, no entanto, em Jane Eyre rapidamente mergulhei... e adorei! Atrevo-me a escrever que se trata de um dos meus livros favoritos, o meu clássico favorito!

 

- (...) Nunca se ri, Miss Eyre? Não se incomode a responder, eu bem vejo que ri pouco. Mas é capaz de se rir alegremente. Acredite-me, a sua natureza é tão pouco austera como a minha é corrompida.

(palavras de Mr. Rochester a Jane, p. 176)

 

Jane Eyre, de Charlotte Brontë, foi leitura realizada em conjunto com a Nathy (a publicar em breve), Sofia e Magda, do Clube das Pistogas Que Lêem.

 

Charlotte Brontë

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A mais velha das três famosas irmãs Brontë, Charlotte nasceu em Abril de 1816, em Thornton, Inglaterra. Mudou-se, muito nova e juntamente com a família, para Yorkshire. Órfã de mãe aos cinco anos, Charlotte, as quatro irmãs e o único irmão Brontë ficaram aos cuidados de uma tia, desprovida de quaisquer qualidades e sentimentos de mãe. Charlotte, tal como as irmãs e irmão, não tiveram uma vida fácil. 

Jane Eyre é, para muitos, fruto da própria experiencia de vida de Charlotte Brontë, que tal como a personagem do seu romance mais conhecido, foi professora e preceptora, tendo igualmente vivido em condições de internamento, fatal para duas das suas irmãs. Escreveu, sob pseudónimo masculino de Currer Bell, O Professor, Shirley, Villette e Jane Eyre

Morreu, aos 38 anos de idade, em Março de 1855, juntamente com o filho que esperava. O seu corpo encontra-se sepultado na igreja de St. Michael and All Angels Cemetery, em Haworth, no oeste de Yorkshire, Inglaterra.

18 | Na minha estante... O Monte dos Vendavais.

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  O Monte dos Vendavais, clássico da literatura inglesa e uma das minhas primeiras leituras dos apelidados clássicos antigos, é uma ode ao amor e ao ódio.

 

Os orgulhosos arranjam desgostos às suas próprias mãos.

 

1801. Mr. Lockwood é o novo e curioso inquilino do já velho, misterioso e rude Mr. Heathcliff. Uma noite de tempestade obriga o jovem Lockwood a passar a noite na casa d' O Monte dos Vendavais, onde conhece a misteriosa Catherine. A noite veste-se de imprevistos e estranhos acontecimentos que, levam o jovem inquilino de Mr. Heathcliff a viajar na história das famílias que outrora habitaram na casa d' O Monte dos Vendavais. É a criada da casa da Granja, Mrs. Dean, onde se encontra instalado, quem relatará a Mr. Lockwood toda a história de amor e ódio que dividiu e destrui famílias.  

 

A história começa quando o patriarca da família Earnshaw, após uma viagem a Londres, regressa com o pequeno Heathcliff. É ele o elo de amor e desgraças que se abaterá sobre as vidas que toca. Os filhos de Earnshaw, Catherine e Hindley, sentem-se colocados de parte pelo pai que, parece nutri mais carinho e atenção pelo novo filho. Porém, a morte de Earnshaw levará Hindley a assumir a posição de patriarca da família e, assim, a vingar-se de Heathcliff. A irmã Catherine, todavia, não compartilha do pensamento do irmão e encontra em Heathcliff um parceiro. Nasce, assim, entre ambos algo mais do que uma simples amizade ou carinho de irmãos. A história sofre uma reviravolta com a partida d' O Monte dos Vendavais de Heathcliff, levado a acreditar que Catherine não corresponde aos sentimentos e pela atracção da jovem Catherine aos luxos e riquezas que um casamento podem proporcionar. O regresso, anos mais tarde, de Heatchcliff marcará a vida de das famílias de ódio e vingança. 

Virou o livro de modo que a capa ficasse voltada para mim. O Monte dos Vendavais.

- Já lestes? - perguntou.

(...) 

- É uma história triste.

- As histórias tristes dão bons livros - respondeu ela.

O Menino de Cabul,

Khaled Hosseini 

O Monte dos Vendavais era daqueles clássicos a quem a curiosidade à muito me despertava o interesse... especialmente depois de ler esta referência num dos meus livros preferidos. Porém, confesso, o receio de uma linguagem complexa e inacessível fez-me recear e nunca me aventurar na sua leitura. A verdade é que, ainda bem que a coragem chegou e me aventurei na sua leitura porque, de facto, é uma obra excepcional. Inicialmente não me foi fácil entrar na obra. Não pela escrita em si, mas pelos nomes que, volta e meia, trocava. É, O Monte dos Vendavais, uma obra que exige uma leitura atenta e cuidada mas, todavia, uma obra imperdível.

 

Emily Brontë é uma mulher à frente da sua época. Numa escrita cuidada, Brontë leva-nos a reflectir sobre os nossos medos e angústias, sobre as escolhas que tomamos e as coisas que deixamos por dizer. Uma vez lida uma das obras-primas da literatura inglesa, estou curiosa para ler Jane Eyre de Charlotte Brontë que, como o apelido indica, é a irmã de Emily.

E se julgas que o não percebi, és uma doida; se pensas que posso ser consolado por falinhas mansas, és uma idiota, e se imaginas que sofrerei sem me vingar, convencer-te-ei do contrário em pouco tempo.

O Monte dos Vendavais foi uma leitura realizada em conjunto com a Nathy (clube das pistogas que lêem), do blogue Desabafos da Nathy, onde podem consultar a sua opinião e crítica sobre o livro de Emily Brontë.

 

Emily Jane Brontë

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 Nasceu em Yorkshire, Inglaterra, em Julho de 1818. Irmã de Charlotte e Anne, conhecidas como as irmãs Brontë que, igualmente se dedicarem à escrita, Emily é das três irmãs com menos informações. Conhecida pela sua personalidade introvertida e fechada, Emily escreveu poesia e o seu único romance, O Monte dos Vendavais, sob o pseudónimo masculino de Ellis Bell. Considerado um dos clássicos da literatura universal e obra-prima da literatura inglesa, O Monte dos Vendavais recebeu, em 1847, ano da sua publicação, fortes críticas literárias graças à componente pesada e tensa da história de amor. Porém, o certo é que a obra é uma das mais conhecidas, tendo sofrido diversas adaptações às telas de cinema. 

 

Emily Brontë morreu aos 30 anos, em Dezembro de 1848, vitima de tuberculose. O seu corpo encontra-se sepultado na igreja de St. Michael and All Angels Cemetery, em Haworth, no oeste de Yorkshire, Inglaterra. 

Dia Trinta e Seis. Personagem(ens) literária que não quereria encontrar num beco.

Rashid

Mil Sóis Resplandecentes

Khaled Hosseini

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Enriqueta Martí

A Mulher Má

Marc Pastor

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Voldemort

Harry Potter

J. K. Rowling

 

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 O desafio literário foi-me sugerido pela Magda. A ideia é, durante quarenta e cinco dias, todos os dias, à mesma hora, falar-se sobre livros, respondendo às questões sobre o universo dos livros. O objectivo do desafio é simples: se por um lado, consiste numa de gostos e experiências sob o mundo dos livros, por outro, este desafio leva-nos-à a pensar e a reflectir sobre os livros que já lemos. Iniciado a 1 de Maio de 2015 e durante 45 dias, neste blog, falar-se-à maioritariamente de livro. Não se esqueçam de visitar a Magda e conhecer as suas escolhas literárias