Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

O Rouxinol de Kristin Hannah.

Capa_Rouxinol.jpg

 O Rouxinol de Kristin Hannah é uma homenagem às mulheres e à sua capacidade de resistência e sobrevivência na II Guerra Mundial.

 

1939. Na pequena vila de Carriveau, como em toda a França, Vianne despede-se do amado marido, Antonie, que parte para a guerra. Não acredita que os nazis consigam entrar e dominar o país, acreditando no regresso rápido de Antonie. Sozinha com a filha menina, Sophie, Vianne vê os aviões inimigos sobrevoar os céus do seu país, largando bombas sobre inocentes e edifícios. Porém, quando os nazis marcham sobre a vila onde mãe e filha vivem, Vianne vê-se forçada a aceitar viver com um nazi em sua casa, alterando todas certezas e crenças. Abaladas as suas convicções e despedaça pelas perdas, Vianne descobrirá ser dona de uma força e resistência que julgava não possuir. 

 

A impulsiva e revoltada Isabelle, irmã de Vianne, conhece a dor da rejeição e a ânsia de ser amada. Recheada de sonhos e paixões, não conhece regras, Isabelle vive uma vida sem limites. A chegada dos nazis mostrará à jovem o propósito da sua existência: em vez de fugir de Paris, onde vive, Isabelle decide ficar e juntar-se à resistência francesa. Arriscando a vida, Isabelle lutará pelos seus ideais, ajudando a salvar vidas e a libertar a sua amada França do domínio nazi. 

 

- Eles não conseguiram atingir a minha alma. Não conseguiram mudar o meu ser. O meu corpo... despedaçaram-no nos primeiros dias, mas não a minha alma, V. Seja o que for que ele te fez, foi ao teu corpo, e teu corpo vai sarar.

 

Duas irmãs unidas pela dor e perda, separadas pela guerra e pela forma como a encaram. Vianne acredita que o mais correcto será aceitar os nazis, Isabelle acredita no oposto.

 

O Rouxinol não é a minha primeira aventura na escrita de Kristin Hannah. Estrada da Noite é um dos meus livros preferidos, uma história marcante e profunda sobre a morte, o perdão e o amor, um romance que jamais esquecerei. Foi excelente reencontra-me com a escrita brilhante e magnifíca de Kristin Hannah. Os seus romances transmitem verdadeiras lições. Não consigo apontar defeitos. Uma escrita despida de palavras e termos caros, acessível e cativante, Kristin Hannah cativa da primeira à última página. É impossível não reconhecer o significado e moral das suas histórias. 

 

- Espero que nunca saibas como és frágil, Isabelle.

- Eu não sou frágil - retorquiu ela.

(...)

- Todos somos frágeis, Isabelle. É isso que aprendemos na guerra.

 

Vencedor Goodreads Choice Awards 2015, na categoria de romance histórico, O Rouxinol mostra-nos a importância das mulheres na defesa e resistência francesa à ocupação nazi. Mulheres que, como Vianne e Isabelle, arriscaram a vida e procuraram lutar pelos outros e liberdade do seu país. Vianne é exemplo de sobrevivência e força, uma mãe capaz de tudo fazer, e arriscar, para proteger os filhos e aqueles que mais ama. Isabelle ensina-nos a não desistir dos sonhos e convicções, apesar das dificuldades e dos tempos difíceis. Personagens fortes, tocantes, inesquecíveis... um livro recheado de lições de vida. 

 

Recomendo a todos os amantes de livros a escrita de Kristin Hannah. Este livro seguramente, apesar de ainda ser cedo para o escrever, figurar no meu top dez de livros favoritos do ano de dois mil e dezasseis. Estrada da Noite e O Rouxinol são livros aos quais o leitor dificilmente ficará indiferente... e dificilmente esquecerá. 

 

Sorrio para eles (...) Graças a eles agora sei o que é importante, e não é aquilo que perdi. São as minhas memórias. As feridas saram. O amor perdura.

 

___

 

Título Original: The Nightingale, 2015
Autora: Kristin Hannah, EUA
Tradução: Marta Pinho/João Quina
ISBN: 9789724250601
Páginas: 480
Editora: Círculo de Leitores, 2015
Sinopse: Duas irmãs separadas pela guerra.
Vianne decide ficar. O marido partiu para a frente de guerra, mas ela não acredita que os alemães consigam invadir o país. Já Isabelle resiste ao medo, ao acatar, à presença dos nazis. Num emocionante regresso aos conturbados anos da Segunda Guerra Mundial em França, sob a ocupação nazi, Kristin Hannah constrói um envolvente romance histórico entre os diferentes caminhos escolhidos por duas irmãs, separadas pela guerra. Best-seller nos Estados Unidos, permaneceu durante seis meses consecutivos na lista dos livros mais vendidos do New York Times e os direitos de adaptação ao cinema foram já adquiridos pela TriStar Pictures.

Chegaram hoje ...

 ... à minha estante, tão de si preenchida. Procuro conter-me mas, admito, não resisti a estes dois quando,  

 

12346413_456756887846666_5293560200617463716_n.jpg

 

O Rapaz Que Venceu Salazar despertou-me a minha atenção, essencialmente, pelo título e, por outro lado, porque o período da ditadura portuguesa de Salazar aguça-me a curiosidade, sendo um tema raro nos meus livros e na minha estante.

 

A aventura improvável de quatro amigos que quiseram derrubar a ditadura.

Na década de 1960, numa pequena vila alentejana, quatro amigos encontram-se secretamente para jogar à sueca, comer, beber e ouvir a Rádio Moscovo e a BBC. Zé Maria, Carapau, Tonico e Martinho Lutero discutem política, gastronomia, mulheres e a vida. Sem que o saibam, há um espião que regista tudo o que dizem, pondo o grupo em perigo num tempo em que a ditadura, abalada por uma guerra colonial e pelas tentativas de derrube do regime, começa a apertar o cerco com a ação dos informadores e dos agentes da PIDE.

Em tempos de ditadura, uma criança ousou enganar a PIDE.

Um romance pleno de humor e de ternura sobre a vivência da ditadura e da Guerra Colonial numa pequena vila do interior alentejano, e sobre as criativas formas da subversão possível de quem nunca se rendeu. É também a interrogação de uma geração sem saudosismos nem ilusões sobre o testemunho que deixou desse tempo e sobre o tempo que lhe sucedeu. Capta magistralmente o espírito de uma época numa história com ecos de policial, em que os pequenos eventos e a vida quotidiana de uma vila perdida no mapa se tornam grandiosos, tecendo assim um retrato sobre a amizade e a dignidade, mas também celebrando aqueles que, anónimos, e arriscando perder tudo, tentaram ser livres.

 

Kristin Hannah é autora de um dos meus livros favoritos - uma história marcante sobre a morte, o perdão, a família, o amor e a amizade - Estrada da Noite. Há muito que desejava reencontrar-me com esta escritora e, atendendo às inúmeras críticas positivas em blogues e canais de youtube, bem como pela eleição para melhor livro do ano de dois mil e quinze no Goodreads categoria de ficção histórica, não resisti a comprar O Rouxinol... juntando-se a Entre Irmãs, da mesma escritora.

 

Vianne decide ficar. O marido partiu para a frente de guerra, mas ela não acredita que os alemães consigam invadir o país. Já Isabelle resiste ao medo, ao acatar, à presença dos nazis. Num emocionante regresso aos conturbados anos da Segunda Guerra Mundial em França, sob a ocupação nazi, Kristin Hannah constrói um envolvente romance histórico entre os diferentes caminhos escolhidos por duas irmãs, separadas pela guerra. Best-seller nos Estados Unidos, permaneceu durante seis meses consecutivos na lista dos livros mais vendidos do New York Times e os direitos de adaptação ao cinema foram já adquiridos pela TriStar Pictures.

 

Os livros qua acumulo e espero no próximo ano ler,

 

InShot_20151214_221340.jpg