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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

É Carnaval...

Sou, certamente, um ser invulgar, de gostos e preferências distintas à maioria. Confesso que, uma parte de mim, sempre gostou de se destacar pela diferença. Não na forma de vestir mas no ser, estar e gostar. E, o Carnaval é daquelas épocas festivas que menos me cativa... juntamente com o Halloween. Bem sei que é uma época em que podemos ser diferentes, tomar personalidade e comportamentos opostos ao do nosso dia-a-dia mas, para mim, a verdade é que se trata de uma festividade simplesmente parva. Não consigo compreender a graça de adultos se mascararem de velhotes, mulheres/homens ou de índios e ciganos. Vejo, admito, mais piada nas crianças porque sempre considerei que Carnaval era para os mais pequenos.

 

A lógica daquela típica frase "É Carnaval e ninguém leva a mal." é, de longe, aquela que mais me desagrada. Não, o Carnaval não perdoa tudo... os excessos e abusos da época cometidos pelos adultos não pode ser esquecido numa patética frase. Apesar da data, não deixamos de viver numa sociedade onde existem regras, onde a liberdade de alguém termina quando invade a de outro, onde deve existir respeito por todo o género de diferenças, quer de opinião ou afins. 

 

Definitivamente, a data passa-me completamente ao lado... desde sempre. Nunca fui criança de achar piada à data e, em adulta, continuo sem a compreender. Contam-se, pelos dedos de uma mão, quantas vezes me disfarcei de livre vontade em menina. Sou uma pessoa alegre e divertida, tal e qual como sou, sem entrar em fantasias ou excessos. A vida, no fundo, já de si é um verdadeiro Carnaval. 

 

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Resumindo: o meu Carnaval vai ser assim, talvez com menos livros do que na imagem de cima mas, na companhia de um bom livro. 

Carnaval...

Já fui cigana, bruxa e boneca. Mas, a verdade é que, não gosto do Carnaval. É, quiçá, da altura do ano que menos piada lhe acho. Não me diz nada.

 

Fui cigana e bruxa para não ser do contra. Para não ser a chata, a aborrecida, a conservadora que prefere noites em casa a ver filmes ou a ler, que prefere o quente das mantas à noite fria, que prefere o seguro ao inseguro. Não gosto do Carnaval porque não gosto de homens mal vestidos de mulheres e vice-versa, de adultos vestidos de crianças, de fitinhas, confetes, bombinhas e mais uns brinquedos carnavalescos. Não gosto de pessoas a fingirem o que não são por se esconderem sob uma fantasia ou a meterem-se com desconhecidos protegidos por tecidos e maquilhagem. Não gosto da frase é Carnaval, ninguém leva a mal que tudo parece desculpar. 

 

Nunca me mascarei, em criança, de princesa, sevilhana ou chinesa. Mas, provavelmente, era das fantasias que mais desejava. Não gosto do Carnaval faz muitos anos. Deixei de gostar do Carnaval ainda em criança, quando me obrigavam a vestir de tudo o que eu menos queria. Deixei de gostar quando uma professora nos trancou na sala de aula, no nono ano, até os responsáveis pela bombinha de cheiro em plena aula se denunciarem. Deixei de gostar porque não acho que uma noite ou uma frase, seja lá o que for mais, justifiquem certas atitudes, certos pedidos - que, poderiam ocorrer em qualquer altura mas, nesta, parecem ser justificáveis.

 

Não gosto do Carnaval e chamem-me o que quiserem. Não entendo, para escrever a verdade, qual a piada do dia.

 

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 (Na Idade Média é que era bom)

(e, ao entrar no facebook, deparei-me com esta imagem... muito adequado, ahahahah!)

Carnaval (continuação).

Já referi que a minha mãe foi festejar o carnaval? Não? Aqui fica o registo: a mãe foi festejar com as amigas, a filha solitária festeja o carnaval a ver filmes e a comer chocolate...

Por agora, é só isto.

Carnaval.

Embora nunca lhe tenha dado grande valor - provavelmente porque nunca me deixaram fantasiar como gostaria ou festejar como é normal e independente da idade - a verdade é que durante cerca de três anos festejei o carnaval, ora de cigana, bruxa e palhaça... mas, nesses anos, tinha com partilhar a festa.

 

 

Sinto falta de sair, dançar até mais não puder, rir e sorrir... sinto falta de não me sentir sozinha. 

Um feliz carnaval para quem o festeja. Eu, por cá, vou festeja-lo entre chocolates e filmes.