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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Fila de espera.

Quem já trabalhou ou trabalha em atendimento ao público sabe que, na maioria das vezes e independentemente da área, a mesma não é fácil. Existe todo o género de clientes, homens e mulheres, que em vez de procurarem simplificar e facilitar quem atende e quem aguarda em fila de espera, parecem preferir implicar com tudo. Creio que, em algumas situações, quem o faz parece esquecer-se que (e evidentemente) paga um serviço e têm todo o direito a exigir o melhor mas encontra-se, acima de tudo, perante um ser humano. Encontramos, do lado de quem serve, uma mulher ou um homem que, independentemente do gosto pela área, não são máquinas das quais seja possível "usar e deitar fora". 

 

Ontem decidi variar e ir almoçar ao Vitaminas da minha zona. A servir, em plena hora de confusão das refeições, uma jovem dividia-se entre pagamentos, preparar saladas e sandes, aquecer sopas e lavar pratos... uma jovem que não deveria ter mais de vinte e cinco anos, sempre de sorriso e simpatia no rosto, apesar dos olhares de desespero dos clientes e dos pedidos de compreensão que a mesma proferia. Nisto, a senhora que estava à minha frente, optou por complicar e implicar, apesar do "bater de pés" e ares de impaciência que eu e os demais clientes lhe lançamos. Quando, finalmente a senhora se deu por satisfeita no pedido e chegou a minha vez de pedir, senti que a moça estava a ponto de colapsar em lágrimas e, para o evitar quando lhe sorri como que a dizer-lhe "mulher mesquinha. esquece-a", a mesma encolheu-me os ombros e retribuiu o sorriso... o mínimo que pude fazer por ela foi despachar-me no pedido e, mentalmente, maldizer a chata da mulher. 

Como perder o autocarro?

Simples. Estar no sítio certo, sentada mesmo em frente ao local de partida do autocarro, separada por meia dúzia de metros e um grosso vidro, meia hora antes do horário de partida e, enquanto os minutos não passam, ler aquele livro que chama por mim dentro da mala. E, quando julgava que já passará tempo suficiente para empreender a tal viagem, olhar para o painel informativo da rodoviária e contemplar em choque, o lugar vazio onde deveria estar o meu autocarro e, compreender que, ora bolas, acabei de perder o autocarro. 

 

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Obrigada Philippa por me levares a perder o autocarro. O que vale é que, uns minutos mais tarde, partia outro autocarro. Pelo menos, serviu para concluir o livro.