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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Sobre a felicidade.

A felicidade é feita daqueles pequenos nadas do dia-a-dia. De momentos, gestos e lembranças. A felicidade é o carinho e a amizade que nos retribuem do simples nada. E, a felicidades está aqui, neste blog, nas palavras de carinho, nos gestos de amizade, numa lembrança como está...

 

(fotografia da autoria de Sofia Margarida)

 

Obrigada Sofia Margarida pelo teu email... e por te lembras de mim e da minha frase. Consegues imaginar o meu sorriso pateta quando abri o teu email? Mais uma vez, obrigada por este momento.

Aproveito e deixo o meu especial obrigado a todos aqueles que por aqui passam. 

Não existe um caminho, algo ou alguém... é nesta simplicidade que consiste a felicidade e é nisto que eu acredito.

Obrigado!

Antes das mini-férias, um mininho...

 

Diz que vou de férias... numas mini-pseudo-férias com um grupo de amigos. Curtas, porque o dinheiro é curto; pseudo, porque não sou muito amante de praia mas, pelo convivio com quem já não estou à tanto tempo e o conhecer um novo lugar, faz-se um sacríficio. Esperemos que tenha oportunidade de fugir às tardes na praia porque, do que eu gosto mesmo, é de conhecer monumentos e locais... mesmo que o tenha de fazer sozinha. Ou, em alternativa, dois livros não chegaram... 

É por isto que não gosto de rever colegas.

Casei (...) Tenho um emprego estável e que me proporciona algum conforto (...) E vou ser papá de gémeos (...)

Parabéns, muitos parabéns.

 

Repito os parabéns à medida que me vai contando as boas novas dos anos em que perdemos o contacto. Aos vinte e cinco anos, o meu ex-colega de secundário, irradia felicidade e orgulho. Parece feliz, embora algo apreensivo com a chegada dos gémeos, prevista lá para outubro ou novembro... é a primeira vez e logo de dois, não será fácil mas, sei que será capaz; e é isso que lhe digo,

 

Tenho a certeza que te sairás muito bem nessa função.

 

Falamos mais um pouco sobre ele e a actual vida... mas será por pouco tempo.

A conversa volta-se, inevitavelmente, para mim. Chegamos à parte que menos gosto: falar de mim. Quer saber o que tenho para contar, se casei ou tenho namorado, se trabalho ou não... tal como ele falou sobre si. Olho o relógio na expectativa que entenda a minha (suposta) presa e não perceba que (subitamente) desejo fugir à conversa (e atirar-me a um rio, também)Fico feliz por ele, não lhe invejo o sucesso, mas também não quero que tenha pena de mim e do meu fracasso. Digo-lhe que não tenho nada de novo a contar e limito-me a um,

 

Terminei o mestrado e agora estou à de um procura de trabalho minimamente estável.

 

A conversa desenvolve-se em torno do habitual blablabla, 

 

Não és a única (...) A culpa é da crise (...) Na tua área é complicado (...) Abre-te a outras áreas de trabalho (...) Procura no estrangeiro (...) Tens de ter calma e paciência (...) Já colocaste alguma cunha num ou noutro sítio? (...).

 

Contenho-me. Apetece-me explodir a chorar e explicar que não é o primeiro a dar-me aquela espécie de sermão ao qual eu conheço bem demais. Respiro fundo. Escuto-o. Respondo-lhe às questões. Tento (ou convenço-me de que pareço) parecer serena e animada, com esperança de que amanhã conseguirei o meu desejado trabalho. Porém, volta à carga, parece não ter entendido os meus olhares sistemáticos para o relógio e depois do profissional, volta-se para o pessoal.

 

Mas tu não tinhas um namorado? Julguei que também já tinhas casado. (...) Mas o que aconteceu?

 

Tinha. Já não tenho. Limito-me a isto. Respondo-lhe à última questão com um simples e resumido não tinha porque dar certo. Responde-me com um,

 

Oh, que pena! Mas ainda és nova, vais encontrar alguém em breve.

 

Corto-lhe a palavra antes que lance outra questão. Justifico-me com outras tarefas a realizar e um pedido de desculpas por lhe interromper o pensamento. Fica a promessa de conhecer os gémeos e de relembrar memórias de secundário juntamente com a esposa. 

Entro no carro. Olho em redor. Certifico-me que ninguém me observa e deixo as lágrimas correr. É por isto que não gosto de rever colegas. Porque uma coisa leva a outra e eu não estou na melhor fase da minha vida... porque, como no passado, não quero que percebam que nada em mim e na minha vida mudou (a gordinha que será sempre um fracasso, como alguém me disse um dia... não quero dar-lhe razão).

Desabafo # 7

Primeiro ele. Depois eu. Medos, sonhos e muitos e se à mistura. Quando ele quis, eu disse não. Excesso de romantismos, eu queria algo verdadeiro; ele, uma simples amizade colorida. Agora que eu quero, porque a solidão me assusta, ele diz-me que não. O tempo passa e eu sinto que o meu tempo me escapa, sem saber como o agarrar. Voltas da vida. 

É assim tão complicado encontrar alguém para amar? Amor, simples. Sem amizades coloridas. Amar alguém e ser amada. Mas onde é que tu andas, afinal? Quanto tempo vais demorar a aparecer? Será que perceberei ou continuarás a fugir-me? 

Tenho saudades de um abraço, de um beijo, de um carinho. Tenho saudades de ti sem nunca te ter conhecido. Preciso de ti... mais do que imaginas! Não demores, por favor.

Puta de vida... confusa, complicada, difícil.