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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Postcrossing dos últimos meses.

Nos últimos meses tenho, admito, andado em falta relativamente às publicações dos postais no âmbito do postcrossing. Não porque me tenha aborrecido deles mas, porque entre o desafio literário, as minhas leituras e outros afazeres pessoais e, constante cabeça no ar, vou registando-os no site e guardando-os na caixa, sem me lembrar de os publicar. Porém, após muita insistência da Cris, eis os meus mais recentes membros da família postcrossing. Dos últimos postcrossing que publiquei, a 4 de Abril, já se lhe juntaram mais dezasseis novos postais, dos mais variados pontos do mundo...

 

Nova IorqueEUA

 Um amante de pontes e de Londres.

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Suíça

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ParisFrança

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Alemanha

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Braunschweig, Alemanha

E, com bonús de dois marcadores de página.

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GottingenAlemanha

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Inglaterra

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Koscierzyna, Polónia

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Austrália

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Roménia

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Bielorrússia

Palácio de Pávlovsk

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Alemanha

A praia australiana do estado de Queensland.

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Viena, Áustria

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Alemanha

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Yokohama, Japão

Monte Fuji

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Beijing, China

Grandes Muralhas da China

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Postcrossing: dos postais e das estatísticas.

Postcrossing... em cinco meses de viagens, reuni vinte e dois postais de diferentes partes do Mundo e tantos outros foram enviados. Portanto, tal viagem traduz-se em muitos quilómetros,

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A cada nova visita à caixa de correio é uma aventura recheada de expectativas quando descubro um, dois, três ou mais postais e, de desilusão, quando se passam dias sem receber nada. Roubei as chaves à minha mãe e ganhei o hábito de todos os dias, religiosamente, ir à caixa do correio... e, embora saiba que é impossível receber um postal ao fim-de-semana, dou por mim a cair no erro. 

 

Os meus pais perguntam-me qual a piada de enviar e receber postais, de gastar dinheiro em pedaços de papel e, embora lhes tente explicar, não conseguem entender a alegria de ver algo estranho, diferente e inesperado no meio da pilha de contas para pagar e publicidade. Não compreendem nem entendem que é sempre possível aprender algo novo num simples pedaço de cartão, mesmo quando esse postal contêm breves palavras, descobrir uma nova cidade, um bocadinho do Mundo. 

 

E, desde a última publicação, a vinte e quatro de março, eis os mais recentes membros da colecção,

 

Alemanha

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Bielorrússia

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 Polónia

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 Da Vinci Cat enviado por um menino de onze anos.

 

Holanda

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 um cartão trabalhado pela Lilian e que me levou a conhecer Anton Franciscus Pieck.

 

Rússia

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e, porque merece ser partilhado,

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 um bilhete de autocarro!

 

Canadá

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de uma apaixonada pelos livros e pela cidade do Porto.

 

E, para finalizar, porque não partilhar as minhas estatísticas? A plataforma vai contabilizando o total de postais desde a minha data de inscrição, a onze de novembro de dois mil e catorze, até ao presente mês. A linha vermelha representa os postais enviados e a azul, os postais recebidos; já o gráfico circular mostra qual a origem dos postais que recebi, destacando-se a Alemanha, seguido dos EUA e da Rússia.

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Por fim, a tabela geral onde constam todos países com quem troquei postais, tanto enviados como recebidos, e o  tempo dos mesmos. 

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Evidentemente que, para a contagem dos dados anteriores, não entraram este,

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dizem que Rússia e China são países cujos postais demoram mais tempo a chegar... curiosamente, o mesmo não se verifica no envio. Mas, tenho esperança que o postal chegue à menina chinesa de dezasseis anos... nem que passem mais de cem dias, como vim a descobrir por alguns elementos registados na plataforma e num grupo de facebook. Tal, segundo eles, devesse ao sistema de distribuição dos países, com zonas remontas e não à localização em si. 

 

Talvez algum dia me canse de fazer postcrossing mas, enquanto esse dia não chega, vou-me divertindo... enviar e receber, aprender e dar a conhecer. 

Postcrossing: as histórias escondidas nas imagens.

Três novos postcrossing, três histórias escondidas nas imagens.

 

Nos últimos dias, chegaram à minha caixa de correio, três novos postais. No total, desde que me iniciei na aventura de enviar e receber postais de qualquer parte do Mundo, conto com sete postais recebidos - da minha parte, são onze os enviados: dois ainda não chegaram ao destino (preocupa-me um que enviei para a Rússia no início do ano e, até agora, nada... ou se esqueceram de registar o postal no site ou nunca chegou; o segundo, para a Holanda, conta com quinze dias de envio), cinco já receberam e os restantes, foram enviados ao longo das últimas semanas.

 

Cada postal que recebo é diferente e especial, tal como diferentes são as suas origens e as mensagens por detrás das imagens. Umas mensagens são simples mas simpáticas, outros partilham gostos e bocadinhos de quem escreve, outros explicam as escolhas dos postais e as histórias que escondem. É o caso de dois dos três postais que recebi esta semana. E, como tal, não me limitei a partilhar os postais, mas a explorar as  palavras de quem me escreveu... ou seja, pegando no que me escreveram, fui investigar e partilhar o que descobri.

 

Igor,

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Estados Unidos da América.

O ouro, segundo o Igor, foi descoberto na Califórnia no decorrer do ano de 1848 e depois da guerra entre os EUA e o vizinho México. No postal, Igor, também menciona um nome totalmente desconhecido para mim e, quiçá para muitos de nós: o de João Rodrigues Cabrilho. Mas, o melhor é irmos por partes. Comecemos pela guerra e pelo ouro...

 

Entre 1846 e 1848, os EUA e o México combateram entre si, desde a Califórnia até à Cidade do México -  na zona oeste da América do Norte -, provocando alterações drásticas no futuro dos países envolvidos. Nos anos de 1835 a 1845, os EUA procuraram comprar, por uma quantia avultada, os território mexicanos da Califórnia e do Novo México. Os mexicanos recusaram e as relações políticas entre os países entraram numa espécie de permanente conflito e ameaças mutuas. No final de 1845, os EUA anexa ao seu território, a zona do Texas, até então considerado estado mexicano rebelde, despoletando o inicio do conflito armado entre os vizinhos. A guerra mexicano-americana saldou-se na derrota amarga para o México que, na época, vivia abraços com problemas de conflito interno e não união entre os mexicanos, perdendo 40% do seu território, destacando-se a Califórnia e o Texas. A fronteira entre os dois países ficou definida alguns meses mais tarde e as relações políticas entre ambos comprometida durante décadas.

 

Numa manhã de Janeiro de 1848, uma semana antes do final da guerra entre os EUA e o México, o carpinteiro James Wilson Marshall, que trabalhava na construção de uma serraria num rancho no centro da Califórnia, descobriu no leito de um riacho, algo que lhe chamou a atenção quando reluzido à luz do sol: ouro. A descoberta do ouro na Califórnia atraiu, no período de 1848 a 1855 - ano em que o metal começou a escassear -, dezenas de milhares de pessoas provenientes dos mais diversos estados da América, América Latina, Europa, Austrália e Ásia. Todavia, apesar da riqueza do material, a maioria dos aventureiros não ficou rico: muitos, inclusive, passaram a viver na Califórnia por não terem dinheiro para regressarem a casa. A riqueza chegou a muito poucos, essencialmente àqueles que exploravam os trabalhadores, como os comerciantes. A Corrida do Ouro - como ficou conhecida - desenvolveu San Francisco e Califórnia, transformam-as em cidades prosperas, com igrejas, escolas e estradas. Mas, não só. O desenvolvimento das cidades desenvolveu sistemas de leis, da agricultura e de governos locais, bem como de novos métodos de transporte, tal como o navio a vapor e os caminhos de ferro. O impacto negativo do ouro levou ao ataque e consequente expulsão de nativos americanos, assim como impactos no ambiente. Um aspecto curioso: o responsável pela descoberta do ouro californiano, o carpinteiro Marshall morreu, em 1885, na miséria.

 

João Rodrigues Cabrilho, o navegador português esquecido, nasceu em Montalegre, a 13 de Março de 1499. Conhecido, também, por Juan Rodríguez Cabrilho, o navegador português realizou importantes explorações marítimas ao serviço da Coroa Real Espanhola. Em 1521, Cabrilho participou na conquista da Capital Azteca de Tenochtitlan, ao lado do espanhol Hernán Cortés. Entre 1523 e 1535, juntamente Pedro de Alvarado e outros europeus, conquistou os territórios que hoje compreendem às Honduras, Guatemala e San Salvador. A 28 de Setembro de 1542, ao serviço da coroa espanhola, João Rodrigues Cabrilho desembarcar no território onde hoje está localizado o estado da Califórnia. Aliás, Cabrilho é o primeiro português e europeu a navegar e explorar a costa californiana. João Rodrigues Cabrilho ou Juan Rodríguez Cabrilho morreu a 3 de Janeiro de 1543, no actual estado da Califórnia, desconhecendo-se o local onde foi sepultado. Na freguesia de Cabril - e, daqui a origem Cabrilho -, de onde era natural, existe a Casa do Galego, onde se diz ter nascido o navegador. 

 

 Marion,

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 Alemanha.

Na região do Ruhr - a maior região industrial da Europa -, diz Marion, existiam inúmeras minas de carvão. Presentemente desactivadas, o Complexo Industrial da Mina de Carvão de Zeche Zollverein é património da Humanidade Unesco, desde 2001. A primeira mina de carvão nasceu em 1847 e, consequente expansão, tornaram o complexo um dos maiores do género. O Poço 12, que ilustra o postal, foi aberto em 1982, sendo considerada uma obra mestre pela arquitectura e técnica, assim como uma das mais bonitas minas de carvão do Mundo.

 

Valérie,

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França

A Valérie foi a primeira menina a escrever-me em português e comigo partilhou o desejo de regressar a Portugal, onde um dia passou férias. Diz a Valérie, no seu português atrapalhado, que em França céu é cinza e está frio!

 

Não existe uma história para explicar sobre este último postal mas, considerei que a Valérie não merecia aparecer em branco, mas partilhar um bocadinho dela. 

 

O postcrossing é mais do que a alegria em encontrar um postal no meio das contas para pagar. É sonhar, partilhar, aprender e viajar.