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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Quatro de Janeiro.

Dia quatro de Janeiro é, desde há cinco anos, a data mais importante do meu ano, mais do que mudar o ano no calendário ou, inclusive, do que o meu próprio aniversário. É uma data com um significado especial que talvez não consiga descrever pela circunstâncias que a marcaram e por tudo o que senti mudar na minha vida desde aquele dia. Significa, para a maioria, que o ano novo e a respectiva celebração foi há quatro dias atrás mas, para mim, traduz-se numa simbólica transformação interior e num momento de reflexão.

 

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Hoje, quatro de Janeiro, faz o blogue Um Mar de Pensamentos cinco anos de existência. Nasceu numa manhã fria, com uma manta sobre as pernas e na minha sala de estar onde escrevia, num computador apple, as primeiras palavras sobre mim e os meus desabafos. Cinco anos depois, num computador acer, sentada na minha cama e com uma manta sobre as pernas - porque cinco anos depois continuo a ser uma velha -, celebro uma das datas mais importantes de mim: um blogue, mais um dos muitos blogues que criei antes dele, que é o meu refúgio, o meu diário, os meus sentimentos e desabafos, o meu eu. 

 

O blogue Um Mar de Pensamentos assistiu a tantas mudanças ao longo dos cinco anos de mim. Desabafei choros e estados de alma, conquistas e fracassos, sonhos e desistências. "Viu-me" crescer pessoal e profissionalmente. Assistiu a mudanças e foi palco de destaques - quer no sapo blogs quer pela porta editora. Foi um diário pessoal, um diário de leituras e um diário de reflexões sociais. Permitiu-me conhecer pessoas fabulosas e dar-me a conhecer. Mudou de layout inúmeras vezes. Viu nascer novos blogues, desaparecer alguns e ver outros quase a desistir... como ele próprio. Mas, cinco anos depois, com mais ou menos post, com mais ou menos seguidores, com mais ou menos comentadores, mantém-se porque, apesar de tudo, este é o espaço onde eu sempre me encontro e onde posso escrever um mar de pensamentos que carrego na alma, sem julgamentos.

 

Hoje, porque para mim é e será sempre uma das minhas datas preferidas e importantes, quero reflectir sobre o quão mudei e mudou a minha vida desde aquela manhã de dois mil e catorze até o ano de dois mil e dezanove. 

 

Não sou a mesma menina triste e solitária daquela manhã. Cresci psicologicamente, tornei-me mais forte e mais segura de mim embora, no fundo, ainda tenha tanto para mudar. É um processo demoroso e lento, que requer muita vontade mas, aos poucos e poucos, sinto que consigo melhor o que julgava nunca conseguir trabalhar. Não emagreci como, desde há muitos anos quero, em parte porque me falta a auto-disciplina e, noutra parte, porque tenho sempre uma desculpa para que nada mude. Quero mas não quero. Parece estranho, tão estranho como eu mesmo me sinto, mas são estas pequenas estranhezas de mim que, ao longo dos anos, consegui moldar e mudar.

 

Conheci o amor e o significado. Cruzou-se, no meu caminho, um homem que como ele mesmo me diz "nunca me deixa cair". Uma pessoa especial que me ajudou e ajuda, continuamente, a mudar e a querer ser melhor. O amor, mais do que palavras, são os gestos que realizamos para com o outro. Sinto, por este M., um amor profundo e uma gratidão enorme por me fazer acreditar que posso ser melhor, por me incentivar a nunca desistir de escrever e lutar, por me devolver a esperança de que o amor é muito mais do que aquela estranho e violento romance que um dia vivi. Não sei o que o amanhã nos reserva mas, no hoje, sinto que o quero para todo o sempre e que sem ele me "afundaria". Encontrei quem nunca julguei possível encontrar... sou, no amor, uma feliz e apaixonada sortuda.

 

Cinco anos de leituras. Quando o blogue nasceu, um dos meus objectivos, era escrever sobre livros. Precisava, tal como desabafar o que sinto, de partilhar as minhas experiências literárias.  Não considero Um Mar de Pensamentos como um blogue de cariz literário é, na sua essência, um diário pessoal com um grande foco nos livros. Os livros, como a escrita, possuem em papel essência e fundamental em mim. Posso passar dias sem ler, mas não consigo passar meses sem tocar num livro. Preciso de ler como preciso de ar para respirar... ou talvez seja exagero da minha parte, mas é-me fundamental ler, independentemente do tempo que demore a ler um livro. A maior conquista que este blogue teve foi, para mim, está...

 

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... porque se trata de um dos livros mais bonitos que li na minha vida. Quando nasceu, jamais sonhei que este blogue conquistasse tal privilégio e tão pouco com ele alcançasse uma oferta literária... obviamente que, se mais do género surgirem, não me negarei a elas: porque livros são sempre muito bem-vindos e nunca são suficientes para mim.

 

A nível profissional sinto que estes cinco anos foram feitos de altos e baixos. Passei quase dois anos em busca de trabalho na minha área de formação sem nunca o conseguir. Não sei se foram as minhas carências profissionais, falhas pessoais ou eu não saber para que lado me guiar ou, ainda uma conjugação de tudo e pouca sorte, mas por mais que tentasse, e continue a tentar, parece que todos os esforços me escapam pelos dedos. Trabalhei dois anos como operadora de loja, tendo integrado os quadros da empresa, e embora eu gostasse do que fazia, sentia que desperdiçava tempo e energias em algo no qual eu não me conseguia imaginar muito tempo. A conjugação de coisas negativas que aconteceram no mesmo ditaram que mudasse de emprego. Inicialmente, parecia um emprego bom e estimulante mas, depressa percebi que se misturam ingredientes de solidão, rotina e longas horas de automóvel que, novamente, me reacendeu a chama pela busca de um novo trabalho. Não sei se este ano será o ano em que, por fim, encontro o "tal emprego" mas é mais um ano de busca e procura...

 

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Um Mar de Pensamentos assistiu a tantas mudanças que, enumeradas, deixariam este post demasiado repetitivo, cansativo e longo. Este é o meu espaço, uma espécie de filho para cuidar e mimar, um mar de escritas, livros, sonhos, conquistas e fracassos. Não sei quantos anos durará, nem as conquistas que alcançarei ou que o espaço alcançará. Não sei quantos posts escreverei sobre desilusões, magoas ou fracassos, nem tão pouco quantos serão os textos sobre livros, trabalho, família, amizade e amor. Não sei quantos me seguem desse lado do ecrã e a quanto mais chegarei ou perderei. Sei, unicamente, que quero continuar a escrever enquanto a vida e o destino me deixarem, quero que este Um Mar de Pensamentos viva mais cinco anos, dez ou vinte, o tempo que acreditemos que deverá viver. Não serei nem tão pouco ambiciono ser A Pipoca Mais Doce ou A Melhor Amiga da Barbie ou se algum dia deixarei, simplesmente, sobre o manto do anonimato mas, serei sempre a M* ou a Maria - que é, de facto o meu nome e do qual poucas pessoas conhecem o rosto - do blogue Um Mar de Pensamentos.

 

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2.

 

Era uma manhã de sábado, no meio de mil e um sentimentos de uma vida, nasce um blogue. O primeiro post é publicado às 13h25, depois de um passeio junto ao mar - recordo-me bem -, os passos seguintes são pequenos e indecisos. O blogue, este blogue, tenho-o dito várias vezes, nasceu num momento de mudança negativa da minha vida, dos medos e receios, num turbilhão de mil sentimentos. Precisava de encontrar um pouco de paz, de conforto, de esperança... escrever e desabafar o que me ia na alma. Escrever sempre teve um efeito calmante e foi numa tempestade de pensamentos que nasceu a M* e Um Mar de Pensamentos

 

Era uma manhã de sábado igual às demais manhãs, cismava nos mesmos pensamentos negativos, precisava de mudar. Sou repetitiva. Já o mencionei mais do que uma vez no passado, mas não me canso de referir que estava longe de imaginar tudo o que de bom escrever me daria. Um espaço onde nascem amizades, onde me sinto acarinhada, onde partilho uma das maiores e mais importantes paixões. Renasci nas palavras, nos gestos de carinho, nas amizade que crescem, nas partilhas de pedaços de vida.

 

Era uma manhã de sábado e hoje, dois anos depois, apesar dos altos e baixos do blogue e da minha vida, permaneço aqui, num espaço que me faz feliz...

 

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4 de Janeiro de 2014, 13h25: uma data especial.

Um ano,

aqui o estaminé celebrou ontem o primeiro aniversário.

 

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Escrever não é fácil. Para nós ou para os outros, nem sempre é fácil encontrar as palavras ou simplesmente ter vontade. Escrever, seja porque motivo for, não é simples. Às vezes bloqueio com o título ou numa palavra no decorrer do texto, dou voltas e voltas, acabo por desistir. Outras, vinte e quatro horas não chegam para tudo o que quero fazer - como ontem.

 

Escrevo à um ano, parece tão pouco, parece que foi ontem e, trezentos e sessenta e cinco dias depois, aqui estou eu, novamente... julguei que nem aguentasse os primeiros seis meses. Somos uns bebés, eu e o blog, nos passos na escrita, a viver um dia de cada vez.

 

Quando me aventurei, no dia de ontem de 2014 (propositadamente escrito), numa espécie de resolução/desejo de novo ano, estava longe de imaginar tudo o que de bom iria receber - e, sobre isto, escrevi aqui e aqui (mas não só). No presente, noto que perderia mais em deixar a escrita... acho que aprendi a não viver sem a escrita.

 

O meu blog pessoal de mim celebrou o seu primeiro aniversário. Escrevo o que me apetece. Amor, amizade, trabalho, sonhos, família, roupa, saudades, lutas, banalidades, curiosidades, pensamentos, partilhas, livros, solidão Uma espécie de diário. E, assim será. No dia em que sentir obrigação em escrever, apesar do que anteriormente escrevi, desisto. Não sou boa com obrigações. Para isso já basta o dia-a-dia. Um dia após dia e, quem sabe, no próximo ano voltamos a festejar...

 

Para terminar, antes que me torne uma chata repetitiva, uma última mensagem,

 

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um enorme obrigada pela amizade, mimos e palavras.

 

 

 

 

(aquele M ali ao lado, um miminho da Magda e da Sofia que, e podem-me bater, me faltaram as palavras para agradecer... na verdade, acho que nunca as tive) 

Ano novo, vida nova.

 

 

Diz o ditado que o início de um novo ano, significa o início de uma nova vida. Embora eu não acredite nisto, a verdade é que, o quarto dia de 2014 trouxe-me o renascer de algo que sempre me deu prazer: escrever. Ok, não é culpa do novo ano. Já tinha pensado em escrever um blogue, onde pudesse desabafar e escrever o que me vai na alma. 

Faltava-me a vontade, o que escrever... e, até, um nome. A verdade é que não tenho muito para escrever sobre mim: nos últimos meses, sobre a minha vida à pouco a contar. No entanto, tenho tantos pensamentos para desabar e não tenho com quem ou onde. Guardo-os na alma, mas preciso de os partilhar com alguém... um mar de pensamentos sobre mim, sobre os outros, sobre tudo e sobre nada.