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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Presentemente,

sou a única pessoa na família que não namora. E, se aos irmãos juntarmos alguns primos próximos entre os dezassete e os trinta anos então, a conclusão é ainda preocupante: sou mais velha e a solteirona de um grupo com oito a nove pessoas. 

 

Para mim isto não é problema nem incomodo. Admito que, no intimo e em alguns dias é um problema, naqueles em que me sinto mais sozinha mas, maioritariamente, nem penso muito no tema (ok, escrevo por aqui mas, nem é assim tão frequente). Na verdade, para os demais, ser-se solteira aos vinte e seis anos parece ser mais dramático e deprimente do que para mim mesma. Diz-se que, se nesta idade não aproveito a vida para namorar, não sabem quando o irei fazer... como se, namorar tivesse algum limite de idades. Esta e outras ideias são bastante recorrentes quando o tema de conversa é o meu estado civil e, porém, a mim preocupa-me mais o estado profissional... e, se por ventura eu mencionar que gosto de estar assim, solteira, ou por simples opção, alguma alma dirá que minto! 

 

Bom, adiante...

 

A minha irmã mais nova namora, o meu irmão começou a namorar à uns meses, um primo de vinte anos namora à quase dois anos, outro que vai a caminho de um ano e outra que parece andar a namorisca, entre o vai e não vai. Portanto, tendo em conta o meu estado actual, todos tentam dar o seu ar de graça falando de um amigo ou de um vizinho que é solteiro e bom rapaz. Com os meus primos, as bocas passam-me ao lado, o problema é com os irmãos: já pensaste no T.? agora esta solteiro e é simpático! ou o T. é precisamente o namorado ideal para ti: faz tudo o que tu queres sem levantar muitos problemas! ou, ainda, o T. trabalha e ganha bem!... o disco repete-se a qualquer hora do dia e, só com dois berros é que se calam (ok, posso estar a exagerar um bocadinho... mas só um pouco!). Sim, ele é de facto giro e engraçado e, provavelmente, daria um bom namorado (embora ele seja, como se costuma dizer, bom demais para mim) mas, não me apetece um namoro arranjado. (epah, que esquisita!) A ideia de alterar o meu estado civil parece ser tão importante para eles que, aparentemente, já mandaram umas boquinhas junto do moço... mas, pelo que entendi, não achou grande piada (é bem feita!).

 

Aparentemente para os demais, é crime estar solteira com esta idade (qual desgraça!). Preocupam-se mais do que eu mesma. Ok, é claro que eu não me importaria de estar com alguém... acredito que ninguém quer passar a vida sozinho e, a mim, a solidão assusta-me mais do que imaginam. Mas, apesar disso, a verdade é que, neste momento, nem é o que mais me preocupa. Aliás, aos demais e independentemente da idade, o estado civil de alguém parece fazer muita comichão. Expliquem-me lá, qual o problema de ser uma solteirona de vinte e seis anos... e, não vou escrever muito sobre o facto de ser gordinha e de frases constante como se não emagreceres é normal que não encontres ninguém blablabla (isto é, gordinhos não podem namorar)... mais um aspecto em que, o alheio parece preocupar-se mais.

 

Desconfio que, muitos dos que falam sobre os estados civis alheios se esqueceram que, antes, bem antes de se envolverem com alguém, também estiveram solteiros... ou, como costumo dizer, as vossas relações andam assim tão aborrecidas para desejarem tratar do meu estado civil?

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