O eu amoroso (ou o meu eu dramático).
Um breve resumo de mim e do meu eu amoroso... ou do meu eu excessivamente dramático.
Uma idiota. Sou uma idiota que se derrete com o sorriso e palavras que julgo serem sincero. Sou uma palerma. Uma palerma que acredita um dia encontrar o príncipe. E, sou uma burra. Uma burra que crê no amor eterno e verdadeiro. Escondo-me ou tento esconder-me por detrás de uma máscara de durona, antipática, fechada em si mesma ou do simples mau feitio que julgo ter. Descobrem a minha farsa. Não sou aquilo que tento disfarçar. Não sou boa a mentir, nunca sei mentir sobre mim. Procuro esconder as fragilidades e, por mais que tente, não o consigo. Não sei como esconder. Ou elas não se deixam esconder por mim.
Sou uma idiota, palerma, burra e este é o retrato da minha vida. Digo, aos sete ventos, que não acredito no amor eterno e verdadeiro, mas desejo intensamente viver um. Digo, aos gritos, que não acredito em príncipes e histórias de amor, mas morro de medo de viver na solidão, de não encontrar o meu. Digo, e repito, que não me convêm-se com palavras bonitas, mas deixo-me enganar nas primeiras palavras, nos primeiros sorrisos. Sou contraditória que, na verdade, não sabe bem o que quer...
Faço de mim uma farsa. Tento mostrar o que não sou e rapidamente me denuncio. Talvez seja por isso tão fácil conquistar o idiota do coração... esse palerma que me deixa sempre a sofrer. Talvez por isso é que a vida (o destino ou seja lá o que for) me castiga... por fazer de mim uma mentira e por tão facilmente me deixar enganar.
* (e, tudo isto porque relembrei memórias de um passado não distante)