Medo, ansiedade e fracasso.
Eu sabia que, ao abandonar o conforto de um trabalho que conhecia bem e no qual já me encontrava nos quadros da empresa, estaria a arriscar mais do que um simples trabalho. Quando, no início deste ano, decidi abraçar um novo desafio, cansada e desiludida do anterior, na esperança de que este novo me desafiasse a lutar por mais ou, quem sabe, a abrir novas possibilidades de crescimento na minha área de formação, sabia que tudo podia correr bem ou tudo podia correr mal. O correr mal significaria o crescer de ansiedade, o medo de fracassar e o cair no zero, no desemprego ou, o correr bem e com tudo o que ele me poderia trazer. Porém, a verdade é que contrariamente àquilo que julgava, as coisas não correram tão bem como eu acreditava e a falha que cometi pode levar-me ao que mais temia mais cedo do que imaginava: o desemprego.
Eu sabia que, ao mudar-me, poderia hipotecar por algum tempo outros planos... o desemprego e aqueles planos que eu tanto queria para um futuro breve. O crescer de ansiedade e o medo de constantemente falhar, o adiar de planos e o não saber o que me irá acontecer agora que cheguei aos trinta anos. Sofro por antecipação e é aquela velha história do acreditar que, o tempo passa e a vida me escapa por entre os dedos.