Filme | O Menino de Cabul
Foi, por mero acaso que, ao entrar no warestuga, um comentário me despertou a atenção. Nem sou pessoa de dar atenção aos comentários que aparecem na página principal mas, ontem e vá-se lá saber o que me deu, decidi que iria seguir os comentários até encontrar um filme do meu agrado. Não precisei de muito, bastou-me aquele, apenas um me cativou e assim, sem esperar, terminei o dia dos Namorados com a adaptação de um dos meus livros favoritos,
O primeiro romance do escritor afegão-americano Khaled Hosseini, O Menino de Cabul, publicado em dois mil e três, é um dos meus preferidos - e, sobre o livro, falei aqui. Mais do que o valor e importância da amizade, o livro de Hosseini é uma lição de amor, lealdade e perdão. Uma história comovente e sensível sobre duas crianças, de classes sociais distintas, num Afeganistão em mudança.
Poucas são as adaptações que se conseguem manter o mais fiel possível ao livro. Adaptado para às salas de cinema, pelas mãos do cineasta Marc Forster, em dois mil e sete, O Menino de Cabul captou a essência do livro, embora esteja longe de ser a melhor adaptação. Os actores não são os melhores, bem como a caracterização de duas das personagens, assim como todo o resto, como a montagem e os vários cortes ao livro. Mas, nem tudo é mau. O filme captou a essência do livro, mostrando o valor da amizade; as crianças que deram vida a Amir e Hassan foram excelentes; preocupação com os diálogos; e, os cenários são fantásticos.
Um livro é diferente de um filme. O Menino de Cabul merecia uma melhor adaptação mas, ainda assim, é um filme que vale a pena ver. Para quem já leu o livro de Hosseini, apesar dos aspectos negativos, é um filme que recomendo, afeiçoando-nos ainda mais à história de Amir e Hassan e tornando-os, livro e filme, inesquecíveis. Para quem ainda não leu, primeiro o livro... ou correm o risco de perder detalhes importantes à história.
O Menino de Cabul vale a pena conhecer...
* (uma nota final parva: achei este actor muito atraente)