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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Faz-me uma enorme confusão quando,

independentemente das idades, uma mãe ou um pai tratam os filhos por 'você' (e vice-versa). 

Quando oiço um pai ou uma mãe referirem-se a um filho ou filha por 'você isto ou você aquilo' fico com a sensação de que se tratam de pessoas desconhecidas entre si, sem qualquer afinidade. É uma forma de educação mas, para mim, é agressiva, quase como que impondo distância entre elementos que deveriam ser unidas. 

Cresci a tratar os meus pais por 'tu', por papá e mamã, entre brincadeiras mas, sempre, com respeito. A tratar os mais velhos, os familiares mais afastados ou os desconhecidos por 'você'. Por isso, por muito que tente, acho agressivo assistir a esta forma de tratamento, inclusive entre irmãos. Cresci a andar ao murro e aos nomes feios com os meus irmãos e, como é visível por quem nos conhece, somos muito unidos: quando um está mal, os outros apoiam. Não ficamos traumatizados nem deixamos de falar por isso, temos os nossos feitios e, mesmo com idade para ter juízo, ainda andamos ao murro e aos nomes. 

A minha família não é um exemplo de perfeição, temos os nossos defeitos, ainda assim, tratar os meus pais e irmãos por 'tu' parece-me uma forma mais carinhosa e de afinidade do que por 'você'.