Dia Seis. Livro(s) que leste mais vezes.
Confesso: não tenho por hábito reler livros. O vício da leitura, de ler com regularidade, cresceu nos últimos dois ou três anos. Nos anos anteriores, entre a licenciatura e o mestrado, a necessidade de leitura ficou guardado numa espécie de caixa, na mesma onde guardo as coisas mais importantes. Na época, os textos e livros académicos eram mais do que suficientes para "matar" um pouco o meu desejo de leitura, o chamado ler por necessidade. Ainda assim, volta e meia sentia necessidade de ler por prazer e, tendo sempre o dinheiro contado, procurei reler alguns livros, sendo eles,
Para A Minha Irmã
Jodi Picoult
Li-o umas duas vezes. Vi a adaptação para cinema umas três vezes. Definitivamente, depois de ler cinco livros de Picoult este, é de longe, o meu preferido desta escritora norte-americana. Primeira leitura em 2010.
Memorial do Covento
José Saramago
Uma vez que, tratando-se de leitura obrigatória no ensino secundário e tinha pequenos testes semanais sobre os capítulos, reli-os várias vezes na ânsia de não perder pequenos detalhes. Lido em 2006.
Os Retornados: Um Amor Nunca Se Esquece
Júlio Magalhães
Li-o duas vezes. Não me recordo ao certo porque motivo o comprei... talvez pelo tema, talvez pelo título, talvez pelo nome de quem o escreveu. Mas, o que é certo é que gostei imenso deste livro, de leitura leve e simples. Longe de ser um dos melhores romances de época que li, Júlio Magalhães convida-nos a conhecer, numa escrita absorvente e delicada, a dolorosa Ponte Aérea de 1974 e 1975, entre Angola e Portugal. Joana, a protagonista desta história, tinha tudo para ser uma advogada promissora mas, o sonho vira realidade e, a jovem torna-se naquilo que sempre quis ser: hospedeira de voo. É, num voo sobrelotado, que o destino de Joana se cruza com o de Carlos Jorge, um homem perturbado pelo retorno forçado a Portugal. Através do olhar de Joana e Carlos, conhecemos o drama de dois países: de um lado, Angola, a braços com movimentos independentistas que semeavam a morte e a guerra, do outro, Portugal, onde a revolução de Abril de 1975 produzia mudanças e consequências. E, é neste espiral de mudança que, os retornados da maior Ponte Aérea portuguesa abandonam casa, empregos e amigos. Lido em 2012.
O Principezinho
Antoine de Saint-Exupéry
Não me recordo em que ano o li mas, relembro-me de o ter lido e relido com a minha irmã mais nova. Uma história intemporal, verdadeiramente encantadora e inesquecível.
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O desafio literário foi-me sugerido pela Magda. A ideia é, durante quarenta e cinco dias, todos os dias, à mesma hora, falar-se sobre livros, respondendo às questões sobre o universo dos livros. O objectivo do desafio é simples: se por um lado, consiste numa de gostos e experiências sob o mundo dos livros, por outro, este desafio leva-nos-à a pensar e a reflectir sobre os livros que já lemos. Iniciado a 1 de Maio de 2015 e durante 45 dias, neste blog, falar-se-à maioritariamente de livro. Não se esqueçam de visitar a Magda e conhecer as suas escolhas literárias.