Conversas entre irmãos.
Por falar em conduzir, contei ao meu irmão que, ontem, ao final do dia, meti-me no ovo kinder, juntamente com a minha irmã, aventurando-nos no meio das aldeias, por caminhos apertados, estranhos e recheados de buracos. Expliquei-lhe que, embora não tenha apanhado nenhum susto ou trânsito, constantemente imaginava o momento em que outro carro me aparece-se e eu, assustada, fosse espetar o ovo kinder contra um muro, numa valeta ou no meio do monte. Ele, que é simplesmente um amor de irmão, responde-me,
- E depois? O ovo kinder têm seguro contra todos os riscos.
Ah! É sempre útil saber. Já o posso espetar contra o primeiro muro! Mas, porque não me quis ficar, perguntei-lhe,
- Olha lá, o ovo kinder pode ter seguro mas, nós podemos ir parar ao hospital! Que raio de irmão que fomos arranjar!
- E? São vocês as duas. É da maneira que deixo de vos aturar enquanto estiverem no hospital... é que vocês são cá umas chatas!
Portanto, a esta frase, responde-lhe a minha irmã,
- É bom saber, maninho. Quando fores parar ao hospital, também não te faço nenhuma visita ou, se for obrigada, ainda levas umas chapadas onde mais te doer. É só para avisar!
Pronto, é isto. Já pensamos em destruir o ovo kinder e hospitais. A conversa não se ficou por aqui, foi agressiva e feia - ainda assim, estamos todos bons de saúde e com todos os membros no sítio - mas, dá para entender a carga elevada de parvoíce que sofremos. Definitivamente, somos mesmo irmãos... ou não.