Confissões de uma bibliófila.
Confissões de uma bibliófila ou uma diversas questões sobre livros... andava, à algumas semanas, desejosa de responder a algumas perguntas sobre livros. Culpa desta ansia, comecei a seguir alguns youtubers, portugueses e brasileiros, amantes de livros e, foi por lá que acabei a tropeçar nesta divertida tag. É, no fundo, uma outra forma distinta de dar conhecer mais um pouco de mim e da minha paixão pelos livros... ora, depois deste blablabla inicial, iniciemos as confissões.
1. Qual o género literário de que te manténs longe?
Géneros literários de policiais, de terror (se nem em filmes me cativam), do fantástico ou futurista. Não sou apreciadora de nenhum destes géneros literários, não me atraem, não me cativam. Já li, porém, alguns romances do género policial e, embora na altura tenha gostado, não me incentivou a ler policiais, ou seja, o puro policial.
2. Qual é o livro da tua estante que tens vergonha de ainda não teres lido?
Saga A Guerra dos Tronos. Li o primeiro volume mas não li os restantes livros, embora tenha quase todos os livros, tanto em tamanho normal como em tamanho de bolso - faltam-me uns dois ou três. Não é verdadeiramente vergonha. Sou fã da série e completamente viciada nela e apesar de eu saber que os livros são mil vezes superiores a qualquer série ou filme, a verdade é que não consigo deixar de associar as imagens da série a cada passagem do livro. Portanto, torna-se uma leitura estranha, em que não consigo desligar a série. Optei, por isso, por deixar que a série termine e, quem sabe, com o passar dos anos, me dedique a ler a saga de George R. R. Martin.
3. Qual é o teu pior hábito enquanto leitora?
O meu pior hábito enquanto leitora é, sem dúvida, a mania - que procuro alterar - de fazer pequenas dobras nos cantos das páginas para assinalar alguma frase importante. Por vezes não tenho um papel ou um lápis à mão e, quando isto falta, o livro é quem fica marcado. Não considero que escrever notas ou sublinhar frases seja um mau hábito de leitora... pelo contrário. Para mim, tais gestos demonstram dedicação e atenção ao livro e à leitura, umas vez que ao fazê-lo demonstramos vontade em não deixar cair no esquecimento algo, bem como amor a eles.
Outro hábito que pode ser considerado um péssimo tratamento aos livros é que eu, faça sol, vento ou chuva, ando sempre (sempre, sempre, sempre) com um livro... quando não cabe na mala, levo-o no braço, sem qualquer género de protecção. É para mim um péssimo hábito porque, mesmo na mala, o livro não tem capa e, portanto, sujeita-se às canetas e outras tralhas; no caso do braço, embora se mantenha mais seguro, a verdade é que se sujeita ao vento e à chuva. Nunca me aconteceu, felizmente, nenhuma desgraça aos livros mas precisamente para evitar surpressas, equaciono comprar uma capa de livros para os proteger.
4. Costumas ler a sinopse antes de ler o livro?
Quase sempre. No geral, leio sempre a sinopse, exceptuando autores que eu já conheça e por quem tenha amor declarado, como Lesley Pearse, Jodi Picoult, Carlos Ruiz Zafón, José Saramago ou Isabel Stilwell. Porém, aos autores que desconheço ou de quem li dois livros e torci o nariz, opto sempre por ler. Neste último caso, é exemplo a espanhola Julia Navarro. Li dois livros dela (Dispara, eu já estou morto e Diz-me quem sou), não torci o nariz, adorei-os mas, considero-a uma escritora pesada em termos de narrativa, envolvendo diversos conteúdos históricos do século XX e, embora reconheça que dificilmente não virá morar em minha casa, procuro sempre ler a sinopse dos seus livros.
5. Qual é o livro mais caro da tua estante?
Não me recordo, para dizer a verdade, qual o livro mais caro da minha estante. Julgo que será o de Isabel Stilwell, o D. Maria II, que na altura me custou aproximadamente vinte euros (os livros dela, no geral, são bastante caros), bem como O Jogo do Anjo, de Carlos Ruiz Zafón. Foram livros comprados na era antes de descobrir as vendas online de livros em segunda mão... uma era distante que dificilmente retomarei.
6. Compras livros usados?
Não compro livros em segunda mão... eu, simplesmente, AMO livros em segunda mão. Grande parte dos meus livros foram adquiridos em segunda mão, através de compras em grupos no facebook. Adoro-os e tenho, inclusive, alguns compradores preferidos. A grande maioria dos livros chega às minhas mãos muito bem embalados e em excelente estado - tal como indicado pelos vendedores -, por vezes, em melhor estado do que comprados na wook ou numa livraria física. Recentemente comprei e apenas para dar o exemplo, por dez euros, o livro Travessuras da Menina Má de Mario Vargas Llosa, que custa na note.it uns dezoito euros, em excelentes condições (apenas um pouco machucado na capa do livro), enquanto que nesta loja, apesar do preço, o livro apresentava várias amolgadelas e dobras nos cantos.
7. Qual é a tua livraria, loja física, preferida?
Note.it, definitivamente. Regularmente encontro excelentes promoções, os livros em estado bom e quase nunca abandono a loja sem trazer um ou dois novos livros, portanto, adoro-a. Uma ou outra vez, visito a bertrand e faço lá as minhas compras, embora muito esporadicamente, quando não encontro o livro na note.it ou porque decorre uma campanha que considere fabulosa ou, por fim, porque quero oferecer um livro. A bertrand é uma excelente livraria porém, se tivermos em conta que os livros em Portugal são, já por si, caros e que na bertrand os mesmos são, em média, dois euros mais caros do que na note.it... ou seja, para uma apaixonada por livros, torna-se insustentável a compra na bertrand.
8. Qual é a tua livraria online preferida?
Wook e bibliofeira excluindo, naturalmente e evidentemente, o facebook e os seus grupos de venda. O primeiro porque, volta e meia, lança campanhas fabulosas e irresistíveis. O funcionamento da wook, embora estranho, visto que tudo se processa através da internet, sem outra forma de contacto, realiza-se maravilhosamente bem. Não encontro, até à data, defeitos a apontar à wook: e, quando no passado reclamei por atraso de um livro e respectiva encomenda, rapidamente resolveram a questão.
A bibliofeira é uma livraria, espécie de feira do livro, onde qualquer pessoa pode vender ou comprar livros, seja como novos ou em segunda mão. É recente a minha experiência com a bibliofeira mas, até hoje, das compras que realizei por lá, não tive qualquer queixa.
Outra livraria cuja experiência é bastante recente, realizei apenas uma encomenda por lá, é a fnac. Nunca gostei muito da organização e estética do site, não me entendia com o funcionamento do mesmo. Porém, alguns meses atrás, optei por aventurar-me e adquiri dois livros clássicos, numa campanha promocional e, a verdade é que achei fabuloso: os livros chegaram rápidos, muito bem embalados e acondicionados (neste aspecto, a wook precisa de aprender qualquer coisa com a fnac)... certamente uma experiência a repetir.
9. Tens um orçamento (mensal) para comprar livros?
Não tenho um orçamento mensal para livros. O meu orçamento é simples: se tenho dinheiro, compro e se não tiver dinheiro, não compro. Como costumo dizer quem não tem dinheiro, não tem vícios. Como não tenho muito dinheiro, visto estar desempregada, procuro equilibrar, embora nem sempre o consiga, confesso, a balança entre o vício dos livros e as minhas necessidades do dia-a-dia.
Deveria, uma vez chegada à última questão, nomear outros bloggers para responder à tag. Porém, optei por alterar a última questão deixando, a quem quiser, a liberdade de roubar a tag e colocando a seguinte questão,
10. Dos livros que já leste em 2015, qual o teu top cinco de melhores leituras:
Os cinco melhores livros que li em 2015 foram e sem qualquer ordem de preferência, foram:
O Menino de Cabul de Khaled Hosseini (opinião aqui)
Nunca Me Esqueças de Lesley Pearse (opinião aqui)
A Menina Que Fazia Nevar de Grace McCleen (opinião aqui)
O Monte dos Vendavais de Emily Brontë (opinião aqui)
E, por fim, uma das minhas leituras mais recentes e cuja opinião prometo, em breve, escrever... A Bibliotecária de Auschwitz de Antonio Iturbe.