Confesso-me. Confesso-te.
Tenho medo que não sejas mais do que um sonho. Um amor belo que desejei, sonhei, desenhei. O simples desejo de ti e de ti necessitar. Não existes, bem sei e culpo-me por alimentar o sonho do oposto. Afinal, quem serias tu? Quem seriamos nós? Quiçá, a culpa resida em mim, na necessidade de mergulhar no desejo de te ter, na minha carência... e, porque não aprendi a ser só, jamais existiremos.
Não te procuro mais, não te desejo mais, não te sonho mais. E, porém, é-me impossível. Provavelmente, afastando os nossos caminhos, continuarei a escrever-te... até ao dia em que os nossos caminhos se entrelacem e nos fundamos num abraço.
Porque existem amores que nos devolvem, nos valorizam, nos ensinam e nos amam... preciso de ti.
Confesso-me. Confesso-te.
Demoras muito?