A caixa de ti.
Mergulhei em ti, em nós, nas memórias de um ano em comum quando, sem relembrar o que continha naquela velha caixa, tropecei nela. E, no tão pouco tempo que fomos nós, recordei o significado de cada pequena coisa tua. Uma carta, um pedaço de papel, um peluche, um bilhete para um festival, momentos de outrora, provas de um passado que não deveria ter vivido. A caixa, recheada de mil e um sentimentos, relembrou-me o motivo porque te guardei. Guardamos pequenos nadas pelo significado de quem, um dia, tanto amamos. E, depois, quando as coisas não são para ser, quando o caminho de ambos não se faz lado a lado? Existem duas hipóteses: ou destruímos tudo ou guardamos. Resolvi guardar-te. Não por te amar mas, para jamais esquecer do que me obrigaste a viver, do que não quero novamente viver, do que não quero para mim.