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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Uma Paixão Chamada Livros, 36/40.

Dia Trinta e Seis

 

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Frases típicas que escutas enquanto leitor...        

 

Escrevi, em tempos, um post sobre as frases típicas que escutava enquanto leitora. Recupero os onze mitos associados a quem lê... e que eu escuto com frequência,

 

  Jornalistas. Com tantos livros que lês, certamente que darias uma bela jornalista...

Esqueçam. Não nasci com o dom da escrita. Gosto de escrever mas, sei bem que estou longe de ter um qualquer dom para a escrita. O facto de adorar ler não significa que eu realmente me tornasse uma bom jornalista. É o mesmo que admitir que qualquer mulher dará uma boa mãe -só porque é mulher e há a tal ideia da sensibilidade materna - ou que qualquer bom condutor passou ao lado de uma grande carreira como piloto de fórmula um. Simplesmente, é uma ideia parva. E, além do mais, eu e as línguas nunca fomos as melhores amigas... embora, admita que me passou pela ideia ser jornalista mas, não por adorar ler.

 

   Vocabulário. Oh, a usar palavras caras? É dos livros que lê...

Certamente e, no decorrer de uma conversa sobre qualquer coisa que não me recordo o tema, usei a palavra obviamente. A palavra nada têm de extraordinário e escapou-me no decorrer da conversa. A pessoa que a escutou assumiu que, era graças aos livros que a conhecia (oh deus! oh deus!). Okey. Os livros dão-nos acesso a conhecimentos variados que, inevitavelmente, se traduz na forma como falamos. Mas, a verdade é que, por mais que tente usar palavras caras, jamais o consigo. Aliás, no que toca a falar, por mais livros que leia, serei sempre a que atenta contra a língua de Camões e atropela as palavras... sobretudo, se estiver nervosa. Pronto. Não sou boa a falar, prefiro escrever. E, tudo isto, não me faz nem pior nem melhor leitora.

 

   Memórias. Tu consegues lembrar-te de todas as histórias que já lestes?

Infelizmente, não... eis a dura realidade. Por mais que eu queira, com o tempo, é inevitável que me comece a esquecer de histórias e personagens, pequenos detalhes que fazem a diferença. É o mal de quem adora ler. Relembro a história por alto ou pego nos livros para reavivar a memória mas, a verdade é que, o restante acaba por se escapar... infelizmente. 

 

   Novos livros. Mais livros? Mas tu consegues ler esses livros todos?!

É, provavelmente, a frase que mais escuto da minha mãe. A chegada de novos livros a casa é recebida com gritos histéricos da senhora minha mãe que, por mais que lhe tente explicar, com calma e paciência, não compreende a minha necessidade de adquirir novos livros. Para um leitor, quantos mais livros tiver, melhor! Nada me sabe tão bem como um novo livro e saber que, quando terminar um e apesar da escolha complexa, terei outros para escolher.

 

   Velhos livros. É impossível que tu já tenhas lido todos aqueles livros que estão na estante! Não acredito!

Obviamente que não... alguns ainda não receberam a minha atenção e aguardam pacientemente pela vez! É isto que digo, regularmente à minha mãe quando me pergunta se todos os livros que tenho na estante já foram lidos. Tenho uma prateleira reservada aos livros por ler e, logicamente, que esses são os únicos que ainda não li. Os restantes, por mais estranho que lhe pareça, já foram lidos.

 

   Livros. Estes livros são todos teus, Maria?

Não, alguns roubei à minha vizinha, outros ao Papa e alguns à Rainha espanhola... claro que são meus! Não tenho muitos, aproximadamente cento e cinquenta, para quem contempla a minha pequena estante, parecem muitos. E, claro, esta frase remete-nos a outras...

 

   Tempo. Como é que tu consegues arranjar tanto tempo para ler? Eu não tenho tempo nenhum!

Neste momento e, apesar de ajudar o meu pai com o estabelecimento comercial dele, a verdade é que estou desempregada. Tento gerir o meu tempo livre que, não é muito, visto que passo quase toda a tarde na loja. Por isso, ou leio durante a manhã (quando não me apetece escrever no blog) ou à noite, um ou dois capítulos. E, mesmo que tivesse a trabalhar, creio que seria isso que procuraria fazer... ler um ou três capítulos por dia. Só não lê quem, no fundo, realmente não quer. E, mesmo com crianças, certamente que se arranja tempo para uns capítulos... Existe sempre tempo... nem que seja enquanto esperamos pela consulta do dentista ou pelas crianças à porta da escola.

 

   Dinheiro. Como é que tu compras tantos livros? Eles são caros!

Livros cujo valor seja inferior a dez euros, em segunda mão e através de grupos de facebook (ou olx e afins). Campanhas com 50% de desconto ou semelhantes. Trocas. Feiras de livros. Enfim, as opções são várias... basta escolher! E, claro, gestão do dinheiro - estou desempregada, portanto, muitas vezes quem paga os meus livros são os meus pais logo, há que saber gerir...

 

   Livros grossos. Mas tu consegues ler esse livro tão grande?

O livro Diz-me Quem Sou de Julia Navarro conta com mais de mil páginas e, por ser a minha actual leitura, faço-me acompanhar dele sempre, apesar da grossura e tamanho. Por isso, quando uma cliente me viu entrar na loja do meu pai com o livro na mão, perguntou-me como era capaz de ler algo daquele tamanho... ora, é simples, da mesma maneira que se lê um livro de quatrocentas páginas. O importante é que o livro realmente me cative. Ou, será que julgam que me iria dar ao trabalho de andar com um calhamaço como este só porque sim?!

 

   Conhecimentos. Ah! Essas coisas todas sabes porque as lês dos livros...

No final de uma discussão sobre a violência na era de Salazar, dizia eu que apesar de ela existir, obviamente que não era divulgada, havia a censura e Salazar não queria mostrar um país inseguro. Ora, a senhora não vai de modos e, diz-me, depois de reflectir na minha opinião, tu sabes isso tudo porque lês dos livros. Por acaso, li pouco sobre Portugal na era de Salazar mas, gente, pasmem-se, antes dos livros, andei na escola! Completei todos os graus de ensino e ingressei o ensino superior portanto, embora os livros contribuam bastante para conhecer novas histórias e eras, a verdade é que existem coisas que se aprendem para lá dos livros... E, depois, não é preciso ler nem ter vivido na época de Salazar para compreender que a violência existia mas, a comunicação social era censurada para não a mostrar... basta somente conhecer um pouco da história de Portugal!

 

   Título/Capa. Mas que raio de título é esse? E que capa mais pirosa!

A eterna avaliação de um livro pela capa ou título... oh que lamechas, oh que parece-me ser um livro interessante, oh que livro com título parvo. E, quando tal avaliação serve para avaliar quem lê? Um romance pimba? És uma romântica parva... Um livro histórico? És uma seca... Um livro erótico? Deves ser fresca, deves... (enquanto me olham com cara de idiotas) Sim, isto acontece. E é chato. Dá vontade de perder o amor aos livros e atirar com o livro à cabeça da pessoa. Não deixo de ler um livro onde quero e me dá na telha mas, às vezes, admito que tenho vontade de arranjar uma daquelas capas para livros e esconder o que ando a ler... evito olhares. 

 

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O desafio Uma Paixão Chamada Livros consiste em responder a quarenta questões sobre, tal como o título indica, livros. O desafio começa no dia 1 de Fevereiro, decorrerá nos dias úteis, sendo publicado às 15 horas. 

 

O amor pelos livros e pela leitura é partilhado nos blogues Magda PaisNathyJust SmileThe Daily MiacisMulaMiss FMarcianoAlexandraJPDrama QueenFatia MorCMAna RitaMJTeaCarla B.Neurótika WebbNoqeCaracolMorena e As Minhas Quixotadas onde podem consultar as suas escolhas literárias.  

 

 

Uma Paixão Chamada Livros, 35/40.

Dia Trinta e Cinco

 

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Pior hábito enquanto leitor...

 

Confesso-me: tenho vários péssimos hábitos enquanto leitora.

 

Não significa, no entanto e com isto, que o amor que sinto e nutro pelos meus livros seja menor. A verdade é que existem hábitos que se enraízam em nós, como comer enquanto usamos o computador, e isto não faz de quem assume o hábito pior leitora... e eu, confesso, precisava de encontrar estratégias para ultrapassar um dos meus piores hábitos.

 

O primeiro é que, enquanto estou a ler e tal como o faço usando o computador, vou comendo ou bebendo. Sempre, obviamente, com cuidados acrescidos e, felizmente - e que o diabo seja surdo, cego e mudo -, nunca tive qualquer problema. A única vez em que um livro meu sofreu com líquido foi culpa de um amigo que, não dando por isso, entornou o copo de água sobe a mesa onde o livro e o meu tablet se encontravam. Ambos sobreviveram mas, instintivamente, a minha preocupação fundamental foi retirar o livro do contacto com a água, o que chocou os meus amigos porque, para eles, a minha preocupação primária deveria ser o tablet... eles, coitados, nunca compreenderam a minha paixão pela leitura.

 

O segundo mau hábito enquanto leitora é o de andar sempre com um livro na mala sem qualquer protecção. Uma ou outra ocasião, admito-o, um livro ficou sujo ou marcado mas, modo geral, é-me indispensável trazer sempre um livro na mala. É como se me falta-se algo. Bem sei que não é o mais indicado que, no mínimo, deveria ter uma capinha para os proteger mas, para mim, deixá-lo em casa também não é a solução. Procuro, no entanto, ter em atenção às canetas/batons/chaves e garrafas de água, separando as primeiras para pequenos compartimentos e, as segundas, verificando se ficaram realmente bem fechadas.

 

O pior hábito enquanto leitora é, para mim e definitivamente, o dobrar as páginas. É um péssimo hábito que adquiri à anos mas que ainda não consegui ultrapassar. Os meus livros ficam com as marcas horríveis das dobras de páginas e, embora seja péssimo, a verdade é que foram e são a única forma de marcar a página assinalando uma citação que me marcou... assim e mais tarde, uma vez que nunca tenho um lápis comigo, sublinho a citação. Tentei, mais do que uma vez, assinalar as páginas através de post-its colados às primeiras páginas do livro mas, cabeça de vento, nunca me lembro. E, por outro lado, não gosto de ser obrigada a parar uma leitura emocionante para escrever o número de uma página no post-it...

 

Sublinhar ou escrever em livros pode, para muitos, ser considerado um terrível hábito de leitura. No entanto, a meu ver, é um gesto de amor e de dedicação a um livro. É uma forma de o marcar como nosso, de identificar frases que realmente nos marcaram, de anotar algo que consideramos importante para jamais esquecer. E, talvez seja por isto que me é tão complicado ultrapassar o hábito de marcar as páginas para mais tarde sublinhar uma citação...

 

Ah, por fim, os meus livros ficam com as lombadas marcadas. Há quem considero isto um péssimo hábito mas, tal como o hábito anterior, para mim é um gesto de dedicação e entrega a um livro. A verdade é que um livro sem marcas de leitura, para mim, não é um livro lido... e os livros, mesmo quando péssimos ou abandonados a meio, merecem sempre uma oportunidade de leitura.

 

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O desafio Uma Paixão Chamada Livros consiste em responder a quarenta questões sobre, tal como o título indica, livros. O desafio começa no dia 1 de Fevereiro, decorrerá nos dias úteis, sendo publicado às 15 horas. 

 

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Uma Paixão Chamada Livros, 34/40.

Dia Trinta e Quatro

 

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 A importância da capa do livro...

 

Mentiria se escrevesse o oposto: a capa de um livro, para mim, é importante. Não sendo fundamental, a verdade é que, por vezes, uma bonita capa me seduz. Foi, mais do que eu realmente desejaria, a beleza de uma capa que me levou a ler um determinado livro. 

 

Por outro lado, embora seja um pouco contraditório, não considero que a capa seja totalmente importante na hora de escolher um livro. O relevante e o chamariz de um livro é, a meu ver, o título e a sinopse do mesmo. Por mais bela que a capa seja se, no entanto, não considerar o título e a sinopse cativantes, dificílmente comprarei determinado livro.

 

É, no fundo e por outro lado, o conteúdo e o valor da narrativa quem mais me cativam... já me deixei seduzir por capas lindíssimas mas cuja história detestei e, por oposição, li narrativas extraordinárias cuja capa considero feias e aquém da história. 

 

O Circo dos Sonhos de Erin Morgenstern foi um dos livros que me seduziu, acima de tudo, pela extraordinária beleza da capa (e, obviamente, pelo título). Porém, a beleza da capa em nada condiz com a narrativa, deixando-me profundamente desiludida. Por oposição, considero as capas dos livros Travessuras da Menina Má de Mario Vargas Llosa e Estrada da Noite de Kristin Hannah extremamente feias mas as narrativas são inesquecíveis e interessantes sendo, aliás, dois dos meus livros favoritos. 

 

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A capa é, resumindo e para mim, importante mas não um factor determinante na hora de comprar e ler um livro. 

 

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O desafio Uma Paixão Chamada Livros consiste em responder a quarenta questões sobre, tal como o título indica, livros. O desafio começa no dia 1 de Fevereiro, decorrerá nos dias úteis, sendo publicado às 15 horas. 

 

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Uma Paixão Chamada Livros, 33/40.

Dia Trinta e Três

 

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Personagem literária que não quererias encontrar num beco...

 

Rashid, personagem de Mil Sóis Resplandecentes, de Khaled Hosseini, e o inspector Fumero, personagem d' A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón. As razões são, para quem já leu os livros e acompanha este desafio, evidentes: tratam-se de personagens macabras, violentas e cruéis. Personagens desprovidas de sentimentos...

 

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O desafio Uma Paixão Chamada Livros consiste em responder a quarenta questões sobre, tal como o título indica, livros. O desafio começa no dia 1 de Fevereiro, decorrerá nos dias úteis, sendo publicado às 15 horas. 

 

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