Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

5 | Filhos à Venda de Kristina McMorris.

1540-1.jpg

Os romances baseados em acontecimentos históricos são o meu género literário favorito. Não resisto a título apelativo, aliado a uma cativante sinopse. Inclino-me preferencialmente para a temática das Grandes Guerras e do Holocausto, mas leio de tudo e é por meio destes romances históricos que aprendo um pouco mais sobre o passado mais diversos dos países do Mundo, sobre acontecimentos pouco conhecidos, detalhes que nem sempre são relatados nas aulas de História ou abordado nos meios televisivos. Filhos à Venda de Kristina McMorris é um desses livros. Um romance histórico tendo como pano de fundo a Grande Depressão e as consequências marcantes na vida da população americana. 

 

Imaginem-se num campo, a passear numa tarde de sol, quando se deparam com um cenário macabro: duas crianças sentadas no alpendre de uma casa modesta e rural acompanhadas por uma placa onde se pode ler "Vendem-se duas crianças". Que sentimentos desencadearia tal cenário no nosso interior? Como reagir? O que fazer? 

 

1931. Ellis Reed é foto-jornalista, na área cor-de-rosa e social de um jornal americano, em busca de uma  reportagem que lhe altere a posição e o faça elevar de posição. Numa tarde, depois de uma reportagem social, o jovem depara-se com o cenário que jamais esquecerá: o de duas crianças com uma placa que as colocava à venda. O anúncio, resultado das brutais dificuldades que as famílias americanas enfrentavam após a queda da bolsa em 1912, leva o jovem foto-jornalista a tirar uma fotografia ao cenário. Ellis não pretende publicar a imagem. Porém, quando Lilian Palmer, a sua colega de jornal, descobre a fotografia, sugere a sua publicação ao chefe de redacção e o jovem vê-se sem alternativa... Ellis procura evita-lo, mas sabe que aquela imagem pode mudar a sua carreira profissional. Todavia, acidentalmente, a fotografia é destruída e Ellis vê-se na necessidade de recriar o cenário, com novas crianças. A fotografia é publicada mas as consequências são devastadoras para as duas crianças que a protagonização. Ellis e Lilian compreender o grave erro cometido e, para o solucionarem, os dois embarcam numa arrisca aventura para reunir uma família fracturada. 

 

Baseado em factos reais, a narrativa mostra-nos não só as dificuldades que as famílias americanas sofreram na Grande Depressão, vem como as escolhas difíceis de uma mãe viúva na esperança de conseguir um futuro melhor para os seus filhos. Mais do que escolhas, Filhos à Venda é um livro que nos mostra os laços poderosos que unem mães e filhos, assim como o luto e a perda de um filho podem destruir uma família. É um livro delicado e inesquecível, onde as escolhas das personagens tomam proporções gigantescas, rico em detalhes históricos sobre a época. Um relato de pobreza e ambição inesquecível. 

 

Avaliação (de um a cinco): 5*

 

___

 

Filhos à Venda de Kristina McMorris 
ISBN: 9789898917621
Edição ou reimpressão: 01-2019
Editor: TopSeller
Idioma: Português
Páginas: 352
 
Sinopse:
Uma história comovente de perda e redenção, inspirada em impressionantes acontecimentos reais.

Em 1931, o repórter Ellis Reed depara-se com uma cena angustiante. Duas crianças encontram-se no alpendre de uma casa rural e ao seu lado está uma tabuleta onde se pode ler:

Vendem-se duas crianças

Aquele anúncio, um reflexo das dificuldades brutais que inúmeras famílias americanas enfrentaram após a queda da bolsa em 1929, leva Ellis a tirar uma fotografia à cena. Quando Lillian Palmer, sua colega no jornal, encontra a fotografia, sugere a sua publicação ao chefe de redação. Ellis revela-se contra, mas percebe que aquela imagem pode conduzir à sua grande oportunidade de progredir na carreira.

Acidentalmente, a fotografia é destruída, e Ellis tem de regressar à casa para voltar a fotografar a cena. Ao encontrar a casa vazia, toma uma decisão: recria uma cena semelhante numa casa vizinha, com novas crianças, e tira outra fotografia.

A imagem acaba por ser publicada, e as consequências são devastadoras. Ellis e Lillian sabem que um grande erro foi cometido, e vão ter de decidir quanto estão dispostos a arriscar para salvar uma família fraturada.

A caixa literária mágica da Ms.everythingshop .

No final do ano passado descobri o conceito de caixas literárias mistérios. A ideia é simples e tal como o nome indica tratasse de uma caixa surpresa subordinada a um tema específico. Importada do estrangeiro, onde este género de caixas faz sucesso não só na área da literatura, como no universo da moda, artesanato ou similares, em Portugal existem pelo menos três caixas literárias mistérios:

 

| Chave NegraInstagram/Facebook/Página - Provavelmente, a primeira do género a nascer por terras lusas e a primeira que eu adquiri durante nos três últimos meses. A primeira caixa foi lançada no mercado em Novembro do ano anterior.

| Ouriço Caixeiro - Instagram/Facebook/Página - Nunca comprei mas estou tentada a tal nos próximos meses.

| Ms.EverythingShop - A caixinha que adquiri este mês de Janeiro e a princesa deste post.

 

Infelizmente, as minhas finanças não me permitem comprar todas e, por conseguinte, este mês comprei a caixinha da ms.everythingshop  ligada ao tema gastronomia e amor:

 

"O mês dos apaixonados está a chegar! A caixinha de janeiro (entregue em fevereiro) é dedicada ao amor. A comida une as pessoas à volta da mesa e eu que quero ver todos juntinhos a viver momentos repletos de alegria decidi dar uma mãozinha. A caixa literária de janeiro tem como tema a gastronomia. Contém um livro sobre o tema e 6 produtos para realizar uma atividade com/para o vosso amor ou com/para amigos, familiares... A decisão é vossa e esta maravilhosa caixinha também pode ser!"

 

Confesso que estava um bocadinho receosa com a caixinha porque o tema gastronomia pouco me diz, sendo eu péssima e pouco apaixonada por cozinha. Ainda assim, resolvi arriscar... e fiquei encantada! Numa altura em que me preparo, nos próximos meses, para mudar novamente a minha vida, o conteúdo da caixa veio mesmo a calhar,

 

51489274_298135397567614_5916393660139700224_n.jpg

O livro do Casal Mistério será certamente uma excelente ajuda para quem não sabe e detesta cozinhar, mas que em breve voltará a viver sozinha (ou juntar os trapinhos com o M.). 

 

Uma caixinha criativa e genial, com um toque especial de carinho e magia, que a destacam. O meu namorado, com quem partilhei o conteúdo da mesma, simplesmente adorou a mesma. No fim-de-semana daremos uso ao livro e ao conteúdo da caixa.

 

Na ms.everything - redes sociais: instagram e página - para além de caixas literárias mágicas, podem encontrar marcadores de livros, postais e sacos literários. 

1 | Becoming - A Minha História de Michelle Obama.

1540-1 (2).jpg

Becoming - A Minha História de Michelle Obama foi a minha primeira leitura de 2019. Iniciado a 29 do mês passado e concluído a 7 de Janeiro, resolvi comprar este livro pelo enorme sucesso de vendas que rapidamente alcançou, e alvoroço em seu redor, assim como pela admiração que nutro pela família Obama - a proximidade entre todos os membros e a amor que se sente entre o casal - desde que Barack se tornou o 44.º Presidente dos EUA.

 

Não sendo o meu género literário favorito, a biografia de Michelle Obama - a segunda que leio depois de Malala Yousafzai - veio reforçar a minha admiração por ela, em particular, e a imagem que criará dela: a de uma mulher inspiradora e forte, com uma personalidade marcante e vibrante. Neste resumo escrito que é a sua vida, Michelle mostra-nos, sem qualquer pincelada de cor-de-rosa ou de flores, a infância no seio de uma família humilde e trabalhadora, o estigma do preconceito racial, o drama da doença que debilitava a cada ano o pai e a importância que a educação, assim como a arte e música, assumiram na sua vida e na do seu irmão. A incertezas quanto às escolhas académicas e o rumo da sua carreira profissional, o primeiro contacto com Barack Obama e a relação que nasce, bem como o amor que nutre pelas filhas e preocupações de mãe para com o futuro delas, ocupam grande parte de Becoming. Descobri, ao longo das muitas páginas deste livro, uma história que em pouco se assemelhava aos boates que corriam sobre o ex-casal presidencial: o pouco à-vontade e gosto pela política dela e o envolvimento desde cedo de Barack na política. Mais do que isto, e talvez a parte que mais gostei, foi compreender como é viver na Casa Branca e a pressão que a família viveu naqueles oito anos de presidência, tal como determinados acontecimentos que marcaram a presidência de BaracK Obama, tais como a morte de Osama Bin Landen ou o tiroteio na escola primária de Sandy Hook. Livre dessa pressão, e usando um pouco de humor e ironia, Michelle dá-nos a conhecer como foi viver junto de um dos homens mais poderosos e importantes do Mundo, como isso a afectou e às duas filhas do casal, bem como tudo os seus movimentos, falas e vestuários eram avaliados pelos meios de comunicação social. Sentindo o peso de tudo isto, tal como da cor, profissão e da necessidade de ser mais do que a mera esposa do Presidente dos EUA, a ex-primeira dama decide usar a sua figura e os meios de comunicação social em seu proveito e fazer mais para ajudar crianças e jovens, bem como a ex-militares e respectivas famílias.  

 

Becoming é uma biografia intima e reveladora que nos mostra como o preconceito racial, em pleno século XXI, pode influenciar o crescimento e a vida de uma criança, bem como o valor e importância de crescer no seio de uma família onde o diálogo e o amor são essenciais. Mais do que isto, Michelle Obama - tal como Malala - é um exemplo claro de como a educação é uma arma poderosa na luta contra o preconceito, a discriminação e o ódio. As lutas de Michelle, enquanto menina, adolescente, profissional e mãe são exemplos de que a vida, por mais rica e luxuosa que pareça, também precisa de esforços e muitas reviravoltas. 

 

Uma leitura sincera, leve e apaixonante, de uma mulher inspiradora e magnifica. Cativante desde a primeira à última página.

 

A nossa história é o que temos, é o que teremos sempre. É algo que devemos assumir como nosso.

 

Toda a gente neste mundo (...) carrega consigo uma história invisível, e isso basta para merecer alguma tolerância. 

 

A vida ensinava-me que o progresso e a mudança acontecem devagar. (...) Lançávamos sementes de mudanças, cujo fruto poderíamos nunca chegar a ver. Tinhamos de ser pacientes. 

 

Avaliação (de um a cinco): 4* 

 

___

 

Becoming - A Minha História de Michelle Obama 
ISBN: 9789896656058
Edição ou reimpressão: 11-2018
Editor: Objectiva
Idioma: Português
Páginas: 400
 
SINOPSE

Nas suas memórias, uma obra de reflexão profunda e uma narrativa fascinante, Michelle Obama convida os leitores a entrar no seu mundo, relatando as experiências que a moldaram - desde a infância na zona sul de Chicago, passando pelos anos como executiva, equilibrando as exigências da maternidade e o trabalho, até ao tempo passado no endereço mais famoso do mundo..Terno, sábio e revelador, BECOMING é um relato íntimo de uma mulher de alma e substância que desafiou constantemente as expectativas - e cuja história nos inspira a fazer o mesmo.

Nas palavras de Michelle Obama:
«Escrever BECOMING tem sido uma experiência profundamente pessoal. Permitiu-me, pela primeira vez, o espaço para reflectir honestamente sobre a trajectória inesperada da minha vida. Neste livro, falo sobre as minhas raízes e como uma menina da zona sul de Chicago encontrou a sua voz e desenvolveu a força, de forma a usá-la para capacitar os outros. Espero que o meu percurso inspire os leitores a encontrar a coragem necessária para se tornarem quem quer que desejem ser. Mal posso esperar para partilhar a minha história.»

Os melhores livros do meu 2018.

O ano de dois mil e dezoito foi um ano, a nível literário, estranho e imprevisível. Iniciei o ano a ler uma oferta natalícia - de uma ex-colega de trabalho - que consta no meu bolo de leituras favoritas do ano que terminou: Para Lá do Inverno de Isabel Allende. A escritora chilena já era a autora de um dos meus romances históricos favoritos de sempre, Inés da Minha Alma, e com este Para Lá do Inverno conquistou um lugar especial na tribuna das escritoras mais apreciadas. 

20190102_221610.jpg

Para Lá do Inverno mistura drama e romance, com temas marcantes e actuais, como o racismo, a imigração e a busca de um futuro melhor dos povos da América Latina e do Sul no sonho americano, drogas e o drama do tráfico de seres humanos, crime e vidas agitadas. Foi uma narrativa que me tocou particularmente porque, e talvez poucos saibam, nasci num país da América do Sul, a Venezuela, conhecida pela significativa violência e crescente instabilidade social e económica, e senti que este livro poderia ser um bocadinho a minha história se, algures no meu destino, os meus pais não tivessem interpretado os sinais. É um romance que pode, e acredito que, seja mais real e verdadeiro do que ficcional, inspirado nos diversos relatos de quem procura noutros países um futuro melhor... porque ninguém abandona o país onde nasceu do simples nada quando ele nos proporciona segurança, trabalho e estabilidade social. Para Lá do Inverno é, definitivamente, um dos melhores livros de dois mil e dezoito e uma leitura que eu recomendo a qualquer amante da leitura. 

 

20190102_220825.jpg

Diana Gabaldon ganhou a minha admiração e a saga Outlander tornou-se a minha favorita de todo o sempre - excepto Harry Potter. A minha irmã ofereceu-me, pelo meu aniversário, um dos livros da saga e eu senti-me na obrigação de ler o primeiro volume. Confesso que, numa primeira fase, sentia receio pelo número de páginas do livro Nas Asas do Tempo mas, também, pela quantidade de livros já editados, salvo erro, oito volumes. Porém, as cerca de oitocentas páginas que compõem o primeiro volume de Outlander, Nas Asas do Tempo, senti-as voar tal era a minha avidez e curiosidade em conhecer a história de Jaime e Claire... provavelmente, uma das mais belas histórias de amor literária. Li, ao longo do ano que terminou, os três primeiros volumes e tenho mais dois na minha estante para ler em dois mil e dezanove. Outlander foi uma magnífica surpresa, um saga cativante e impossível de resistir. Invejo Diana Gabaldon pela incrível mestria com que mistura o presente com a importantes acontecimentos da História do século XVIII. 

 

20190102_221451.jpg

No País da Nuvem Branca de Sarah Lark, uma das últimas leituras do ano, entrou directamente para o meu top literário pela escrita agradável e cativante da escritora, assim como pela própria narrativa. Trata-se de um romance histórico, cujo cenário de fundo é o "nascimento" e colonização da Nova Zelândia, no ano de mil oitocentos e cinquenta e dois. Gwyneira, nasceu numa família nobre e rica mas, cuja personalidade rebelde e à frente dos costumes da época, a coloca em situações desagradáveis e perigosas; Helen é uma jovem preceptora que sonha casar e constituir família mas que, aos vinte oito anos sente que jamais o conseguira. Duas mulheres fortes e marcantes que procuram num país desconhecido, que promete ser o paraíso, o caminho para a felicidade. É, este No País da Nuvem Branca, um romance sobre amor e ódio, o poder da amizade e os laços fortes da família.

 

20190102_221533.jpg

As Flores Perdidas de Alice Hart de Holly Ringland destaca-se nas minhas melhores leituras de dois mil e dezoito por ser um romance forte sobre, mais do que flores, o perdão e o saber seguir em frente. O romance de estreia de Holly Ringland tornou-se um dos meus livros preferidos e um dos melhores romances que já li. Poderoso e marcante, As Flores Perdidas de Alice Hart é mais do que um livro, é um pedacinho de vidas tão reais. Holly Ringland surpreendeu-me muito pela forma profundamente trabalhada da personagem principal, assim como pelas restantes mulheres, que se interligam tão perfeitamente.

 

20190102_221552.jpg

Dorothy Koomson com A Sereia de Brigthon aborda com mestria temas delicados como o racismo e o preconceito, a violência policial, a violência contra mulheres e as marcas que a violência na infância se traduzem num jovem adulto. É uma narrativa incrivelmente cativante, mergulhando rapidamente na história e no drama vivido por Nell, onde só queremos descobrir toda a verdade e justiça para quem lhe fez tanto mal. A capacidade com que mistura, nos seus livros, suspense, drama, amor, amizade e temas sensíveis e actuais é genial e invejável, sendo impossível ficar-lhe indiferente. Não considero este livro como um romance e creio que está longe de o ser, é mais um género de policial ou mistério. Independentemente da categoria atribuída a este livro, recomendo a leitura de A Sereia de Brighton... muito bom!

 

20190102_220849.jpg

A Casa das Meninas Indesejadas de Joanna Goodman tinha de figurar nesta categoria. Uma narrativa brilhante, à qual não lhe ficamos indiferentes, pela veracidade dos factos reais. É um confronto doloroso e chocante com uma realidade não muito distante que marcou negativamente a história do Canadá. Maggie Hughes tinha tudo para ser uma adolescente feliz e despreocupada: um pai que a amava, um negócio familiar que gostava e que herdaria, a possibilidade de estudar e uma beleza que não passava despercebida. Porém, quando aos dezasseis anos, Maggie engravida de Gabriel, o jovem vizinho de quem os pais não gostam, os sonhos da adolescente afundam-se e, com eles, a menina que dará à luz. Elodie, a menina que nasceu deste amor adolescente, é enviada para um orfanato miserável, onde não existe amor ou sem nunca conseguir ser adoptada por uma família. Mas, quando o o governo canadiano decide atribuir mais dinheiro aos hospitais psiquiátricos do que aos orfanatos geridos pela Igreja Católica, a vida da pequena Elodie também se altera. Declarada deficiente mental e enviada para um hospital, Elodie é o espelho das milhares de meninas e meninos que sofreram maus tratos e abusos sem apresentarem qualquer tipo de deficiência. Baseado em factos reais da sua própria família, Joanne mostra-nos os laços fortes e poderosos que unem mães e filhas.

 

20190102_221648.jpg

Para terminar a minha lista dos melhores livros de dois mil e dezoito, um clássico da literatura juvenil: Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa. Inspirado na sua própria infância, Judith Kerr dá vida a Anna, uma menina judia que, um dia, se vê forçada a abandonar a casa, a escola, os amigos e o seu amado peluche coelho cor-de-rosa para encontrar refúgio noutro país, juntamente com a família. É um romance poderoso e incrivelmente tocante, sobre os laços de amor da família e o quão marcante e traumático para uma criança é tornar-se refugiado. Um livro que aconselho vivamente a crianças e jovens que dá a conhecer, de forma sensível, o significado de refugiado e o poder de Hitler sobre a comunidade judia num dos períodos mais negros da História da Humanidade. 

 

20190102_221731.jpg

O ano de dois mil e dezoito encerra-se com trinta e um livros lidos. Foi um ano, como já disse, de alto e baixos literários: se, por um lado, houve períodos em que mal li e demorava quase um mês para concluir uma leitura, senti que a meio do ano me voltei a agarrar à leitura com ânsia e desespero.... existiram meses em que nada li e meses em que li entre três a quatros livros. Fiz leituras enormes, como os livros da saga Outlander, e livros pequeninos como Uma Prece ao Mar e Uma Vida Muito Boa. Abandonei o livro Pássaros Feridos porque, mais de cem páginas depois, não consegui criar empatia com as personagens e considerei a narrativa demasiado monótona e lenta. Conclui leituras que não me aqueceram a alma. Li muito sobre a II Guerra Mundial e romances históricos diversos, narrativas inspiradoras e factos desconhecidos. Li livros maioritariamente escrito por mulheres e estrangeiras. Li à hora do almoço e nos pequenos intervalos que o trabalho me permitia. Li durante horas. Conheci histórias especiais e personagens que não esquecerei. Os livros, independentemente de tudo, andaram sempre comigo. Dois mil e dezoito foi um ano, a nível de leituras e de livros concluídos, um dos melhores anos... que dois mil e dezanove seja melhor, ainda. 

 

___

 

Segue-me nas redes sociais:

Instagram | Facebook | Goodreads