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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

A Viajante de Diana Gabaldon.

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 A Viajante de Diana Gabaldon, terceiro volume da saga Outlander, é mais uma leitura viciante e envolvente, centrada no amor de Claire e Jaime, onde reencontramos personagem de outros livros e viajamos pela História da Escócia do século XVIII. 

 

Nas Asas do Tempo (opinião), primeiro volume da saga, dá-nos a conhecer a jovem e lutadora Claire que, misteriosamente, se deixa cair num círculo de pedras antigas transportando-a até à Escócia do século XVIII onde, é confundida como uma espia e, para se proteger, se vê forçada a casar com o elegante e surpreendente Jaime, da qual nasce uma forte e inesquecível história de amor. O segundo volume, A Libélula Presa no Âmbar (da qual não existe post de opinião), viaja entre França e Escócia, relevando as intrigadas e jogos de poder da corte francesa e as relações tensas entre escocês e britânicos que provocará a trágica batalha de Culloden. É, no decorrer desta batalha, que Claire, grávida, julgará Jaime morto e, temendo pela sua vida e pela do filho, uma vez que é considerada bruxa, regressará ao seu tempo. Porém, Jaime não morreu e esse é o mote para este terceiro livro...

 

A Viajante inicia-se com o relato de Jaime e a forma como sobrevive, embora sem nunca o desejaracreditando que perdeu Claire e o filho, e todas as aventuras e desventuras que vive. No mesmo tempo, em pleno século XX, Claire e Brianne, a filha de Jaime, na companhia de um jovem historiador, compreendem que o escocês não morreu na batalha de Culloden e iniciam buscas pelo seu paradeiro, descobrindo-o a viver sob o nome de Alexander em Edimburgo. Assim, Claire, decide regressar ao círculo das pedras e tentar reencontra-se com Jaime. A viagem de regresso ao passado será marcada por mais intrigas, reencontros, drama e aventuras, levando o casal a fugir para as terras do Novo Mundo.

 

A saga Outlander é marcada pelo romance e História, assim como pelos valores da amizade e espírito de companheirismo, mas é igualmente uma história recheada de suspense, intriga, mistério e morte. Diana Gabaldon é, para mim, das melhores escritoras do género, com dons de escrita e criatividade invejáveis. Não sou muito dada, confesso, a sagas mas esta, Outlander, é impossível não se amar ou se deixar render. Outlander possui qualquer coisa que não nos deixa indiferentes... talvez seja pela arrebatadora história de amor de Jaime e Claire, pela forma como partes da História real se misturam com detalhes ficcionais, talvez seja pela escrita simples e cativante ou por misturar vários géneros - romance, história, mistério, drama, acção - num só, mas foi-me impossível deixar.me ficar pelo primeiro livro. Embora eu não conheça grandes detalhes da História do século XVIII, em particular, da Escócia, creio que os três livros foram extremamente bem trabalhados, não esquecendo pormenores históricos que elevam a saga a níveis superiores e os transformam... até porque, cada livro, possui muito acima das quinhentas páginas. Digo-o mais uma vez: Outlander era, caso eu tivesse os dotes poderosos de Diana Gabaldon, os livros que eu adorava escrever.

 

A Libélula Presa no Âmbar, o segundo volume, foi dos três que já li da saga aquele que menos apreciei e foram os detalhes sangrento da batalha de Culloden que me levaram a não o apreciar tanto; a autora desenvolveu, para mim, em muitas páginas a batalha, perdendo-se em detalhes pouco significativos. Nas Asas do Tempo, o primeiro volume, é o meu preferido, até à data, precisamente por ser o primeiro. Quanto a este terceiro volume, A Viajante, alguém me disse (não sei se foi A Rapariga do Autocarro ou uma amiga minha) que o considerava o mais confuso da saga mas, para mim, revelou-me detalhes que não cheguei a compreender no passado - a louca Gellis, por exemplo - e foi tão bom quanto o primeiro. Confesso que estou em pulgas de curiosidade para ler o quarto que, Os Tambores do Outono, pela sinopse, parece ser relatado na perspectiva da filha de Claire e Jaime, Brianne. Terei de esperar por uma boa promoção ou que o Pai Natal seja generoso...

 

Avaliações (de um a cinco) dos três livros que já li da saga Outlander:

| Nas Asas do Tempo: 5*

| A Libélula Presa no Âmbar: 4*

| A Viajante: 5*

Leituras do ano de 2018.

O ano de dois mil e dezoito ainda não terminou mas eu decidi fazer uma lista dos livros que li até à presente data, sem qualquer ordem de preferência ou de tempo:

| Nas Asas do Tempo de Diana Gabaldon (livro 1 da saga Outlander) (opinião)

| Uma Prece ao Mar de Khaled Hosseini

| Uma Vida Muito Boa de J. K. Rowling (opinião)

| Uma Questão de Classes de Joanne Harris

| Todos Devemos Ser Feministas de Chimamanda Ngozi Adichie

| Os Passageiros do Tempo de Alexandra Bracken

| A Libélula Presa no Âmbar (livro 2 da saga Outlander)

| Diz-lhe Que Não da Helena Magalhães (opinião)

| A Improbabilidade do Amor de Hannah Rothschild

| Louca de Chloé Esposito

| Vitória - A Jovem Rainha de Daisy Goodwin

| Antes de Sermos Vossos de Lisa Wingate 

| A Sereia de Brigton de Dorothy Koomson

| As Flores Perdidas de Alice Hart de Holly Ringland (opinião)

| Uma Mulher em Fuga de Lesley Pearse

| Para Lá do Inverno de Isabel Allande

| Isabel de Aragão de Isabel Stilwell

| O Desaparecimento de Stephaine Mailler de Joel Dicker

| A Sociedade Literária da Tarte de Casca de Batata de Mary Ann Shaffer e Annie Barrows (opinião)

| O Coração de Simon Contra o Mundo de Becky Albertalli

| A Guerra Que Salvou a Minha Vida de Kimberly Brubaker Bradley

| Afinal as Feministas Até Gostam de Homens de Patrícia Motta Veiga

| Os Meninos Que Enganavam os Nazis de Joseph Joffo (opinião)

| O Dia Em Que Te Perdi de Lesley Pearse

Poucos foram os que consegui deixar a minha opinião aqui no blogue, seja por falta de tempo, inspiração ou bloqueio, embora e por norma, a lista fosse actualizada no goodreads. Este ano, porém, nem isso... a lista dos livros deste ano no goodreads não é actualizada provavelmente desde o primeiro livro que conclui este ano. Era, naquela rede social, uma forma de controlar as leituras apesar de nem sempre conseguir escrever a minha opinião sobre um livro no blogue.

 

Culpa da mudança de trabalho, este ano andei mais desligada das todas as redes sociais e, por consequência, dei por mim a tentar perceber quais foram as minhas leituras de dois mil e dezoito. Não foram muitos mas, com a lista de cima, consigo perceber que:

- li vinte e quatro livros até hoje;

- o volume de livros que li neste ano, contrariamente ao que pensava, é muito similar ao de outros anos - embora existem livros muito pequeninos, com menos de cem páginas;

- demoro mais de duas ou três semanas a ler um livro - independentemente do tamanho; os dois primeiros da saga Outlander demoraram mais de um mês cada um a ler, apesar de adorar o género e a escritora;

- talvez não seja pior ideia andar mais vezes com um caderno na mala ou no automóvel de modo a anotar ideias e detalhes de cada livro, bem como de temas para o blogue;

- leio muito poucos livros escritos por homens;

- tenho uma predilecção pelos romances históricos, nomeadamente, os que envolvem a II Guerra Mundial - pelo menos três envolvem esta temática e vários outros são de épocas históricas;

- a saga Outlander tornou-se uma das minhas favoritas, porque envolve tudo o que eu gosto - mistério, romance, história, suspense, etc.

 

Por outro lado, abandonei cerca três livros no decorrer deste ano porque não consegui criar vínculo com a escrita, história e personagens ou, porque simplesmente sinto que ainda não é o momento ideal para os ler, são eles:

 

| Anne Karenina de Liev Tolstói - comecei a ler e embora estivesse a gostar, senti que aquele não era o momento ideal, que preciso de o ler numa fase em que esteja totalmente calma e concentrada, por exemplo, em férias;

| Pássaros Feridos de Colleen McCullough - não me consegui ligar às personagens e considerei a narrativa muito lenta e demorada;

| A Amiga Genial de Elena Ferrante - quase o conclui, fique a umas cento e cinquenta páginas do fim, forcei-me a ler-lo pelas críticas tão positivas e maravilhosas sobre ele mas achei-o tão aborrecido e sem graça... uma desilusão. Ou não era a altura ou eu não lhe captei a essência... simplesmente, comigo não funcionou.

 

Apesar de faltarem menos de sessenta dias para o final do ano e de eu provavelmente ainda conseguir entre dois a quatro livros até lá, aqui fica a lista de livros lidos até Novembro. Actualmente, ando a ler este:

 

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Quanto aos meus preferidos do ano e até à presente data, igualmente sem qualquer ordem de preferência:

| os três da saga Outlander da Diane Gabaldon

| Para Lá do Inverno de Isabel Allande

| A Sereia de Brigton de Dorothy Koomson

| As Flores Perdidas de Alice Hart de Holly Ringland (opinião)

| O Desaparecimento de Stephaine Mailler de Joel Dicker

Diz-lhe Que Não de Helena Magalhães.

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 Diz-lhe Que Não da portuguesa Helena Magalhães é um daqueles livros pequenos e de fácil leitura, recheado de humor e boa disposição, onde dificilmente uma leitora não se revê numa ou em várias histórias e personagens. O livro relata-nos as diversas experiências da autora, amigas e companheiras sobre o amor e a forma como homens e mulheres o encaram. É um livro inteligente, divertido e muito bem conseguido, recheado de mensagens sublimes... é impossível não retiramos uma pequena mensagem de cada história relatada. Por outro lado, mesmo a pessoa mais sem experiência em relações amorosas ou aventuras de relevo (que é o meu caso: tive um amor não correspondido, um namoro fracassado e a minha actual relação, mas nunca fui de me envolver em muitas aventuras), facilmente se revê numa ou noutra personagem, numa ou noutra história... o difícil é não nos identificarmos ao longo da leitura. 

 

Cruzei-me (que é como quem diz... porque na verdade, nunca a vi e moramos a vários quilómetros) com a Helena Magalhães e este seu primeiro livro no instagram. Gostei do que publicava, revi-me em muitos dos aspectos que escreve e publica nas redes sociais - blogue, youtubefacebookinstagram - e decidi, por fim, acompanha-lá nas mais diversas plataformas digitais.

 

Quando descobri, precisamente pelo instagram, de que escreverá este livro, inicialmente, não tive muita curiosidade em ler. Com o tempo e com as partilhas da Helena nas redes sociais sobre críticas ao seu livro, resolvi adquiri-lo embora tenha ficado largos meses na minha mesa de cabeceira sem que lhe pegasse. Fiz-o recentemente, após abandonar uma leitura, por se tratar de um livro pequeno e de fácil transporte, capítulos pequenos e aparentar ser de fácil leitura. Confesso que, no entanto, não tinha grandes expectativas quando a esta leitura porque o avaliava como sendo um livro baseado em clichés sobre o amor e temia ser mais um livros  a não concluir... mas enganei-me redondamente e simplesmente adorei-o. Revi-me em passagens e personagens, como já o referi anteriormente, ri-me à brava com situações vividas pelas personagens, as experiências são reais e senti que era uma leitura obrigatória para qualquer mulher. Não sendo o meu género de livros, tenho de admitir que me arrependo de não o ter lido mais cedo. Diz-lhe Que Não é um daqueles livros onde o amor e as mulheres são o tema principal, mas sem as lamechismos características dos romances mais românticos, com toques de humor, numa escrita simples, acessível e inteligente.

 

Avaliação (de um a cinco): 3*

As Flores Perdidas de Alice Hart de Holly Ringland.

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 As Flores Perdidas de Alice Hart da escritora australiana Holly Ringland é uma obra poderosa e tocante o amor, o perdão, a amizade, a família e o saber recomeçar. Um romance inspirador e envolvente, que nos transforma e nos leva a reflectir sobre a vida, a coragem e os muitos destinos que enfrentamos. 

 

Alice Hart é uma menina de nove anos, encantadora e sonhadora, que adora ler e perder-se na aventura de descobrir o que a rodeia juntamente com o seu cachorrinho. Vive com os pais, um jovem casal, numa propriedade isolada australiana onde a mãe cultiva flores e o pai se dedica, entre outros afazeres, a trabalhos em madeira. Um local triste e marcado pela violência mas colorido e perfumado pelas flores, onde a menina se perde nos livros e no sonho de descobrir os locais encantados das história que lê e que a mãe partilha com ela. Porém, quando a tragédia se abate sobre a família, Alice vê-se, em tão tenra idade, a recomeçar uma nova vida junto da avó June numa quinta de flores, que também serve de refúgio a mulheres para novos recomeços. É nesta quinta, onde as flores nativas australianas são cultivadas, que Alice recomeça a sua vida e aprende a linguagem secreta das flores. Aqui, a menina lutará contra os fantasmas, medos e memórias do passado e é nas flores e nos seus significados, que encontrará voz para o que lhe vai na alma. A vida de Alice interliga-se com a história da quinta e das mulheres que a fundaram e que nela habitam, numa maré de novos recomeços e vidas marcadas por amores falhados e trágicos.

 

O romance de estreia de Holly Ringland tornou-se um dos meus livros preferidos deste ano e um dos melhores romances que já li. Poderoso e marcante, As Flores Perdidas de Alice Hart é mais do que um livro, é um pedacinho de vidas tão reais. Alice Hart surpreendeu-me muito pela forma profundamente trabalhada da personagem principal, assim como pelas restantes mulheres, que se interligam tão perfeitamente; a forma como cada flor e a sua respectiva linguagem se envolvem com a história, bem como pelos contos tradicionais australianos em que a autora se baseou. A capa é de uma beleza cativante e inigualável (e confesso que foi um dos motivos que me atraiu a ler este livro, assim como opiniões positivas em blogues e instragram). É definitivamente, um dos livros da minha vida... um romance a não perder, e que recomendo a qualquer amante de livros.

 

Avaliação (de um a cinco): 5*