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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Doze livros de dois mil e quinze.

Dois mil e quinze, por diversos motivos, revelou-se um ano produtivo a nível de leituras. Li, contabilizado no Goodreads, cinquenta e cinco livros. A minha meta pessoal, segundo outros aspectos - porque a vida não se limita a livros -, era de vinte livros. Não leio para atingir metas ou completar desafios, leio pelo prazer de ler, pela companhia que me proporcionam. Não me canso de repetir e de o mencionar aqui que, para mim, livros são essenciais para o meu bem-estar, uma droga saudável, universos que conheço sem abandonar a vida real.

 

Mas... deixemos o blablabla, e falemos do que realmente importa: o meu top doze de melhores livros do ano.  

 

A ideia era publicar esta lista no início do próximo ano quando, de facto, dois mil e quinze tivesse terminado e não corresse o risco de encontrar um livro para acrescentar à lista depois da sua publicação. Porém, a verdade é que não pretendo iniciar nenhum novo livro antes do início de dois mil e dezasseis. Porquê? Simples: estou à espera de dois novos livros para a minha estante e que talvez só cheguem nos primeiros dias de Janeiro, dos quais um aguardo com enorme ansiedade e será a primeira leitura do ano que se avizinha - Guia Astrológico Para Corações Partidos (Sílvia Zucca), o tal que me está a deixar morta de curiosidade, e Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa (Judith Kerr) - e, por fim, porque ainda não terminei os dois livros de contos, em língua espanhola, da saga A Seleção. É, portanto, com toda a segurança que posso publicar o meu top doze de melhores livros de dois mil e quinze. Não existe ordem de preferência; os livros apresentam-se pela ordem em que foram lidos...

 

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Top 12 dos Melhores Livros de 2015

 

 A Menina Que Fazia Nevar de Grace McCleen

 O Menino de Cabul de Khaled Hosseini

 Nunca Me Esqueças de Lesley Pearse

A Bibliotecária de Auschwitz de Antonio G. Iturbe

Perguntem a Sarah Gross de João Pinto Coelho

 Travessuras da Menina Má de Mario Vargas Llosa 

Jane Eyre de Charlotte Brontë

 Orgulho e Preconceito de Jane Austen

Viver Depois de Ti de Jojo Moyes

 A Contadora de Histórias de Jodi Picoult

saga A Seleção - A Seleção, A Elite e A Escolha (aguardo pela publicação, em Portugal, de A Herdeira) - de Kiera Cass

O Rapaz Que Venceu Salazar de Jacinto F. Matias

 

O ano que termina foi rico e variado em leituras: descobri os romances históricos de Lesley Pearse, aventurei-me na distopia de Kiera Cass, arrisquei nos clássicos, li mais escritores portugueses e três dos meus livros favoritos do ano relacionam-se com a temática da II Guerra Mundial (4, 5 e 10). Cada um destes livros tornou-se inesquecível pela forma como me cativou e empolgou na leitura. Livros que recomendo... sem hesitações, acreditando na energia das suas personagens e no poder da história por forma a cativar quem os lê.

 

Desejo, para o meu dois mil e dezasseis, novas e inúmeras aventuras e ser capaz de manter o ritmo da leitura... os restantes desejos guardo-os para mim. 

 

Para conhecerem os cinquenta e cinco livros que li em dois mil e quinze podem consultar a minha página no goodreads ou no facebook do blogue.

O meu livro clássico inglês favorito,

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 Jane Eyre, de Charlotte Brontë.

 

Li, recentemente, três clássicos da literatura inglesa: O Monte dos Vendavais, Jane Eyre e Orgulho e Preconceito, por está ordem. Os dois primeiros das irmãs Brontë, Emily e Charlotte - respectivamente -, o último de Jane Austen. O meu preferido é Jane Eyre. Simplesmente encantador, apaixonante, cativante! 

Um livro para cada dia da semana.

Dias da semana em livros... parece estranho? Um livro para cada dia da semana... e, porque não? A ideia é muito simples: mediante as características definidas para cada dia da semana, seleccionar um livro... ou dois, três, os necessários! Vamos brincar com os livros? Uma nova book tag...

 

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Domingo: Um livro que não queres que termine ou não quiseste que terminasse.

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O Menino de Cabul é um dos meus livros favoritos. Na verdade, todos os livros de Khaled Hosseini são especiais, inesquecíveis, favoritos; cada um deles, à sua maneira, me marcou. Não queria que está história de amizade terminasse, embora me sentisse obrigada a ler todos os dias... sofria se não lesse um pouco mais. O meu livro de domingo. Um livro que recomendo mil vezes. Uma história que, um dia, pretendo reler.

 

Segunda-feira: Um livro que tens preguiça de começar.

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Quero muito ler Palmeras En La Nieve... apesar da preguiça. Decidi comprar o livro de Luz Gabás mal descobri que um dos meus actores espanhóis favoritos, Mario Casas, assumiria um papel principal na adaptação deste livro à tela do cinema. O livro é-me cativante: um romance histórico da Espanha colonial. Porém, existem dois nãos em contra este livro: é um livro de bolso, escrito em espanhol. O preço acessível e o facto de ainda não se encontrar traduzido a português precipitaram a comprar. Por outro lado, sentia necessidade de investir um pouco mais na língua espanhola, nomeadamente, na leitura. O filme estreia em Dezembro e apesar da minha enorme curiosidade para com o livro, a verdade é que tenho arrastado a sua leitura. Um dia acontecerá.

 

Terça-feira: Um livro que te custou a ler ou leste por obrigação.

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Custou-me imenso ler Glória Mortal. Não me cativou. Não gostei, apesar da escrita fluida e de todo o mistério associado às misteriosas e violentas mortes. Senti necessidade de o abandonar logo nas primeiras páginas. O género futurista não é, de todo, o meu género...

Li-o em leitura conjunta

 

Quarta-feira: Um livro que deixaste pela metade ou estás a ler no momento. 

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Orgulho e Preconceito As Meninas Proibidas de Cabul são as minhas leituras actuais. Estou a gostar imenso do primeiro, embora exija uma leitura atenta e cuidada. Iniciei recentemente o segundo, um livro recheado de relatos de vida de meninas afegãs.

Contabilizo, desde o início do ano, quatro livros que abandonei pela metade.

 

Quinta-feira: Um livro que não recomendas.

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Não recomendo A Rapariga Que Inventou Um Sonho. É um dos livros que tentei ler este ano e abandonei a meio da leitura. Era alguma a minha curiosidade em conhecer o aclamado escritor japonês mas, talvez, por se tratar de um livro recheado de contos não me senti cativada ou tentada a terminar. O título enganou-me: não julguei que se tratassem de contos diversos. Não li, confesso, com atenção a sinopse e deixei-me levar. Provavelmente, uma escolha polémica mas, desculpem, simplesmente não gostei...

Na altura em que comprei este livro, comprei também Sono. Li algures que Haruki Murakami aprendesse a gostar; talvez Sono me cative mais do que A Rapariga Que Inventou Um Sonho.

 

Sexta-feira: Um livro que queres que chegue já à tua estante (lançamento ou compra).

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Comprei, em segunda mão e através de um grupo no facebook, Jesus Cristo Bebia Cerveja e do qual tenho uma enorme curiosidade. A sinopse e as criticas a este livro cativaram-me. Nunca li Afonso Cruz. Será, certamente, uma próxima leitura.

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Recém lançado no mercado literário português, A Contadora de Histórias é outro dos livros que estou desejosa de comprar, ler e ter na minha estante. Gosto muito da Jodi Picoult e da forma como escreve, a sinopse cativou-me e, enfim, tenho de ter brevemente este livro.

No entanto, tenho tantos, imensos, montes de livros pelos quais estou desejosa de ler e ver na minha estante... 

 

Sábado: Um livro que quiseste começar novamente assim que terminou.

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Jane Eyre tornou-se um dos meus livros favoritos. Um clássico apaixonante. Uma história inesquecível. Um livro marcante. Senti-me um enorme vazio quando terminei este livro. Queria que não terminasse... queria recomeçar. Jane Eyre será, um dia, um dos livros a reler.

 

*(tag original de Pam Gonçalves)

23 | Na minha estante... Jane Eyre.

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 Jane Eyre, a protagonista deste intenso romance da literatura clássica inglesa, é uma viagem bibliográfica apaixonante.

 

Orfã de mãe e pai, Jane Eyre, recebe uma educação severa da tia Reed, onde os abusos físicos e psicológicos, tanto da tia como de primos, marcam a alma da jovem menina. Porém, aos 10 anos de idade é afastada de casa da família Reed e colocada num colégio interno de Lowood. Jane acredita num novo recomeço em Lowood, porém, as privações e educação rígida do colégio teimam em não a abandonar. A infância e adolescência solitária, severa e infeliz fortalecem-lhe o espírito de justiça, nascendo o desejo de independência. É, aos 18 anos, que a vida de Jane sofre a desejada reviravolta, levando-a à casa de Thornfield Hall, testemunho da paixão que unirá Jane, como preceptora da menina Adèle, a Mr. Edward Rochester, o proprietário. No entanto, um terrível segredo separa-os, obrigando Jane a tomar uma decisão difícil, revelando o carácter e personalidade marcante.

 

Jane Eyre é uma história de amor inesquecível. Publicado, pela primeira vez, em 1847, a paixão de Jane e Edward revelam os preconceitos da época, questionando questões sociais e morais, tais o papel da mulher na sociedade e o peso da Igreja. Os protagonistas do romance de Charlotte Brontë revelam personalidades distintas mas cativantes, numa Jane insubmissa, determinada, corajosa, mas desejosa de amar e ser amada e num Rochester misterioso, inteligente, temperamental, mas próximo dos seus criados. Relatado na primeira pessoa pela protagonista, Brontë mistura paixão com ingredientes da literatura gótica, mistério e suspense. Numa escrita acessível, sem uso excessivo recurso a expressões pomposas, Jane Eyre tornou-se um dos meus clássicos preferidos. Adorei o mistério em torno do segredo de Edward e da forma como a paixão nasce entre os protagonistas, embora considere que seja um livro de acção lenta. 

 

- Eu não sou nenhuma ave, nem estou presa em rede alguma. Sou um ser humano livre e com vontade independente, de que agora faço uso para me soltar de si.

(palavras de Jane a Mr. Rochester, p. 306)

 

Li, recentemente, O Monte dos Vendavais de Emily Brontë, do qual gostei. Porém, comparando-o a Jane Eyre, confesso-me verdadeiramente rendida. O primeiro romance que li das irmãs Brontë é uma história triste, onde senti dificuldades em entrar, no entanto, em Jane Eyre rapidamente mergulhei... e adorei! Atrevo-me a escrever que se trata de um dos meus livros favoritos, o meu clássico favorito!

 

- (...) Nunca se ri, Miss Eyre? Não se incomode a responder, eu bem vejo que ri pouco. Mas é capaz de se rir alegremente. Acredite-me, a sua natureza é tão pouco austera como a minha é corrompida.

(palavras de Mr. Rochester a Jane, p. 176)

 

Jane Eyre, de Charlotte Brontë, foi leitura realizada em conjunto com a Nathy (a publicar em breve), Sofia e Magda, do Clube das Pistogas Que Lêem.

 

Charlotte Brontë

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A mais velha das três famosas irmãs Brontë, Charlotte nasceu em Abril de 1816, em Thornton, Inglaterra. Mudou-se, muito nova e juntamente com a família, para Yorkshire. Órfã de mãe aos cinco anos, Charlotte, as quatro irmãs e o único irmão Brontë ficaram aos cuidados de uma tia, desprovida de quaisquer qualidades e sentimentos de mãe. Charlotte, tal como as irmãs e irmão, não tiveram uma vida fácil. 

Jane Eyre é, para muitos, fruto da própria experiencia de vida de Charlotte Brontë, que tal como a personagem do seu romance mais conhecido, foi professora e preceptora, tendo igualmente vivido em condições de internamento, fatal para duas das suas irmãs. Escreveu, sob pseudónimo masculino de Currer Bell, O Professor, Shirley, Villette e Jane Eyre

Morreu, aos 38 anos de idade, em Março de 1855, juntamente com o filho que esperava. O seu corpo encontra-se sepultado na igreja de St. Michael and All Angels Cemetery, em Haworth, no oeste de Yorkshire, Inglaterra.