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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Não me enervem...

É curioso,

 

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As pessoas que justificam primeiro ajudem os nossos sem-abrigos, desempregados e pobres, mostrando-se contra o acolhimento de refugiados em Portugal são, precisamente, as mesmas que diversas vezes ouvi criticar os pobres desempregados que recebem apoio social da Câmara Municipal da minha terrinha, e duas vez por dia se dirigem a uma instituição social a fim de irem buscar as refeições do dia. É curioso que as mesmas pessoas que utilizam este argumento são, quase sempre, as mesmas que viram a cara para o lado e se refugiam no medo - sabe-se lá do quê - para não ajudarem o sem-abrigo da esquina. E é com espanto, confesso, que vejo tanta gente hoje preocupada com os nossos sem-abrigos, desempregados e pobres... e se todos, em vezes de assobiarem para o lado, passassem das palavras aos actos e ajudassem quem mais necessita, certamente que viveríamos num país melhor. 

 

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Não me enervem com este argumento! Aliás, nem com este nem com aquele velho preconceito de que todos os refugiados são muçulmanos terroristas... 

Do IEFP,

sobre caricata e absurda situação de renovar um cartão de cidadão... ou, a data do mesmo.

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Recentemente recebi uma convocatória por parte do centro de emprego onde constava a necessidade de actualizar os dados da minha ficha para, segundo eles, conseguirem satisfazer o meu pedido (ahahahahahahahaha, tão cómicos... em cinco anos, fui chamada uma vez para me falarem de um possível estágio na minha área - outra anedota para, um dia, contar - e zero vezes para formações, apesar de já ter várias vezes, manifestado o interesse). E, assim, numa manhã de Março, apanhei o autocarro com destino ao centro de emprego mais próximo. Pelo caminho e, embora, saiba que eles nunca o querem porque, é tudo informatizado - segundo eles -, parei numa papelaria para imprimir o currículo actualizado e o entregar - não fosse, alguma alma se lembrar. No centro de emprego entreguei a carta-convocatória ao recepcionista que, meia hora depois (era uma quinta-feira e, por norma, o centro de emprego onde estou inscrita é mais rápido do que às segundas-feiras, onde toda a gente, quer da cidade quer das aldeias e vilas, vai a correr), me mandou subir ao segundo piso, acompanhada de um outro senhor de muitos anos. Chegamos a uma pequena sala, onde fomos recebidos por uma senhora simpática mas quase sem vida (tão sem sal, tão cansada apesar de ainda nem ser meio-dia) e onde mal nos conseguíamos movimentar, pedindo-nos para nos sentarmos - o senhor ao meu lado, mais duas nas nossas costas. Vira-se para mim e diz-me,

 

   - Preciso do seu cartão de cidadão. 

 

Entrego-lhe e começa a debitar os meus dados pessoais: morada, telemóvel, email, nacionalidade e afins. Devolve-me o cartão de cidadão e diz,

 

   - Acabei. Chamei-a aqui porque o seu cartão de cidadão tinha caducado no ano anterior e precisávamos de saber a data do actual.

 

Como? Só podem estar a gozar! Viro-me para a senhora e digo-lhe,

 

   - E, já que estou aqui, não quer actualizar o resto da ficha ou vai-me chamar daqui a um mês para o fazer? 

 

Diz-me que sim e começo a disparar os pequenos trabalhos que fiz. Não mostra interesse em saber mais sobre eles, em desenvolver. Fica a saber o básico. Antes de abandonar a sala e o centro de emprego, pergunto-lhe o que devo fazer para me candidatar a estágios no âmbito do PEPAL e, no caso de conseguir algum, o que fazer a seguir.

 

   - Se a menina conseguir um estágio PEPAL basta enviar um email a dizer que está a fazer estágio.

 

Ahahahah! Desculpem? Eu ouvi bem? Para dizer que estou a fazer estágio, já posso enviar email mas, por uma data, tenho me deslocar ao centro de emprego quando, bastava um email ou uma mensagem a pedir uma fotocópia do cartão. Na era da informática, gastei cinco euros no autocarro - dinheiro dos meus pais porque, sendo recém-licenciada, não recebo qualquer apoio - e perdi uma manhã quando num minuto, poderia ter enviado uma fotocópia para email da senhora. E, para não comentar o facto de os meus dados ficarem expostos para quem quisesse ouvir... 

 

Malta do IEFP: há computadores e, nós, jovens, sabemos usar! Upa! Upa! Acordem! Modernizem-se! 

Domingo à noite...

A minha noite de domingo resume-se a,

 

chá - para combater o frio;

final da novela - esperava um bocadinho mais, um final diferente... inesperado já ele foi, mas faltou qualquer coisa;

manicure;

Factor X - gosto imenso deste género de programas e do Manzarra; *

e computador.

 

Mudei uma vez para a Casa dos Segredos: bastou ver a Teresinha aos berros para mudar de canal. Não vi a estreia da Casa dos Segredos nem precisei: bastava actualizar o meu facebook para ler comentários de amigos, colegas e conhecidos sobre os meninos e meninas a concurso. Portanto, sei que entrou um gajo muita esquisito, um tipo que foi casado com aquela Gisela-qualquer-coisa, uma gaja que nunca fez nada na vida nem quer fazer e alguém que considera o dinheiro a coisa mais importante da vida. Mais do mesmo... e, muito material para a malta das Ciências Sociais e do Comportamento trabalhar. ** 

Ou seja, mantenho-me fiel aos meus queridos júris do Factor X... 

 

* (alguém viu o senhor de Vila Nova de Famalicão a cantar? lindo, lindo, lindo!) (e já referi que acho o Manzarra giro?! sim, é giro!)

** (coisa pouca... trabalho para uma tese de doutoramento, quiçá!)  

O temporal já fez das suas cá por casa...

...neste momento tenho um balde no centro da sala para recolher as pingas que caiem do tecto, vindas da varanda. 

Apesar das obras que realizamos à dois anos, o problema persiste e eu já estava a achar espantoso que, com tanta chuva, ainda não tivesse começado a chover na sala. O problema é da construção à pressão do prédio e dos péssimos materiais usados. É, aquilo a que apelido, construções grandiosas à moda portuguesa. Como se não bastasse, à anos que o meu pai tenta fechar a varanda, para impedir que chova dentro de casa mas, pela vista privilegiada e porque, ao fechar, o valor arquitectónico do prédio se perderá, nada feito. O condomínio sabe que não somos os únicos com o mesmo problema mas, infelizmente, os únicos cuja a habitação não se destina a férias. 

Curiosamente, um dos responsáveis pela construção do prédio é o meu vizinho... mas, como não lhe chove em casa, não se atormenta com o problema alheio. Típico.