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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Semana dezanove em fotografias

Semana Dezanove

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129 | Momento de trabalhos manuais... um pouco trabalhoso mas o resultado final compensa.

130 | Um prazer com sabor a chocolate.

131 | Eu e a minha irmã decidimos pregar umas partidas telefónicas na família.

132 | Reencontros literários... trilogia Belle.

133 | A mana mais nova foi colocar aparelho... e um novo sorriso ganhou.

134 | Senhor caracol para onde vais?

135 | Descobrir um pequeno paraíso. 

 

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O projecto 366 dias do meu ano em fotografias pode ser acompanhado no facebook e instagram do blogue e consiste, como o nome indica, em publicar uma fotografia do meu dia-a-dia. 

Leituras de Abril.

O mês de Abril revelou-se um completo desatre literário. Não consegui iniciar e concluir nenhuma leitura. Terminei O Prisioneiro do Céu de Carlos Ruiz Zafón e iniciei leituras diversas que não terminei.

 

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No âmbito do desafio 12 Meses, 12 Livros onde cada mês é subordinado a um determinado tema, o mês de Abril deveria ser dedicado à leitura de uma adaptação cinematográfica de quem, porém, nunca cheguei a ultrapassar as primeiras páginas. Palmeras en la nieve de Luz Gábas foi a minha escolha. No entanto, talvez por se tratar de um romance histórico em língua espanhola ou, quiçá, por não ser a altura mais adequada para a sua leitura, a verdade é que não consegui desenvolver paixão por este livro. Coloquei-o, por acreditar que seria o melhor, um pouco de lado e deixei-me envolver no mistério d' O Homem Que Perseguia o Tempo de Diane Setterfield. A narrativa de Diane não foi, contudo, suficiente para me agarrar: ultrapassei a metade do livro sem que a história se tornasse mais cativante. Retomei a leitura de Palmeras en la nieve, na esperança de me enamorar por um romance histórico da era colonial espanhola... um fracasso. 

 

Acredito que um livro não deve ser lido por obrigação mas por prazer e com uma lista tão extensa de livros por ler, decidi-me a iniciar uma nova leitura. A Tomada de Madrid de Mário Silva Carvalho pareceu chamar-me mas, tendo em conta o último abando e desilusão literárias, optei por esperar uma altura mais propicia à sua leitura.

 

Nos últimos dias de Abril, depois dos fracassos literários, optei por ler uma autora que dificilmente me desilude: Lesley Pearse e A Promessa, o segundo volume da trilogia Belle. Coloquei-a, ainda assim, em segundo plano quando decidi, impulsivamente, comprar A Livraria dos Finais Felizes de Katarina Bivald. Uma escolha, contudo, acertada que me devolveu o reencontro com o entusiasmo literário perdido. É certo que o encontraria com Lesley Pearse mas fez-me bem arriscar numa escrita nova. Maio trouxe o final d' A Livraria dos Finais Feliz e o retomar d' A Promessa. 

 

Prevejo, em breve, ler o livro subordinado à temática de Maio - mês do Trabalhador: um livro cujo o título seja sobre uma profissão - do desafio 12 Meses, 12 Livros: O Livreiro de Mark Pryor. Conto, igualmente, reler Viver Depois de Ti de Jojo Moyes... uma leitura conjunta.

19/52S | As minhas séries preferidas...

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Confesso-me: não sou apaixonada por séries. Sempre que me questionam qual ou quais a minhas séries favoritas ou a que assisto presentemente, demoro imenso tempo a responder - à excepção, obviamente d' A Guerra dos Tronos que rapidamente me assalta a memória. A verdade é que, cedo ou tarde, acabo por perder o interesse e deixar de acompanhar - e A Guerra dos Tronos não se inclui aqui. Por outro lado, à excepção da suspeita anterior, as minhas séries favoritas são desconhecidas ou nunca são as preferidas, fugindo à regra dos numerosos fãs. 

 

| A Guerra dos Tronos |

Game of Thrones é... Game of Thrones. Não se explica. Simplesmente: ou se é fã, ou não se é. Não existe meio termo e eu, embora inicialmente duvidasse do potencial da série antes de começar a assistir, a verdade é que fiquei extremamente fã dela.  

 

| Versailles |

Versailles leva-nos a viajar no tempo, à era do Rei Luís XIV e da construção do fabuloso Palácio de Versalhes, que inspira o título da série. É, na minha opinião, uma série extremamente bem trabalhada e elaborada, mostrando-nos os jogos de poder, traição, amor e luxúria do século XVII. Versailles é transmitido na RTP1, todas as quartas-feiras.

 

| Mentes Criminosas |

Foi e é uma das poucas séries que mais me cativou. Não a acompanho temporada a temporada, episódio a episódio mas, sempre que opto por mudar para um canal de televisão onde ela seja transmitida, é certo que ficarei a assistir. É, simplesmente, viciante.

 

| Hospital Central |

Não é a primeira vez que menciono Hospital Central no blogue. Foi a primeira série que assisti na vida e é uma das séries mais longas da televisão espanhola. Como o próprio nome indica, Hospital Central retrata a vida de médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde no serviço de urgências de um hospital de Madrid. Vinte temporadas e trezentos episódios depois, Hospital Central marcou a geração que a acompanhou e dela fez nascer novas séries inspiradas neste retrato. A Telecinco, canal responsável pela série, disponibilizou todos os episódios no seu site.

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| Em Contacto |

Foi das séries que mais me marcou porque, essencialmente, acredito que existam pessoas com o dom sobrenatural da Melinda.

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Testemunho de uma ex-estudante do ensino privado e público.

Estudei num colégio privado entre o quinto e o nono ano. Igualmente, o meu irmão e irmã estudaram no mesmo colégio que eu. Ele entre o quinto e o oitavo, tendo repetido o oitavo e, abandonado o colégio no nono para frequentar uma escola pública. Ela fez o primeiro e o segundo ano, correspondendo aos meus últimos anos de colégio. Os meus pais optaram por nos colocar num colégio privado porque, se por um lado consideraram ser a melhor escolha para o nosso futuro, por outro pela má experiência que tiveram comigo em escolas públicas.

 

A verdade é que os meus quatro primeiros anos numa escola pública portuguesa não foram as melhores. É certo que o percurso passou por duas escolas primárias distintas mas, também é verdade que em ambas encontrei maus professores. A professora que me calhou, nos dois primeiros anos de escola portuguesa, era das apelidadas "à-moda-antiga": usava régua de madeira de cada vez que proferia uma palavra em língua espanhola ou escrevia com erros - a minha língua materna até aos seis anos era o espanhol e devo a esta professora ter-me esquecido da mesma... e não é exagero. Posteriormente, numa nova escola e nova cidade, a professora primária era a dita baladas que nunca queria saber de trabalhos de casa ou de ensinar convenientemente. As aulas eram passadas a brincar no recreio, a desenhar e a ler contos infantis. Portanto, passei do dito "oito-ao-oitenta". O último ano de ensino primário serviu para, em grande parte, aprender a matéria do ano anterior. Não avancei para o quinto. Retiveram-me, por opção de pais e professores, para que aprendesse devidamente a matéria perdida do quarto ano. Compreende-se: se não o fizessem naquele ano, acabaria por acontecer o chumbo no ano seguinte.

  

O quinto ano foi o primeiro ano de colégio privado; o meu e o do meu irmão - uma vez que chumbei. Foi lá que entendi o significado de bullying e a diferença entre ser-se rico ou pobre aos olhos dos colegas e professores. Porém, não é sobre a experiência com os outros que me levou a escrever este post, mas sim a qualidade de ensino... embora tudo se interligue. Não posso negar que a qualidade do ensino onde estudei em muito contribuiu para aquilo que sou hoje. Um ensino onde os professores exigiam trabalho e empenho nas tarefas. Nunca me esqueci das palavras da minha directora de turma, no último ano de estudos no colégio, que não me considerava a aluna indicada para continuar a estudar ou optar por uma formação superior...

 

O colégio que frequentei era caro e recebia um qualquer apoio do Estado mas não tinha as ditas condições físicas adequadas. Aos olhos de uma estudante faltava de tudo: uma boa biblioteca, não chover dentro do pavilhão do ginásio, aquecimento, chuveiros com água quente... teria mais defeitos a apontar mas ficarei por aqui. Nem tudo era mau. Os professores, à excepção de um ou outro, realmente demonstravam o porquê de ser um colégio caro. 

 

O meu irmão ficou-se pelo oitavo ano. Por opção sua e em conjunto com os meus pais, optou por prosseguir os estudos numa escola pública. A minha irmã mais nova fez o primeiro e segundo ano, correspondendo aos meus últimos anos naquele colégio e, também ela prossegui numa escola pública. Fez-se a escolha de a trocar de escola porque eu, sendo a irmã mais velha, prosseguiria numa escola secundária pública afastada daquele colégio e não teria meios para a ir buscar e levar para casa. As más experiências em escolas públicas que os meus pais viveram comigo não se repetiu com eles. No caso da minha irmã, na verdade, foi chocante o facto de ela iniciar o terceiro ano sem saber ler correctamente, recém transferida de um colégio prestigiado da zona. 

 

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Eu que frequentei ambos os sistemas, privado e público, posso afirma que o ensino privado não é assim tão maravilhoso quanto se apregoa por aí. Sim, de facto, existem excelentes professores no ensino privado; mas também existem maus professores que em muito nos facilitam a vida... senti-o e vi-o com os meus irmãos. Mas, tal como privado existem bons e maus professores, também no público os há.

 

O meu ensino secundário foi feito numa escola pública que, para mim, foi fundamental. Eu já sabia o que era exigência mas, através desta escola, a palavra tomou outra dimensão. Digo-o e reafirmo que o nível de exigência elevou-se a patamares semelhantes a uma Universidade. Aliás, quando prosseguir os estudos a nível superior fui das poucas alunas que sabia como realmente se fazia um trabalho de pesquisa... 

 

O ensino, seja privado ou público, é feito por pessoas. Professores e auxiliares que fazem a diferença. Senti na pele os efeitos de um mau sistema de ensino público (e privado, embora nos meus irmãos) mas, igualmente, o significado de um bom sistema público e privado. O que falta em muitas escolas públicas é professores motivados para ensinar, com instalações e instrumentos adequados. O ensino privado olha, de facto, a números mas se o ensino não tiver algum tipo de qualidade, dificilmente atrairá novos alunos. O colégio onde estudei tremeu quando a fama de não conseguir impor respeito e regras aos seus alunos começou a circular.

 

Não sou a favor de se financiar escolas privadas em prejuízo das escolas públicas. Um pai ou mãe que desejam ter um filho num colégio privado devem arcar com os custos, tal como os meus pais o fizeram e não eram ricos. Não me digam que a qualidade de ensino privado é melhor porque, na verdade, não o é. Investe-se no privado sem investir-mo no público. O ensino público é investir nas pessoas, porque nem todos temos dinheiro para os privados ou realmente desejamos um ensino privado, e quando esse investimento falha... O que concordo realmente é, embora isto seja tema para outro post, reduzir o número de alunos por turma.

 

Confesso que me custa compreender toda esta pública em torno da escola pública e privada... se me falassem do desemprego que poderá atingir alguns professores mas, aparentemente, esse ficou para segundo plano. 

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