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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

¡Mala mala... eres mala!

O título deste post é o refrão de uma música latina que a minha professora de zumba colocou na aula. Azar do carago é que não me saí da cabeça e, porque não bastavam as quatro palavras que dança na minha cabeça, não consigo descobrir o videoclip ou o cantor. Bolas! A música vai-me perseguir até à próxima aula de zumba...

 

malo malo... eres un chico muy malo

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É estranho, Vida.

A vida é um caminho estranho. Dou comigo, sem o desejar, a imaginar como seria a minha vida presente se nas pequenas escolhas do dia-a-dia de um passado tivesse optado por outro caminho. Os tais E Se... da vida.

 

Lembro-me, em menina, de desejar nunca crescer. O mundo dos adultos era assustador, chato, aborrecido. Queria permanecer menina. Não me imaginava mulher carregada de responsabilidades. Não tinha presa em crescer. Não queria, nunca quis, ter dezoito anos para tirar a carta de condução e fazer as coisas de adolescentes. 

 

Pergunto-me... e se tivesse desejado crescer como ansiavam os meus amigos de infância? 

 

A vida é um caminho estranho. Imagino-me com dezoito anos. Não passava de uma menina grande, a fingir ser adulta, receando os novos caminhos da vida. Considerava-me decidida. Hoje sei-o... nunca consegui assumir verdadeiramente o controlo da minha vida. Na verdade, desconfio que não conseguimos controlar os estranhos caminhos que seguimos... por mil voltas que tomemos.

 

E se, naquele dia de menina-mulher, me tivesse negado a tirar a carta de condução? E se, naquela candidatura à Universidade tivesse optado por seguir o sonho que, tal como hoje, terminaria no desemprego? E se, em vez de um mestrado, tivesse optado por me aventurar no universo do trabalho? E se, em vez de ti, tivesse optado por me manter na solidão? E se... malditos. E, no entanto, talvez o maior E Se de mim, do meu eu, da minha vida seja aquele que se relaciona com as mudanças bruscas da infância... talvez o presente não fosse este. 

 

É estranho. Confio em que tudo acontece por um motivo forte que, cedo ou tarde, descobriremos as razões. Acredito que à vida e aos caminhos por ela traçados, é impossível fugir, por mais voltas que lhe tomemos, haverá sempre de tomar forma para acontecer. O que tiver de ser, será... dizem. E, no entanto, os malditos Se perseguem-me como se desejassem roubar-me algo.

 

No fundo, Vida, continuo sem entender porque decides fazer-me perder anos no mesmo patamar de nadas... sinto-me como um ser esquecido num qualquer caminho do mundo e era hora de me reencontrares. 

 

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Malditos Se...