2016.
Não gosto da passagem de ano, ou seja, é uma celebração que pouco me diz. Não acredito que seja a mudança de um número na terminação final de uma data que irá mudar uma vida. Não escrevo objectivos ou resoluções. Na verdade, sobre este último aspecto, é algo que não faço desde os meus (mais coisa menos coisa) dezoito anos. O que é, no fundo, isto da passagem de ano? A alteração na forma como escrevemos a data. Uma passagem onde os excessos são permitidos com desculpas de mudança. Resumidamente, é isto que significa mudar o ano...
A minha passagem de ano será a ler. Foi-o noutras mudanças e será na companhia de um livro que celebrarei a mudança de data. A celebração, para mim, pouco significado possui e, embora eu não acredite em desejos de ano novo, confesso que preciso de uma mudança. É contraditório mas acredito - ou preciso de acreditar, a verdade é que se trata de uma esperança estranha - que dois mil e dezasseis será o tal ano das mudanças... aquelas pelas quais esperava este ano e não chegaram. Sempre me ensinaram que as tempestades não são eternas e que depois de maus tempos, alguma coisa acontece e a bonança encontra o nosso caminho... para lá da mudança na forma como escrevemos uma data, quero realmente acreditar que coisas boas cruzaram o meu caminho. Que dois mil e dezasseis seja um ano de conquistas e mudanças...