Eu, M*, aqui me confesso...
... nunca fui a uma festa de S. João nem andei com martelinhos ou fiz lançamento de balões de ar quente. Não aprecio sardinhas. É isto. Uma vergonha, suponho...
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... nunca fui a uma festa de S. João nem andei com martelinhos ou fiz lançamento de balões de ar quente. Não aprecio sardinhas. É isto. Uma vergonha, suponho...
Livros. Uma paixão, fonte de conhecimento e descobertas, uma companhia. Livros. E, na hora de comprar um novo companheiro, eis-me num enorme dilema...
Quem me conhece, onde moro, sabe que sou uma amante de livros. Raramente saiu-o de casa sem a companhia de um livro, muitas vezes levo-o na mão e, é sempre muito provável encontrar-me a ler. Posto isto, recentemente, alguém me perguntou que critérios utilizo na hora de escolher uma nova viagem literária. A verdade é que, durante muito tempo, antes de consolidar esta paixão - sim, porque todas as paixões passam por fases - simplesmente comprava porque alguém me recomendava o livro ou porque o livro me despertará a curiosidade. Li-a, essencialmente, porque ouvirá falar bem daquele livro, ou alguém o mencionará, e lá o trazia para casa. Existiu, igualmente, uma fase em que eram os títulos ou as capas quem principalmente me chamavam a atenção. Foi, assim, desta forma, sem conhecer o autor ou ler críticas, que acabei a tropeçar num dos meus livros favoritos, A Sombra do Vento. Mais tarde, em casa de um amigo, deparei-me com a colecção pessoal dos seus livros de Carlos Ruiz Zafón e, foram as críticas dele que me incentivaram a ler os restantes livros... e, ainda bem!
Presentemente, estes critérios ainda assumem um peso importante na hora de comprar um novo livro embora, não sejam os únicos... A espontaneidade com que seleccionava livros, provocaram-me alguns desgostos literários e, numa fase, a afastar-me destes. Portanto, no que toca a trazer novos elementos para a já longa lista de livros em espera, pesam os seguintes critérios, sem qualquer ordem preferencial:
Capa. A verdade é que, não consigo negar o oposto, a capa é dos primeiros chamariz para pegar num livro. Obviamente que, outros critérios contam na hora de comprar aquele livro mas, se a capa me chamar a atenção na imensidão de livros, certamente que será meio caminho andado para uma possível compra.
Título. O título do livro é, muitas vezes, uma porta aberta para decifrar o conteúdo de um livro ou, igualmente, para captar a atenção de quem lê. Confesso que, já comprei e li livros meramente pelo título e, como em qualquer paixão, já me desiludi e surpreendi.
Autor. Adoro aventurar-me na descoberta de novos autores. Porém, a verdade é que, depois de algumas desilusões com escritores desconhecidos, optei por ter mais em conta quem escreve, bem como a algumas...
Linhas do livro. Normalmente, opto por ler as primeiras linhas de um capítulo para, sobretudo quando o autor me é desconhecido, perceber se gosto da escrita. Folhei e leio linhas, ao qual associo outro critério, a...
Sinopse. Nem sempre as sinopse são favoráveis a um livro. Quando comprei o livro Nunca Me Esqueças de Lesley Pearse, a sinopse não captou totalmente a minha atenção. Comprei-o pelo motivo que indicarei mais à frente mas, se fosse pela sinopse, nunca teria lido o livro. Nunca lerá nada de Lesley Pearse e, pela capa, título e sinopse, avaliei-o como um livro lamechas e cor-de-rosa. No entanto, o livro tornou-se um dos meus favoritos e a sinopse está longe de valorizar verdadeiramente a história...
Recomendações/críticas. Tento evitar recomendações embora, tal não significa que não leia um livro porque me tenha sido recomendado. Há, por exemplo, o Perguntem a Sarah Gross de João Pinto Coelho, recomendado pela Magda, que me anda a deixar com a pulga atrás da orelha. Somos todos distintos e, portanto, o que para mim é um mau livro, para outro alguém é um excelente livro. Exemplo disso foi Mataram o Sidónio! de Francisco Moita Flores em que, a Magda gostou e recomenda e eu, nem por isso...
Género literário. Sou apaixonada por romances históricos é, logo, fácil de perceber que são dos livros que mais habitam a minha estante, que mais compro e leio. Tal não significa que não leia outros género literários mas, na dúvida, são os romances históricos que vencem...
Preço. Adoptei, roubando a ideia da Nathy, a política de só comprar livros abaixo dos dez euros... embora, se o livro me ficar a doze euros e for algo que procure à imenso tempo, seja bastante flexível. Índice Médio de Felicidade de David Machado era daqueles livros que queria faz muito tempo, desde uma qualquer reportagem que virá na televisão - como podem ler, sou bastante flexível com as recomendações/críticas... desde que me captem a atenção - e, quando o encontrei numa feira do livro por aproximadamente doze euros, deixei a política dos dez euros de lado e trouxe-o comigo. Sem culpas.
Grupos em segunda mão no facebook. Na hora de comprar um livro, sobretudo quando o preço ultrapassa o meu valor, pergunto-me se será fácil de o comprar num grupo em segunda mão de facebook, se já o vi por lá. Procurei, durante muito tempo, por este meio, Arroz de Palma de Francisco Azevedo, sem qualquer sucesso. Por isso, quando o vi numa feira do livro a aproximadamente onze euros, não lhe resisti... sabia que, era uma das minhas poucas chances de o ter comigo. E, obviamente, todos os critérios anteriores se aplicam às compras em segunda mão embora, nestes casos, pese também o estado do livro (se está ou não riscado).
Outro critério meu é, definitivamente, a quantidade de livros que reclamam a minha atenção e o tempo que terei para lhes dedicar... neste momento tenho mais de vinte livros por ler e, contrariamente à maioria nesta época de Verão, faltará tempo para lhes dedicar, visto que estou a trabalhar.
Portanto, na hora de comprar um novo livro, eis os meus vários critérios... bom, confesso que, às vezes mando os critérios às ortigas e compro um livro pelo prazer de comprar um novo livro. Sem culpas ou receios. Só porque sim.
A plataforma Blog Portugal é mais do que uma vulgar lista de blogs é, antes demais, um directório onde é possível encontrar diversos blogs, alojados em distintas categorias. A ideia nasceu, não só para reunir os mais diversos blogs portugueses mas, para igualmente, promover os mesmos e divulgar novos mundos bloguísticos. Eu, aliás, o meu blog por lá anda desde dois de Abril e, estou muito satisfeita com a equipa e a plataforma. Os blogues inscritos têm acesso às estatísticas de visitas contabilizadas no blog e na plataforma, bem como ao histórico no ranking que a plataforma gere com base nas estatísticas de visita e pesquisas dos blogues.
Por outro lado, a Blog Portugal conta com o apoio e parceria de marcas privadas, nomeadamente, da Chiado Editora. A Chiado Editora é especializada na publicação de autores contemporâneos portugueses e brasileiros sendo, presentemente, a maior editora em Portugal neste segmento e, uma das editoras com maior crescimento em terras de Vera Cruz. Para além destes dois países irmãos, a Chiado Editora publica as suas obras em país como Alemanha, Bélgica, EUA, França, Luxemburgo, Irlanda, Reino Unido e Espanha, bem como América Latina.
E, foi da parceria entre a Blog Portugal e a Chiado Editora que este pequeno livro, resultado de um passatempo promovido na plataforma, veio morar cá para casa...
O Poeta da Madrugada é, tal como o próprio título o indica, uma colectânea de poemas da autoria de Alceu Valença, nascido no interior do Pernambuco, Brasil. Mais do que poeta, Alceu Valença é cantor e compositor, influenciado por ritmos quentes e típicos brasileiros, como as maracutus, cocos de roda e repentes de viola. O prefácio desta livro ficou a cabo de um escritor que admiro, José Eduardo Agualusa.
Eu, confesso, ainda não tive oportunidade de o ler como verdadeiramente merece. Li alguns poemas cujo título me despertaram a curiosidade mas, admito que nada profundo. A poesia merece, para mim, especial atenção, sentimento e dedicação... como qualquer livro, é bem certo mas, um poema deve, acima de tudo, ser sentido. Porém, a minha irmã mais nova, amante de poesia, leu os poemas, identificando-se com alguns deles, encontrando nas palavras de Alceu Valença sentimentos partilhados. Terei, portanto e em breve, de dedicar-lhe a merecida atenção...
E, para finalizar, despeço-me com um pequeno trecho de um poema com o qual me identifico, o Prazer de Escrever,
Em seguida, vou para a sala e escrevo sobre o nada
Simplesmente pelo puro prazer de escrever.
E não tendo algo ou nada mesmo a dizer,
Nenhuma dor, nem um pouco de alegria,
Invento versos para fugir da monotonia,
Nessa madrugada insossa, melosa, soturna e vazia,
Reitero o simples prazer de escrever por escrever.
** (Informações retiradas de: Blogs Portugal, Chiado Editora e Alceu Valença wikipédia)
A verdade é que, resumidamente, me esqueci deste post. Procurei, ao longo dos últimos meses, falar sobre as leituras do mês anterior mas, graças ao desafio literário, este post acabou por me escapar. Por isso e, com vários dias de atraso, sem mais demoras, eis as minhas leituras do mês de Maio.
Tempo de Partir
Jodi Picoult
O mais recente romance de Jodi Picoult leva-nos à descoberta do amor mais puro e verdadeiro que podemos conhecer e sentir: o de uma mãe para com a sua filha. A pequena Jenna nunca desistiu de procurar a mãe, Alice. Um trágico acidente marcará, irremediavelmente, o destino de mãe e filha. Jenna recusa-se a acreditar que Alice a tenha simplesmente abandonado e, nos seus diários, procura pistas que a levam a descobrir o paradeiro da mãe. Desesperada por obter resposta que, a avó parece não querer indicar e o pai, doente mental, não consegue indicar, Jenna procura a ajuda de uma médium e um detective envolvido na investigação ao desaparecimento de Alice. Os três iniciam uma viagem à descoberta de si mesmos, dos seus medos e das vidas que escolheram. Paralelamente, Picoult mostra-nos o lado maravilhoso dos elefantes, através das notas de pesquisa e diários de trabalho de Alice.
Tempo de Partir foi nomeado para os Goodreads Choice Awards 2014 e é considerado um dos melhores livros do ano pela Amazon.com.
Deste Lado Da Luz
Colum McCann
Deste Lado da Luz leva-nos numa viagem pelo tempo, decorrendo entre 1916 e 1991, dando a conhecer principais acontecimentos que marcaram a cidade de Nova Iorque. A história é-nos contada por Walker e Treeforg, cujas épocas se distanciam mas as histórias se encontram interligadas. Walker é, nos primeiros anos do século XX, uma toupeira, designação atribuída aos trabalhadores da abertura de túneis no subsolo, um trabalho sujo, perigoso e sombrio mas necessário. Walker escava o túnel, sob o rio Hudson, que servirá o metro entre Brooklyn e Manhattan e onde, vários anos depois, encontramos Treeforg. Treeforg, juntamente com a gata Castor, é sem-abrigo que encontra no túnel um lar.
McCann não se limita a narrar uma história, com tanto de falso como de verdadeiro, obriga-nos a reflectir no que somos e no que seriamos se as nossas vidas se assemelhassem às descritas no livro. Deste Lado da Luz é uma viagem no tempo e das transformações, onde a história da cidade de Nova Iorque se cruza com a história pessoal das personagens. Problemas sociais, raciais e económicos misturam-se com problemas mentais. Os anos avançam, as gerações também mas, nem por isso, o livro se torna mais leve. Sombrio, pesado, assustador.
Duzentas e cinquenta e seis páginas de histórias intensas e dramáticas. Não é um livro fácil de ler. Exige tempo e uma segunda leitura aos detalhes que nos escapam. É um livro recheado de conteúdo histórico e social, um ensinamento. E, por tudo isto, uma leitura que recomendo
A Melodia do Amor
Lesley Pearse
Liverpool, Inglaterra, 1893. Beth, dos olhos azuis profundos e dos longos cabelos negros aos caracóis, é jovem, sonhadora e talentosa violinista. Os sonhos de Beth desfazem-se quando a jovem, juntamente com Sam e a pequena Molly, ficam órfãos. A morte dos pais abalará a vida dos três jovens e alterará para sempre o rumo das suas vidas. Privados da anterior vida, Beth e Sam, abraçam os trabalhos duros e desumanos da época. Incentivada por Sam, Beth abraça o sonho de começar uma nova vida do outro lado do Atlântico e, ambos decidem iniciar a viagem que alterará para sempre as suas existências. Porém, a pequena Molly é demasiado nova para acompanhar os irmãos e, Beth toma a decisão mais difícil da sua vida: entregar a irmã mais nova a uma família adoptiva. No navio com destino a Nova Iorque, não faltam pessoas de todos os géneros e classes sociais. Cigana será a alcunha pela qual Beth ficará conhecida no navio - bem como ao longo da história - graças à paixão e dedicação pelo violino. É aqui que encontramos Theo, um jovem jogador de carta, rico e bonito e o inteligente Jack, um jovem pobre, cuja a infância é marcada pela miséria, abandono e violência. Os quatro caminharam lado a lado, na aventura da Corrida ao Ouro.
A Melodia do Amor longe de ser um dos melhores livros de Lesley Pearse, ganha pela aprendizagem sobre a Febre e Corrida ao Ouro de Klondike no Yukón, Canadá. Os cenários criados pela escritora são de tal modo excelentes que, efectivamente, imaginamos estar dentro da história, acompanhando Beth, Sam, Jack e Theo na longa e difícil travessia que empreendem para alcançar o tão precioso ouro.
Filhas da Tempestade
Philippa Gregory
1453, Piccolo, Itália. Luca Vero é o jovem emissário papal, noviço da Ordem das Trevas, que juntamente com o servo Freize e o irmão Peter, é recrutado para investigar o fim dos tempos. Os três empreendem buscas por acontecimentos naturais inexplicáveis que indiquem o fim do mundo. Com eles, viaja a bela Isolde, uma antiga freira fugida do convento por amor a Luca e a misteriosa Ishraq. O caminho dos cinco cruza-se na pequena vila italiana de Piccolo com a cruzada das crianças liderada pelo jovem João, que os conduz até à Terra Santa. Porém, o caminho da cruzada das crianças e dos cinco aventureiros é interrompida quando uma violenta onda destrói a pequena vila...
Filhas da Tempestade é o meu primeiro livro de Philippa Gregory. Nunca antes me tinha aventurado na sua leitura embora, as críticas fossem positivas. Gregory escreve romances históricos de forma simples, leve e clara, captando a minha atenção logo nas primeiras páginas. Filhas da Tempestade é, porém, o segundo volume da saga Ordem das Trevas, precedida por Predestinado - que ainda não tive oportunidade de ler.