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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

19 | Na minha estante... A Mulher do Viajante no Tempo.

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 A Mulher do Viajante no Tempo é uma viagem à descoberta do poder do amor de um amor intemporal. Henry e Clare, os protagonistas, vivem um amor instável e envolto nos caprichos de uma particularidade que faz deles um casal especial. Henry conhece Clare quando ele tem 28 anos e ela 20. Porém, Clare conhece Henry desde menina... o primeiro encontro de ambos acontece quando ela tem 6 anos e Henry é um homem adulto de 36 anos. Os encontros de Henry na infância e adolescência de Clare tornam-se frequentes, levando-a a conhecer desde menina aquele que será o homem da sua vida. Confusos? Poderia ser, contudo, à medida que viajamos na história de Henry e Clare, compreendemos a particularidade e inevitabilidade que une o casal. É que, tal como o título da obra o indica, Henry é um viajante no tempo. 

 

A obra relata, por um lado, o amor de Clare por Henry mas, igualmente, os problemas que Henry sente enquanto viajante no tempo... trata-se de uma doença que se revelou vantajosa a um dado momento da sua vida porém, revelou-se perigosa e para a qual ele gostaria de encontrar a cura.

 

Numa obra descrita de forma leva e não maçuda, Audrey Niffenegger explica-nos, numa narrativa bem conseguida - quase que acreditamos que, de facto, existiu alguém com esta doença -, o porquê de Henry viajar no tempo. A escrita é fluida e cativante. Niffenegger inicia cada nova viajem de Henry contextualizando-a, no tempo e na idade. Porém, as viagens no tempo de Henry obrigaram-me a, por vezes, confusas e obrigando-me a folhear algumas páginas atrás para reavivar as idades de Henry e Clare. 

 

- Clare? 

- Sim? - A minha voz está baixa e amedrontada.

- Sabes que te amo. Queres casar comigo?

- Quero... Henry. - Tenho uma sensação avassaladora de déjà vu. - Mas, sabes, na realidade... já casei.

 

A história de amor de Henry e Clare cativou-me, por um lado, pelo título apelativo, por outro, pela própria sinopse e pelo trailler de adaptação à grande tela do livro. Adquiri a obra aquando de uma campanha da editorial Presença e é, sem dúvida, uma história de amor fascinante. As histórias que inicialmente parecem pequenos nadas sem sentido na vida de Henry, revelam-se essenciais na evolução do livro, justificando os caminhos estranhos da obra. 

 

A Mulher do Viajante no Tempo é uma viagem inesquecível e brilhante, uma narrativa mágica, um amor belo e improvável.  

 

- Não quero mais ninguém.

- Óptimo.

- Henry, dá-me apenas uma pista. Onde moras? Onde nos conhecemos? Em que dia?

- Uma pista: Chicago.

- Mais.

- Tem fé. Está tudo ali, à tua frente. 

- Somos felizes?

- Somos, com frequência, loucamente felizes. E também somos muito infelizes por razões que nenhum de nós pode evitar. Como estarmos separados.

- Isso significa que todo o tempo que estás aqui, agora, não estás comigo, então?

- Bem, não é exactamente assim. Posso acabar por perder apenas dez minutos. Ou dez dias. Não existe nenhuma regra a esse respeito. É isso que torna as coisas difíceis, para ti. E às vezes também me encontro em situações perigosas e volto para ti maltratado e confuso, e tu preocupas-te por minha causa quando parto. É como seres casada com um polícia. 

 

Diálogos de Henry e Clare.

Falta-me ver o filme. Quero muito ver o filme. Preciso muito de ver como ficou a adaptação e de reencontrar as personagens deste romance que tanto gostei. Infelizmente, ainda não consegui assistir à adaptação do romance de Henry e Clare.

 

 

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Audrey Niffenegger

Nasceu nos EUA, em 1963. É artista plástica e escritora. Professora no Columbia College Chicago Center for Book and Paper Arts, onde ensina escrita criativa e técnicas de impressão e de encardenação de luxo. A Mulher do Viajante no Tempo é o seu primeiro romance, publicado em 2003 e vencedor dos prémios British Book Award e Exclusive Books Boeke Prize. Para além desta obra publicou, em 2009, Her Fearful Symmetry / Uma Inquietante Simetria - publicado pela Editorial Presença - e, em 2013, Raven Girl ainda sem tradução e publicação em Portugal.

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