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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Vi as Sombras de Grey...

e embora a minha posição sobre os livros se mantenha, tal como mencionei aqui, tenho de admitir que o filme mostra algo diferente. Confesso que não tinha grandes expectativas para o filme e, apesar de não me ter surpreendido pela negativa, esteve longe de me surpreender pela positiva. No filme, contrariamente aos livros, não é tão evidente o jogo de poder, controlo e obsessão de uma personagem sobre a outra. A adaptação cinematográfica mostra precisamente o oposto aos livros: é ela quem insisti, mostrando uma relação de consenso, um desejo mutuo e um romance invejável por grande parte das mulheres. Os ataques de ciúmes da personagem masculina são silenciados. É, na verdade, um homem sofrível graças aos seus traumas de infância que serve de justificação para aquilo que é e é ela quem parece iniciar o seu processo de transformação e ultrapassagem. Torna-se num romântico, aos olhos da maioria dos espectadores, ao aparecer junto da namorada, a vários quilómetros de distância. De facto, a adaptação de As Cinquenta Sombras de Grey teve o cuidado de mostrar exactamente aquilo que a maioria das mulheres deseja, indo de encontro às expectativas do público (ou, pelo menos, assim o suponho pelo que li na altura do seu lançamento) e, provavelmente, defraudando quem acusava os livros de machismo e sexismo. 

 

Mas, porque há sempre um mas e aproveitando o texto...

 

É-me incompreensível, em filmes e séries, a necessitar de expor a totalidade do corpo feminino. Sinceramente, esta é daquelas coisas que, para mim, nunca fez qualquer sentido... expor a totalidade do sexo feminino mas, o pudor, a vergonha e o preconceito leva-nos a evitar mostra a totalidade do sexo masculino. Pequenas grandes coisas contraditórias numa sociedade desigual. 

 

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Um última nota: quem me disse que o filme já estava disponível na internet foi a minha irmã mais nova, de dezassete anos. Aquando do lançamento e sem lhe falar da minha opinião, perguntei-lhe o que sabia ela do filme, visto que não leu um único livro e, a reposta dela é foi - digna de registo:

 

Um namorado chato, ciumento e controlador e uma gaja chata e que não sabe dizer não nem se defender. Ou seja, ele gosta de lhe bater e, se fosse comigo, levava por cima... 

 

Louvado seja quem Deus, o Destino, a Vida ou o que lhe quiserem chamar! O cómico da situação é que a garota não conseguiu parar de rir do início ao fim do filme... juro que não sei quais foram os motivos da galhofa. 

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