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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Uma Paixão Chamada Livros, 19/40.

Dia Dezanove

 

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Colecção/saga favorita...  

 

Nunca fui fã de colecções ou sagas literárias. Confesso que nunca gostei de esperar para ler a continuação de uma história que me cativa e foi este motivo, bem como a falta de dinheiro, que me levou a nunca completar a leitura da saga Harry Potter. Porém, a verdade é que a vida dá voltas e, como em tudo no nosso dia-a-dia, também eu acabei por ceder às sagas das quais tanto evitava e fugia. 

 

O primeiro livro que li, sem desconfiar de que tratava, na verdade, de um de três livros de uma saga literária, cativou-me de tal maneira que se tornou num dos meus favoritos da vida...

 

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O Cemitério dos Livros Esquecidos de Carlos Ruiz Zafón inclui, sem qualquer ordem de leitura, uma vez que as narrativas se interligam e complementam, os livros A Sombra do Vento, O Jogo do Anjo e O Prisioneiro do Céu. 

 

A curiosidade literária levou-me, o ano passado, a conhecer Kiera Cass. Ouvirá falar maravilhas dos seus livros e desejando conhecer as narrativas, mergulhando em novas aventuras literárias, não tive como não adorar a saga...

 

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Numa escrita fluida e leve, a saga A Seleção inclui quatro livros e dois livros de contos sobre personagens secundárias. A Seleção, A Elite, A Escolha e A Herdeira - este último ainda não publicado em Portugal - narra-nos um universo distopico onde trinta e cinco jovens são escolhidas para um concurso onde uma delas será coroada a próxima princesa de Iléa e casará com o jovem príncipe Maxon. A jovem protagonista America porém, só lá está pela comida... é, no fundo, uma saga divertida e cativante. 

 

___

 

O desafio Uma Paixão Chamada Livros consiste em responder a quarenta questões sobre, tal como o título indica, livros. O desafio começa no dia 1 de Fevereiro, decorrerá nos dias úteis, sendo publicado às 15 horas. 

 

O amor pelos livros e pela leitura é partilhado nos blogues Magda PaisNathyJust SmileThe Daily MiacisMulaMiss FMarcianoAlexandraJPDrama QueenFatia MorCMAna RitaMJTeaCarla B.Neurótika WebbNoqeCaracolMorena e As Minhas Quixotadas onde podem consultar as suas escolhas literárias. 

 

Doze livros de dois mil e quinze.

Dois mil e quinze, por diversos motivos, revelou-se um ano produtivo a nível de leituras. Li, contabilizado no Goodreads, cinquenta e cinco livros. A minha meta pessoal, segundo outros aspectos - porque a vida não se limita a livros -, era de vinte livros. Não leio para atingir metas ou completar desafios, leio pelo prazer de ler, pela companhia que me proporcionam. Não me canso de repetir e de o mencionar aqui que, para mim, livros são essenciais para o meu bem-estar, uma droga saudável, universos que conheço sem abandonar a vida real.

 

Mas... deixemos o blablabla, e falemos do que realmente importa: o meu top doze de melhores livros do ano.  

 

A ideia era publicar esta lista no início do próximo ano quando, de facto, dois mil e quinze tivesse terminado e não corresse o risco de encontrar um livro para acrescentar à lista depois da sua publicação. Porém, a verdade é que não pretendo iniciar nenhum novo livro antes do início de dois mil e dezasseis. Porquê? Simples: estou à espera de dois novos livros para a minha estante e que talvez só cheguem nos primeiros dias de Janeiro, dos quais um aguardo com enorme ansiedade e será a primeira leitura do ano que se avizinha - Guia Astrológico Para Corações Partidos (Sílvia Zucca), o tal que me está a deixar morta de curiosidade, e Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa (Judith Kerr) - e, por fim, porque ainda não terminei os dois livros de contos, em língua espanhola, da saga A Seleção. É, portanto, com toda a segurança que posso publicar o meu top doze de melhores livros de dois mil e quinze. Não existe ordem de preferência; os livros apresentam-se pela ordem em que foram lidos...

 

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Top 12 dos Melhores Livros de 2015

 

 A Menina Que Fazia Nevar de Grace McCleen

 O Menino de Cabul de Khaled Hosseini

 Nunca Me Esqueças de Lesley Pearse

A Bibliotecária de Auschwitz de Antonio G. Iturbe

Perguntem a Sarah Gross de João Pinto Coelho

 Travessuras da Menina Má de Mario Vargas Llosa 

Jane Eyre de Charlotte Brontë

 Orgulho e Preconceito de Jane Austen

Viver Depois de Ti de Jojo Moyes

 A Contadora de Histórias de Jodi Picoult

saga A Seleção - A Seleção, A Elite e A Escolha (aguardo pela publicação, em Portugal, de A Herdeira) - de Kiera Cass

O Rapaz Que Venceu Salazar de Jacinto F. Matias

 

O ano que termina foi rico e variado em leituras: descobri os romances históricos de Lesley Pearse, aventurei-me na distopia de Kiera Cass, arrisquei nos clássicos, li mais escritores portugueses e três dos meus livros favoritos do ano relacionam-se com a temática da II Guerra Mundial (4, 5 e 10). Cada um destes livros tornou-se inesquecível pela forma como me cativou e empolgou na leitura. Livros que recomendo... sem hesitações, acreditando na energia das suas personagens e no poder da história por forma a cativar quem os lê.

 

Desejo, para o meu dois mil e dezasseis, novas e inúmeras aventuras e ser capaz de manter o ritmo da leitura... os restantes desejos guardo-os para mim. 

 

Para conhecerem os cinquenta e cinco livros que li em dois mil e quinze podem consultar a minha página no goodreads ou no facebook do blogue.

O ano em que descobri as distopias.

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Nunca me considerei fã de universos fantasiados. Preferia - sempre preferi - romances históricos, histórias bibliográficas ou livros que relatassem romances inspirados em vivências. Um pequeno toque de magia era o suficiente. O universo Harry Potter foi a minha única excepção - da qual permaneço fã. Evitei, sem saber exactamente o porquê, tudo o que terminava em 'ias', distopias, utopias, fantasias, portanto, tudo o que fosse impossível de acontecer na vida real. Talvez, porque, precisava de ler histórias que, no fundo, se assemelhassem à vida real, na qual me pudesse rever em distintas situações, com finais felizes, contrariamente a universos improváveis, fantasiados, irreais... ou talvez não fosse nada disto. A verdade é que não sei nem tão pouco encontrar um motivo para, durante anos, ter evitado o universo das distopias. O ano de dois mil e cinco, porém, revelou-se um ano de muitas leituras - mais de cinquenta livros lidos - e de novas descobertas literárias... as distopias. 

 

É, antes de continuar, importante esclarecer o significado de distopia. Por distopia entende-se como uma

Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma opressivaassustadora ou totalitáriapor oposição à utopia.

(in Dicionário Priberam)

 

Ouvi falar imenso da saga literária de Kiera Cass - blogues, canais de youtube, redes sociais literárias e a novidade chegava-me do Brasil e de Espanha - a verdade é que a escritora e o título da saga à muito que me perseguiam. Nunca tive interesse em ler a sagas de distopia como Divergente ou Os Jogos da Fome. A sinopse do livro e as diversas críticas positivas nunca me cativaram. Não vi os filmes. Considerava-os demasiado sombrios. E, no entanto, a curiosidade derrubou os receios, obrigando-me a ler o primeiro livro da saga de Kiera Cass, A Seleção.

 

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A Seleção de Kiera Cass - na verdade, toda a saga - deixaram-me em ressaca literária. Os livros seguintes souberam-me a pouco e, talvez por isso, tornando-se desilusões literárias - neste caso, os livros foram A Profecia de Istambul e A Solidão dos Números Primos, nos quais depositei esperanças de alivio para a minha ressaca. Quando me iniciei na descoberta de America, em A Seleção, estava longe de imaginar a ansiedade que me provocaria, lendo o primeiro livro em cerca de dois dias, e deixando-me em sofrimento pela continuação, com A Elite e A Escolha. Não me queria despedir de nenhuma das personagens. Queria mais. A necessidade de não abandonar as personagens levou-me a comprar, mesmo que em língua espanhola - via amazon.es e uma vez que não encontrava os contos completos nos sites portugueses -, dois pequenos livros de contos sobre personagens secundárias. A saga criada por Cass não terminou com A Escolha ou os livros de contos. A Herdeira é o quarto volume - e, segundo sites do Brasil, deverá existir um quinto volume - e eu estou louca por ler... contra todas as minhas primeiras expectativas.

 

Não sou fã de colecções. Não goste de esperar pelas continuações que, cedo ou tarde, acabo por perder o interesse. Mas, descobri os livros de Kiera Cass tarde e isso revelou-se uma vantagem: permitiu-me ler os três volumes seguidos, não deixar as personagens cair em esquecimento por intermédio dos contos e, em breve, dar seguimento ao quarto volume. A saga é de leitura fácil e cativante, numa escrita envolvente. A minha primeira distopia tornou-se inesquecível! 

 

Kiera Cass não foi a minha única distopia de dois mil e quinze...

 

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As Filha de Eva de Louise O' Neill, distopia sobre mulheres. O livro é, contrariamente à primeira distopia, sombria e negativa, mostrando as mulheres como objectos, nascidas unicamente para servir os interesses masculinos. A vida destas mulheres termina quando a beleza envelhece, quando deixam de ser férteis ou ultrapassam o peso ideal, sendo esta a premissa do livro... exigisse que sejam magras, perfeitas e belas. A história das filhas de eva é-nos contada por Freida, uma jovem incapaz de se considera bela, obcecada pela perfeição mas facilmente manipulável, ingénua e fraca. O destino das filhas de eva é sombrio e, quando uma delas começa a engordar, a trama toma contornos perturbáveis. Uma crítica social perspicaz, altamente recomendável.

 

Rainha Vermelha de Victoria Aveyard é, para o ano que se avizinha, a próxima distopia que pretendo ler. 

 

O ano de dois mil e quinze foi o ano em que descobri as distopias... e ainda bem!