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Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Um Mar de Pensamentos

... nasce do desejo inconstante de partilhar um pouco de mim e do que sou numa espécie de diário. Resumo-me em: Maria, 32 anos, signo gémeos, amante de livros, sonhadora, romântica, dramática q.b., viciada em chocolates.

Inspira-me 3 | Itinerário de Férias

Um dia, quando a vida me permitir e se o destino cruzar os nossos caminhos, gostaria que embarcássemos numa viagem com destino à Europa e à descoberta do que para nós é desconhecido. Embarcávamos numa viagem de carro... ou será preferível comprar um daqueles passe de inter rail e viajarmos de comboio? Teremos de debater as vantagens e desvantagens de cada um e, entre nós, chegar a um acordo.

Como eu ia a dizer, perdão, a escrever... embarcamos num viagem com destino a Madrid e por lá descobriríamos um pouco dos encantos da gigantesca capital espanhola. Visitamos o Museu do Prado, o Palácio Real de Madrid e passearemos pelo Parque do Retiro e, se fizeres muita questão, vemos um jogo no Estádio Santiago Barnabéu. 

Seguiríamos rumo a Barcelona. Sabes, uma vez estive lá e bastou-me um dia para me apaixonar pela cidade. Não vi praticamente nada, mas apaixonei-me por aquela cidade. Como é que nos apaixonamos por uma cidade sem a conhecermos? Não sei, mas é possível. Temos que percorrer as ruas todas até os pés ficarem doridos de tanto caminhar, até não conseguirmos aguentar o peso do corpo. Aqui, em Barcelona, promete-me que vamos conhecer o máximo. E, recuso-me a sair de Espanha sem ver dançar o flamenco ou as sevilhanas. 

Quero conhecer a cidade do amor, aquela que dizem ser a mais romântica. Quero subir a Torre Effiel e ver Paris aos nossos pés. Quero ser mais uma entre milhões com uma fotografia engraçada da Torre. Deixa-me ver o máximo de museus e contemplar o Arco do Triunfo, a catedral de Notre Dame ou o Palácio de Versalhes. Vamos andar de bicicleta ou de carruagem e conhecer alguns dos imensos cantos à cidade. 

Chegamos a uma fase difícil no nosso itinerário de férias. Vamos conhecer os Alpes Suíços ou descobrimos a cidade das tulipas, Amesterdão? Quero tanto conhecer os dois e é tão difícil escolher um... prometes que se não for nesta viagem, um dia descobriremos o local que ficou excluído?

Vamos conhecer a Europa, sim? Quero passear em Veneza ou em Roma, sentir na pele a História que Berlim carrega, tocar Varsóvia e aprender Bucareste... dizem, sobre esta última, que é a Paris do Leste. E se continuarmos mais para leste? Conhecer Kiev, Moscovo ou Istambul? Ou ao norte frio das cidades Oslo, Estocolmo ou Helsínquia? Quiçá esteja a ser um pouco egoísta, desculpa... o entusiasmo em descobrir algo e esqueço-me que não estou sozinha. Talvez também queiras conhecer cidades que não referi... excluímos algumas, de forma a ficar equilibrado e reinventamos um novo trajecto? 

A minha viagem de sonho seria assim... conhecer um bocadinho da imensa Europa. Sei que sou uma exagerado, uma sonhadora, quero o impossível... quero conhecer todos os locais como conheço a terra onde vivo. Não preciso de muito: apenas nós, um mapa e decidir de que forma viajamos. O nós pode ser eu e tu ou aquele grupo de amigos com espírito de loucura que ainda irei descobrir... o essencial é conseguir um itinerário de férias que se tornem inesquecíveis.

 

 

E, troco tudo isto por saber que o dia em que conhecerei um amigo ou amiga, por saber que em breve me te conhecerei...

Desabafo # 5

Pela primeira vez na minha vida, nos meus 26 anos de existência (e que eu me recorde), ganhei um prémio num passatempo em que participei. Tantas vezes participei em passatempos e, pela primeira vez, consegui conquistar o prémio final. Um prémio sobre uma paixão que tenho desde menina. Um prémio que seria como conquistar e quase realizar um sonho. Uma paixão, um sonho que quase ninguém compreende e que nem eu mesma sei explicar... simplesmente pertencem-nos e não temos nem existe forma de o explicar. Paixões que nascem connosco e que, um dia, sem darmos por isso, as sentimos.  

 

 

Ganhei um prémio mas não vou poder usufruir dele. Não posso porque não tenho condições financeiras para as deslocações... e porque moro no fim-do-mundo. E, é nestas alturas que a frase o dinheiro não traz felicidade deixa de fazer qualquer sentido... nesta situação, não só seria sinónimo de felicidade, como seria a concretização de um bocadinho de mim. Agora, resta-me ficar à espera que, um dia, a oportunidade surja de novo... e, rezar, rezar muito porque, oportunidades como estas surge uma vez em milhões de anos. Resumidamente, sinto-me frustrada. 

O que me faz viver?

Faz cerca de uma semana que, através do feed de notícias no facebook, soube da partida prematura de um jovem. Não o conhecia mas fiquei chocada. Quando a morte chega excessivamente cedo e sem ser calculada, o coração treme e a alma questiona-se nos motivos. Durante alguns dia, li comentários e diversas reacções ao seu desaparecimento e mexeu, mexeu muito comigo.

Não é de agora que, volta e meia, dou por mim a questionar sobre o sentido da vida... e, confesso, já pensei que estar ou não estar aqui pouca ou nenhuma diferença fazia porque ninguém (ou quase ninguém) daria pela ausência. E, por uma ou duas vezes, julguei que desistir fosse mais fácil do que sobreviver. E, a quem nunca lhe passou este género de pensamentos? Quem? 

Mas, quando sou abalada por estes negativos pensamentos, procuro agarrar-me àqueles que me fazem viver... E, o que é que me faz viver?

O que me faz viver é o sol quente numa tarde fria de Inverno. O pisar das folhas secas no Outono e o florir da árvores na Primavera. É o sentir a areia nos pés numa manhã fria e o sentir a chuva fria no rosto... adoro andar à chuva. 

O que me faz viver é o sorriso genuíno e verdadeiro de uma criança. É saber que daqui a uns meses conhecerei a menina de uma grande amiga. É saber que ela, a minha grande amiga, amadureceu, cresceu, amou, casou, vive e vai dar à vida uma linda princesinha... e eu estou louca para a conhecer.

O que me faz viver são os livros que ainda não li. Quero descobrir aquele livro que será para sempre o mais importante, o que mudará a minha vida. Dizem que todos nós temos um livro que nos muda para sempre... eu tenho vários que me marcaram, mas ainda não descobri o tal.

O que me faz viver é a música e os filmes que ainda estão por nascer... e, tal como nos livros, quero descobrir o filme que mudará a minha vida, a música que será a da nossa história de amor.

O que me faz viver são as viagens que ainda não vive... e, aquela que será a nossa viagem. Qual será o nosso destino?

O que me faz viver é contribuir com o meu eu para ajudar alguém. São os amigos que ainda irei conhecer... as histórias e aventuras que viveremos.

O que me faz viver é a minha irmã. Vê-la tornar-se numa mulher casmurra e teimosa, mas persistente e batalhadora. São os meus pais, o meu irmão. Pelas lutas que ainda travaram, pelas batalhas que já superaram.

O que me faz viver são as palavras que ainda tenho para escrever. São os vestidos que ainda não tocaram no meu corpo.

O que me faz viver é o meu futuro profissional. Voltarei a ser formadora? Trabalharei na minha área ou em algo similar? É tentar imaginar se, no amanhã próximo, continuarei pelo norte ou rumarei a sul... ou viverei no interior... ou, quiçá no estrangeiro?

O que me faz viver és tu. Imaginar como serás, como nos conheceremos, como seremos juntos. O que me faz viver és tu e o nosso futuro juntos, imaginar-me grávida... e um futuro pela frente. O que me faz viver é sonhar que seremos um do outro até aos 100 anos. 

O que me faz viver são as coisas simples e surpreendentes da vida. Uma flor que floresce por entre traves de madeira. O arco-íris depois da tempestade. O som da chuva na janela. Os sonhos que tenho por realizar... e que são tantos.

Confesso, nem sempre é fácil. Às vezes acredito que seria mais fácil desistir do que persistir em sobreviver... e depois penso nisto e em tantas outras coisas que me fazem viver e que, certamente, iria perder se desistisse... e abraço a esperança, esperando que a vida ou o destino (ou Deus ou seja lá quem for que trilha os nossos caminhos) não tenha desistido de mim.

O que me faz viver é não ter coragem de desistir.

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